⚔️ ○ dois minutos

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-S/N CÂMPERA-

Eu não sei como explicar o que está acontecendo, eu não consigo explicar, não consigo falar. Na verdade, acho que ninguém consegue

Eu ainda não acredito que perdi o amor da minha vida, não acredito que ele não está mais aqui. E tudo isso, é minha culpa, eu não devia ter brigado com ele.

Agora todos estamos na sala de espera do hospital, aguardando Aidan, que acompanhou Miguel até aqui. Estamos aqui a mais ou menos, uma hora e meia, e eu só quero poder ver ele uma última vez, se eu tivesse mais cinco minutos, só isso, eu mudaria tudo o que aconteceu.

Vicky- S/n - me chamou -

S/n- Que? - respondi olhando para o chão -

Vicky- Podemos conversar? É rápido, eu prometo - eu concordei com a cabeça e me levantei da cadeira -

Nós fomos pro lado de fora do hospital, que estava meio escuro, esqueci de falar, que tudo isso aconteceu por volta das seis e meia da tarde, então, ja escureceu.

S/n- Fala, o que foi? - ela se ajoelhou no chão na minha frente e começou a chorar, mais do que ja estava -

Vicky- S/n, me desculpa - falou em meio ao choro - Por favor, me perdoa por tudo que eu disse pra você aquele dia, eu sei que te machuquei muito com as minhas palavras, tudo o que eu disse era mentira, eu não sei o que me deu na hora e eu saí falando coisas sem pensar- ela me olhou com os olhos vermelhos e marejados -

S/n- Vicky - estendi minha mão pra ela de levantar, ela se levantou com a minha ajuda e ficou em pé na minha frente - Tudo bem, eu te desculpo - eu a abracei forte - Me desculpa por ter dito o que eu disse pra você também, sei que te magoei. Nós somos irmãs, não podemos ficar de briga, principalmente agora. Eu te amo, ta bom?

Vicky- Eu também te amo! - ela apertou mais o abraço -

Brady- Gente - apareceu onde estávamos - Desculpa atrapalhar o momento de vocês, mas o médico chegou

S/n- Vamos lá - separei o abraço, passei a mão no rosto de leve e juntos, nós fomos pra dentro do hospital de novo -

Vicky- Chegamos

Brady- Pode falar agora! - o doutor assentiu -

- Primeiramente, oi, meu nome é Tony Cartney, mas me chamam de doutor Cartney. - todos nós cumprimentamos ele -

Isaac- Desculpa interromper você, mas cadê o Aidan?

D.Cartney- Vocês vão entender. Bom, foram dois minutos

S/n- O que foram dois minutos?

D.Cartney- O coração de Miguel Mora parou de bater por dois minutos. No caminho para cá, nossa equipe aplicou nele dois métodos de reanimação, o método do desfibrilador, que é o método do choque, vocês devem conhecer, e o método da reanimação cardiorrespiratória. E com a junção dos dois métodos, conseguimos trazer Miguel de volta a vida. O caso dele é extremamente raro, ele é um garoto de muita sorte. Isso é definitivamente um milagre, realmente ainda não era a hora dele. Porém, Miguel perdeu muito sangue, e teve que passar por uma cirurgia de risco para a retirada da bala, mas, ele está bem, está acordado, ainda está anestesiado, mas está lucido. Aidan, acredito que seja o pai dele, está no quarto conversando com Miguel, foi autorizada a entrada de vocês, mas peço que respeitem as medidas protetivas e peço que não fiquem abraçando de mais o paciente.

A FILHA DO MAFIOSO | MIGUEL MORA Onde histórias criam vida. Descubra agora