Dominado (YoonMin)

Capítulo Vinte e Quatro;

Canadá

Como Park havia dito para Min, não demorou muito para que a aeronave particular pousasse no novo aeroporto, também da corporação KIE. Yoongi estava dormindo de forma tão serena que Jimin não ousou acordá-lo em hipótese alguma, apenas pegou-lhe nos braços e desceu.

— Leve as bagagens para o carro, por favor. — murmurou para Kim, que confirmou.

O CEO colocou o baixinho no banco de trás e o agasalhou bem, deixando que ele descansasse ali até que chegassem na casa, onde ele decidiu ficar, antes pensou em ficar apenas em um hotel. No entanto, depois de ver aqueles papéis que foram endereçados ao Yoongi, decidiu optar por uma casa onde pudesse haver mais segurança para o pequeno.

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O loiro estacionou o carro particular na garagem da mansão, e desceu, em seguida pegou o moreno no colo. Seus empregados que viviam ali e cuidavam da mansão, que foi lhe entregue pelo seu avô paterno, ficaram boquiabertos ao ver o jovem Park com alguém em seus braços, demonstrando tanto afeto. Claro que já o tinham visto com outros caras, no entanto, jamais o viram tratar alguém com tanta afeição, nem mesmo parentes.

— Levem as bagagens para o quarto principal da mansão. — murmurou, e seguiu pelo grande salão.

— Sr. Park? Em qual quarto deixamos as malas do jovenzinho que está em seus braços? — uma das empregadas mais antigas ali, se pronunciou.

— No quarto principal também. — respondeu de forma simples e subiu as escadas.

A sra. Lourency, a quem Jimin apenas chamava educadamente de Lou, por ser como uma “mãe” para ele, ficou com os olhos arregalados, ainda encarando aquela cena. Para quem teve tanto contato com Park desde o berço, nunca viu aquela feição, aquele olhar, ou aqueles gestos, e isso era de certa forma reconfortante.

— Será que você finalmente encontrou a cura para seu coração, pequeno Chimmy? — indagou baixinho, segurando as próprias mãos, deixou um sorriso simples se esboçar em sua face.

O loiro entrou no quarto principal e deixou Min sobre sua cama, acariciou a bochecha branquinha do mais novo, que estava enfeitada por uma marquinha vermelhinha deixada ali por ele.

— Pequeno anjo? — chamou. — Você tem que acordar ou vai acabar se atrapalhando muito com o fuso horário. — murmurou.

Yoon fez manha sobre a cama, como uma criancinha de 5 anos, negando-se a levantar daquele conforto.

— Holly? — ele sentou sobre a cama, ao lembrar que não viu seu amiguinho.

— Mandei que um quarto especial fosse enfeitado pra ele. — Jimin comentou, arrumando a camisa social que estava vestindo.

— Um quarto? — indagou, arregalando seus olhinhos azuis. — Não o mime tanto, ele vai ficar acostumado com coisas chiques. — fez bico, atracando uma risada nasalada de Park que negou minimamente.

— Não seja bobinho, anjo. — disse, ainda com um sorriso no rosto. — Se levante e vá tomar um banho, logo o jantar será posto.

— Onde vai? — indagou, um tanto curioso. — Posso ir com você?

— Calma. — riu. — Não irei sair agora, só tenho compromissos a partir de amanhã, e não, você não vai poder ir. — Jimin concluiu, deixando o outro extremamente chateado com a resposta.

— Por que não posso ir? — perguntou de forma curiosa, se levantando e indo até seu dominador, deixando bem transparente seu joguinho.

— Porque só terá assuntos chatos envolvendo a empresa e tudo mais. — respondeu, segurando o queixo alheio. — Não entre em um jogo, no qual não sabe jogar. — sussurrou de forma lenta, para que o outro sentisse a provocação a cada movimento vindo de seus lábios.

— Hum. — fez bico, sorrindo de forma ladina. — E quem disse que não sei jogar? — murmurou essa pergunta, arqueando levemente sua sobrancelha direita, causando um certo desconforto em Park.

“Ainda estou tentando entender essa sua dualidade, anjinho! Será que foi exatamente isso que me chamou atenção em você? Ou será que foi apenas esses olhinhos azuis?” o CEO pensou, ainda segurando firme o queixo do menor.

O moreno por sua vez, ergueu um pouco a camisa social do mais velho, arranhando o abdômen definido do outro. Jimin segurou firme o pulso do mais novo fazendo-lhe parar com a provocação no mesmo instante

— Estou falando sério, anjo! — falou com um tom mais rígido, fazendo o corpo alheio tremer no mesmo instante. — Tome um bom banho, depois dessa…vá conhecer a mansão, a sra. Lou vai te acompanhar. 

Depois de dizer isso o mais velho apenas saiu do quarto, deixando Yoon com uma caipirinha brava e um ponto enorme de interrogação em sua mente. Ele suspirou baixinho e seguiu para o banheiro que havia ali no quarto, era enorme, assim como o quarto. 

Viu a banheira com hidromassagem, achando novamente um extremo exagero o CEO gastar dinheiro com tantas coisas extravagantes e desnecessárias. Tirou as roupas que vestia, e encarou-se no grande espelho que tinha ali, e não, ele não era apenas um espelho de “corpo inteiro” e sim uma parede inteira. Isso fez com que o mais novo se perguntasse novamente o porquê desse esbanjo todo.

— Ele deixa marquinhas tão belas em mim. — Min murmurou, tocando aquelas marcas que enfeitavam sua pele branca, sentindo um arrepio percorrer todo seu interior.

Olhou cada partezinha que foi tocado pelo seu dominador, e só em pensar em “seu”, já sentia a excitação consumi-lo de dentro para fora lhe causando certos espasmos prazerosos.

— Ahr. — soltou o ar que nem mesmo havia percebido ter prendido, naquele momento.

Sua mente começou a traçar linha por linha do corpo do mais velho, e como sempre o pensamento de que aquela beleza era humanamente impossível, surgiu. A voz grossa mas ao mesmo tempo suave que ecoava por entre os lábios carnudos do mais velho, Min acabou por deixar um gemidinho baixinho ecoar dentro do banheiro.

— Não! — sussurrou baixo, não podia se deixar levar, pelo menos não agora.

[•••]

Depois de um bom banho, Yoongi se trocou e saiu do quarto, quase se perdeu em meio aqueles corredores, sua sorte foi encontrar um dos empregados de Park, que o levou até a cozinha onde Lou estava.

— Olá, senhora Lou. — falou, recebendo um sorriso da mais velha, assim que ela o viu.

Todos na mansão sabiam falar coreano, era basicamente a segunda língua materna deles, então não era nada ruim para Min se comunicar com eles ali.

— O sr. Park disse que eu poderia vir até você, e que você podia me mostrar tudo.

— Claro. Posso sim! — ela afirmou, ainda com um sorriso.

— Também pode me contar um pouquinho mais sobre o CEO? — perguntou curioso, recebendo um aceno positivo.

— Posso te contar tudo sim, o sr. Park me autorizou a isso. — ela falou de forma sincera. — E como fui babá dele, posso te contar com riqueza de detalhes, mas, me desculpe a pergunta. — pigarreou. — O que você é do meu menino?

— Bom. — corou. — Sou submisso.

— Percebi pela coleira. — ela apontou para a que o menor usava. — Não precisa sentir vergonha, estamos acostumados com isso. Só não com o fato de um submisso estar dormindo no mesmo quarto que ele…ou dormindo na mesma cama. — ela comentou sorrindo.

— Essa parte eu também não sei. — Yoon riu fraco. — Não sabia muito sobre isso, e meio que eu caí de paraquedas.

— Venha. Vou te mostrar tudo e te contar tudo sobre o Jimin que eu conheço. — ela falou animada, e saiu puxando Min pela casa.

O mais novo por sua vez estava extremamente curioso sobre tudo que envolvia a infância e adolescência do grande Park Jimin. Mesmo que isso não fosse de fato um segredo, já que o outro deixou claro que sua vida seria um livro aberto para ele, ainda sim, a ansiedade por saber mais estava o domando por completo.