corespondence

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Querida maraisa,

Decidi te escrever depois de pensar muito

se faria isto ou não, mas eu estaria sendo

um grande idiota se não fizesse isso.

Maraisa, minha doce maraisa.

Você é uma pessoa incrível, amável e adorável.

Você me trouxe várias emoções, maraisa, e mesmo que não estejamos mais juntas, eu ainda tenho orgulho de dizer que: Eu amo você Carla Maraisa.

Eu, até hoje, me arrependo de ter soltados aquelas palavras de minha boca.

A culpa que senti em meu peito quando aquela maldita frase saiu de minha boca foi devastadora!

Quando eu vi seu rosto, quando eu senti aquela facada forte de dor bater em meu peito foi quando eu percebi a maior burrada que tinha feito em minha vida. E eu peço desculpas por isso, maraisa, peço desculpas por ser uma babaca.

Algo que eu vou ser honesta com você é que; nesse tempo em que ficamos separadas, eu pude refletir por todas as coisas que tínhamos feito, nossos momentos juntos e até mesmo algumas brigas.
Mas também, pude reflitir sobre nosso último desentendimento, eu percebi o quão pressionada eu era, o quão pressionada nós éramos, maraisa. Então aquele dia havia sido a minha cota, havia sido o dia em que de tanto nos pressionar eu expludi, e isso apenas se resultou em não tê-la mais ao meu lado. E a única coisa que eu queria é pode voltar no tempo e nunca ter lhe falado aquilo.

Sobre sua última carta, eu queria lhe afirmar que; durante todo aquele tempo foi eu que chamei a sua atenção. Aquele aviãozinho de papel não foi em vão, ou "sem querer". Maraisa, meu bem, fui eu que lhe enviei aquele aviãozinho. O aviãozinho foi algo totalmente proposital, foi a maneira que eu achei para chamar sua atenção, sei que é meio boba, mas se você soubesse o que tem nele...

Você nunca o abriu - principalmente depois que você me devolveu. - Eu havia lhe escrito uma carta naquele dia, o propósito de tudo isso era que; você o abrisse e que você lesse o que eu tinha lhe escrito.

Mas foi um pouco diferente, quando você me olhou de volta, eu pude sentir o meu corpo se levantar por conta própria e seguir em sua direção, talvez como um ímã, ou como se eu tivesse sendo puxado por uma corda invisível, e isso dizemos
que "arruinou" os meus planos de você ler o que havia lhe escrito.

Antes de eu ter lhe enviado o aviãozinho de papel, eu havia lhe vido uma semana antes, mas diferente do dia em que te enviei o aviãozinho você estava mais feliz, mais contente, otimista.

Você sorria para qualquer um, e quando uma criança veio falar com você, você foi incrivelmente gentil e educado com ela, você sorria para ela sem nem mesmo conhecê-la, e se envergonhou quando a mãe da criança apareceu lá a tirando de perto de você e lhe pedindo desculpas pela inconveniência.

Eu havia me encantada por você naquele dia, e logo veio mais um dia, e depois mais um, até você simplesmente não vir mais, e vir depois de uma semana, que foi quando eu joguei meu aviãozinho para você, foi quando tudo começou.

Foi eu que mandei a primeira carta, meu amor.

Maraisa, você é e, sempre será a pessoa que eu mais amo em todo o mundo, e eu peço desculpas se te fiz pensar que não te amava mais ou que estava de "saco cheio" de você.

Você não deveria tomar decisões precipitadas, meu amor.

Um último desejo, é que possamos nos encontrar, maraisa, este é o meu desejo, você "topa"?


com amor: Marília Mendoça.


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