#6 reconciliação

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-------06:13, Quarta-feira-------
P.o.v Luca

Acordei, mais um dia com o barulho insuportável de meu despertador, eu dei nele uma porrada tão forte e acho até que quebrei. Não acordei de bom humor hoje, acho que meu pai ter chegado bêbado ontem influênciou no meu humor.

eu desci e vi meu pai montando a mesa do café com ovos mexidos, waffles e suco de laranja, meu café da manhã preferido, então ele sabe que eu vi ele embriagado.
- Bom dia filhão! - ele disse sem tirar a atenção das comidas. - como você está ein?

- Hum, estou bem, já você pelo jeito que estava ontem eu não sei. - respondi

Ele suspira e diz:
- Ah Luca, me desculpa, eu não queria que você me visse daquele jeito. - ele se senta na mesa colocando as mãos na cabeça. - Eu não estava muito bem ontem Luca, perdão...

Eu tentei ignorar, dei de ombros e abri a geladeira para pegar uma fruta, não aguentei segurar minha língua.
- Por que pai? Você nunca bebeu antes, por que beber agora e voltar para casa bêbado?! - eu perguntei

- Luca... eu, eu não quero falar sobre isso, não agora tá bom? - ele se levantou e saiu da cozinha.

Ah pronto, era só oque me faltava, eu me encho de raiva, tomo meu café da manha, pego as chaves do carro e vou pra escola pensando no quão ridículo meu pai conseguiu ser hoje de manhã.

Assim que pisei na escola meu celular vibra, peguei ele para dar uma olhada rápida em quem me mandou mensagem. Meu pai.

Mensagem recebida as 06:55

                               Pai

Willian: Luca, me desculpe, eu não queria que você se irritasse, eu não quero falar sobre isso com você.

Eu não respondi, e não pretendo responder, desliguei meu celular e fui pra sala, no caminho Luís me para.
- ei mano, nem te vi chegando cara!

- Ah, Luís, não estou muito bem hoje. - eu falei continuando meu trajeto.

De repente Emma chega e pula nas minhas costas.
- Ei grandalhão! como você está? - ela abre um sorriso.

Eu tiro ela das minhas costas com cuidado.
- não muito bem na verdade. - eu digo e saio novamente.

Eu não estou muito afim de conversa, não hoje. Eu escuto Luís vindo correndo em minha direção.
- Ei cara! oque está acontecendo? você sempre é o mais falador!

- Ontem não foi um dia muito bom Luís,
me desculpa tá? - eu entrei na sala e me sentei na minha carteira.

Eu escutei Luís e Emma cochichando sobre mim durante a aula, eu ignorei.

Quando a hora do recreio chegou Emma veio falar comigo.
- Ei Luca, oque está acontecendo? Você pode falar comigo, você sabe disso né?!

- eu não quero falar sobre isso Emma. - eu me sentei num banco do pátio.

- Luca. Você não está bem, conversa comigo, por favor! - ela se sentou ao meu lado.

- Meu pai. Meu pai voltou bêbado pra casa, e a coisa que minha mãe mais odiava era bebida, ele nunca bebeu na vida Emma! - eu disse indignado.

Ela não me disse nada, ela somente me abraçou.

Esse abraço vale mais que mil palavras.

Quando eu finalmente percebi o que eu estava fazendo a escola inteira já estava olhando.

Merda.

Eu empurrei ela e todos estavam nos encarando, a escola inteira.

Todos começaram a cochichar, eu ouvia meu nome, e o nome da Emma, e... merda!
- Emma! que merda, se minha família souber disso eu estou fodido! Mas que porra! - eu falo tentando sair do local rodeado de pessoas.

Minha querida bailarina.Onde histórias criam vida. Descubra agora