Capítulo Três

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Vegas.

Por um instante senti meu mundo parar, não tinha palavras ao certo para responder o belo moço. Provavelmente ele deve estar achando que sou um lesado.

A beleza daquele sorriso definitivamente era de cair o queixo, posso parecer um bobo ao falar que acredito em amor à primeira vista. Talvez porque meus pais seriam a prova viva se ainda estivessem vivos.

Apesar de acreditar que exista reencarnação, na minha visão de vida temos que viver e sentir tudo que nos é proporcionado. Principalmente tendo a sorte de ter uma família amorosa e boas condições financeiras.

No meio de minhas divagações percebo que esqueci do cara em minha frente, tento ao máximo controlar a vergonha que acaba me fazendo parecer um palhaço na frente de outras pessoas.

"Prazer em conhecê-lo, Pete. Eu gostaria de me inscrever para as aulas de surf. Sempre tive vontade de aprender a pegar aquelas ondas maneiras." Respondo meio sem jeito.

"Não te garanto uma onda maneira de primeira, seria irresponsabilidade de minha parte soltar um iniciante em pleno mar aberto. Mas prometo te ensinar direitinho para que depois de um tempinho você possa finalmente cumprir essa vontade." Pete me responde com um sorriso arrebatador no rosto deixando seus olhos idêntico a uma meia lua.

"Só irei precisar cadastrar seu nome e o principal. Você sabe nadar?"

"Sim,sim. Não precisa se preocupar, eu sei nadar." 

No momento que íamos para a cabana acabei tropeçando em uma pedra, se não fosse por pete estaria de cara no chão. " Além de saber nadar sou bem desastrado hahaha." Brinco meio envergonhado enquanto me desvencilhava de seus braços, ainda mortificado de como minha condenação motora sempre vai embora quando estou interagindo com homens bonitos, entrando na cabana Pete logo foi para o notebook escrever meus dados.

"Que isso cara, foi só um tropeço besta, essa pedra faz várias vítimas. Da última vez eu fui de cara no chão com prancha e tudo.  Me fala seu nome completo."

"Vegas Santier Theerapanyakul."

"Hmm, nome bonito. É uma cidade americana, né?"

"Sim, a cidade dos cassinos."

"Prontinho, então Vegas, são cinco aulas comigo sobre o básico e segurança. Depois disso vai estar livre para entrar só no mar com a prancha." Pete fala enquanto termina o cadastro." As aulas são pela manhã às oito horas, normalmente é quando as correntes marítimas estão calmas, perfeitas para iniciantes. Amanhã você poderá escolher a prancha, tudo bem?"

"Amanhã estarei aqui, obrigada. Pete." O respondo com meu melhor sorriso, quem sabe causa um encanto nele.

"De nada, tchauzinho." 

Quando saio da cabana meus neurônios já começam a formar um plano para ver como vou fingir que não sei surfar. Porra! Se o Porsche estivesse aqui ele me mataria.

Eu prometi em alto e bom som, que não me apaixonaria nem me encantaria por ninguém logo de cara durante a viagem. Mas como o emocionado que sou pelo visto a promessa vai para  o ralo.

Pete parece um raio de sol em forma de ser humano, não o conheço ainda. Mas já sinto que ele é uma boa pessoa.

Apesar que nunca tive um dedo bom para relacionamentos, talvez em outra vida eu tenha sido um cafajeste....

O primeiro cara que fiquei apaixonado foi pelo Porsche, um maluco carismático que conheci aos catorze anos no Facebok. Resolvi conhecer ele, mas o vagabundo me trocou pelas sombrancelhas de taturanas do kinn que estava passando umas férias na casa dos meus pais.

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⏰ Última atualização: Apr 15 ⏰

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