0𝟐𝟒. Adeus

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Capítulo 24

neblina da manhã envolvia o ambiente enquanto eu me encontrava do lado de fora da casa, ao lado de Dylan. Ele observava a paisagem com seriedade, apoiado na cerca. Estávamos prontos para partir, apenas esperando a chegada de Aiden e Cris. Gill, nosso aliado, havia conseguido um navio para nos levar em nossa jornada.

- Você acha que esse plano vai dar certo?- perguntei a Dylan, com uma pitada de ansiedade em minha voz.

Ele suspirou antes de responder

- Não sei. Se dependesse de mim, eu não te levaria para Galmar, mas não temos escolhas -

Ouvi rumores de que o reino para onde nos dirigíamos era habitado apenas por mulheres. Curiosa, perguntei a Dylan se isso era verdade.

- É uma longa história - ele começou - mas ela não gosta que homens visitem o seu Reino.

- Então, resumindo, ela odeia homens - Essa pergunta escapou dos meus lábios, e Dylan hesitou antes de responder.

- Já ouvi diversas versões dessa história - ele disse, - uns dizem que ela odeia homens, outros dizem que ela não os odeia, apenas não gosta de ser comandada por eles.

Curiosa sobre o destino dos meus companheiros, perguntei a Dylan se ele achava que ela os aceitaria.

- Só tenho certeza de uma coisa, ela não vai pensar duas vezes em abrigar Aiden - pelas palavras de Dylan, ficou claro que os dois se conheciam muito bem.

Enquanto conversávamos, notei a figura imponente de Negraes, se aproximando. Decidi me levantar e caminhar em sua direção.

- Pensei que você não ia se despedir - brinquei, com um pequeno sorriso nos lábios.

- Eu não vim aqui por sua causa - Ele respondeu com seu tom assustador, mas eu sabia que era apenas uma piada.

Antes que ele pudesse rejeitar, envolvi Negraes em um abraço. Por alguns segundos, ele não retribuiu, mas logo apertou meu corpo suavemente.

- Está levando a espada com você?- ele perguntou, se afastando.

- Óbvio - respondi com convicção.

- Ótimo. Tenha uma boa viagem, Garota - disse ele, despedindo-se.

Com um misto de emoções, me preparei para partir em nossa jornada, sabendo que desafios e aventuras nos aguardavam no reino de Galmar.

Com um misto de emoções, me preparei para partir em nossa jornada, sabendo que desafios e aventuras nos aguardavam no reino de Galmar

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Pisar na neve densa parecia uma tortura. Depois de passar sete horas viajando de cavalo, o céu escureceu e o sol sumiu. Estou ao lado de Cris, que compartilha um pouco do seu calor.

Apesar de ter passado apenas alguns minutos, parecia que o tempo havia se prolongado. Estou implorando para chegarmos no navio o mais rápido possível.

- Já estamos chegando, não se preocupe - Cris disse, enquanto levava duas bolsas, a minha e a dele. Me pergunto o porque Aiden e Dylan não usam seus poderes ao seu favor, mas deixo isso de lado quando a estrutura aparece na minha frente.

O navio é bem grande e tem várias cargas dentro dele. Tem um homem nos esperando e por sua aparência parece ser um lobo. Cris se aproxima e cumprimenta o homem, logo depois faz um sinal para que a gente possa se aproximar. Ele aperta a minha mão e me puxa para cima.

Está cheio de homens barbudos e com várias marcas no corpo. Eles trabalham levando caixas para a parte de baixo do navio.

- Já entrou em um? - Cris aparece ao meu lado.

- Nunca - Admiti.

- Vamos partir em breve, eu vou pedir para colocarem sua bolsa no quarto debaixo, é mais quente.

- Obrigada.

Estou no quarto onde estou hospedada

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Estou no quarto onde estou hospedada. A cama é imensa, com lençóis feitos de pele de animais. Tudo estava indo bem até que a estrutura inteira começou a balançar, indicando que o navio estava se inclinando. Sinto um frio na barriga por causa do medo.

Após deixar tudo o mais confortável possível, me deitei no colchão fofo e me enrolei. Meus olhos estão coçando de sono. Quatro dias de viagem não parecem tão ruins, pelo menos eu acho.

Apesar do cansaço, tenho medo de dormir. Pensamentos sombrios invadem minha mente, desta vez envolvendo Elvira. Fico imaginando como Lucy e seus dois filhos, Anne e Bella, estão. Prometo que, se eu conseguir recuperar meu Reino, mudarei as leis que causam tanto sofrimento a crianças e adultos.

Ouço uma batida na porta, seguida por uma voz calma.

- Pode entrar - aviso, e então Dylan entra. Ele segura um pequeno livro na mão - Algum problema?

- Ah, na verdade não - Ele coça a barba que começa a surgir em seu rosto - Desculpe incomodá-la tão tarde, mas isso pode lhe interessar.

Me sento na cama e peço para que ele faça o mesmo. Dylan puxa uma cadeira e cruza as pernas.

- Você ainda está com o colar que encontrou no quarto de sua mãe?

- Sim.

- Ótimo - Dylan abre o livro e procura uma página específica - O nome dela era Popper. Aiden mencionou isso. Popper caçava bruxas comuns, absorvendo o poder delas.

- É possível usá-lo?

- É bem provável que sim, mas existe a possibilidade de haver magia negra envolvida, o que é perigoso.

- Você quer testar? - Pergunto.

- Se for possível, sim. Caso não haja nenhum resquício de magia que possa prejudicá-la, você poderá usá-la por tempo limitado. Isso pode ser um ótimo treinamento.

Desço da cama e vou até o criado-mudo, pegando uma pequena caixa.

- Aqui está.

- Obrigado.

𝐈𝐦𝐩é𝐫𝐢𝐨 𝐒𝐚𝐧𝐠𝐫𝐞𝐧𝐭𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora