Cartas...Cartas com palavras melancólicas, escrita por uma jovem adulta, que sente falta da pessoa que ama.
"O amor é a única loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo"
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Querida lila,
Aqui vai a terceira carta.
Vou ser sincera que você me fez lembrar da praia estes últimos dias. Você me fez lembrar dos dias de verão em que íamos a praia juntas aproveitar o sol quente que o verão nos proporciona. Você me fez lembrar da sensação gostosa de sentir a areia encostar nos meu pés descalços, da sensação macia que ela trás assim que pisamos nela com leveza, sem estar com raiva do vento enrolar nossos fios de cabelos,ou de qualquer outra coisa banal que acontece quando vamos a praia.
Sabe porquê de eu me lembrar disso? Foi eu ter olhado para a praia e ver quando o romance paira sobre pessoas que estão no auge da juventude aproveitando os momentos bons que estão vivendo.
Me lembro do dia em que fomos pela primeira vez na praia juntas.
Você insistia para mim entrar na água junto de você mesmo que ela estivesse gelada. Eu realmente não queria entrar, por mais que a água e as ondas estimulam a gente a entrar por causa do seu lindo azul ela estava gelada demais ao ponto de me dar um frio na espinha ao lembrar de quando você me pegou no colo a força. Embora eu não quisesse entrar, você sabia que eu estava me fazendo de difícil para não entrar. Ao mesmo tempo que eu não queria entrar, eu também queria, queria aproveitar o momento com você, queria rir de você sendo coberta pelas ondas gélidas das águas do Rio de Janeiro.
E eu te conhecia o suficiente para saber que se eu soltasse um sorriso enquanto você insistisse eu iria perder para você, e foi o que aconteceu;
-Só um pouquinho!- você insistia tanto que eu quase me rendi.
-lila, a água esta congelando!- me lembro de ficar de braços cruzados para você, apenas para tentar ser durona.
-não exagera amor. É verão, vamos aproveitar, assim que você entrar você vai acostumar.-suas palavras eram simples, mas convencidas.
Você me encarava sem desviar um único olhar! E Você sabia que isso me deixava envergonhada, então mesmo que eu desviasse o meu olhar do seu, eu não me contive ao sorrir por causa disso. E isso foi seu prêmio, a única coisa que você precisa para me ganhar e me puxar daquela cadeira dando os simples motivos de eu ter rido.
-você sorriu! perdeu!- e assim você me puxou pelos braços me levantando daquela cadeira de praia colorida.
Eu falei que não era justo esse seu joguinho, mas você não me deu ouvidos. Você segurou em minha cintura e coxas, me pegou no colo, e nos levou de com passos apressados até as águas azuis e estimulantes de Rio.
Por mais que o momento envolvia brincadeiras nossas, você teve cuidado em me colocar no chão. Você me colocou primeiramente nas partes rasas para eu poder sentir a textura da água, o que não foi nada surpreendente.
Nesse dia você me fez feliz. Você me fez rir, me fez aproveitar o momento ao seu lado, você me fez se divertir com algo que é desconfortável (Na maioria das vezes).
Você me fazia feliz Marília. Me fazia querer algo novo todo dia com suas ideias malucas e convencidas, você me fazia feliz, mesmo que as vezes não percebia isso.
