Hillary Collins retorna a cidade após sofrer múltiplos atos de bullying de Tom Kaulitz e seu grupo, escondendo seus sentimentos pelo garoto e sem entender como seu ex melhor amigo se virou contra ela, a garota trilha sua jornada esperançosa pelas re...
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Finalmente o grande primeiro dia de aula mas agora de volta a sua antiga escola. Hillary odiava a nova ideia, saber que retornaria ao lugar aonde sofreu bullying e diversos abusos a deixava aflita. O medo era algo que a consumia por inteira, o fato da garota não saber se as mesmas pessoas ainda estudavam ali causavam uma torturante onda de desespero, como a uma chama de fogueira completamente enraizada ao fogo ardente.
— Sou mesmo obrigada a ir para aquele lugar? — O barulho da leve batida no volante era deixado por sua mãe.
— Não comece com isso de novo! — Hillary ouvia atentamente sua mãe gritar. — Isso que estamos fazendo é por você! — Analisava o rosto da garota no retrovisor acima, com sua feição séria e sem pudor algum. — Mais que droga! — procurava uma vaga entre tantos outros carros.
— Por mim? O que você fez por mim? Me enfiar na escola que sofri abusos e torturas psicológicas? Parabéns, belo casamento arranjado! — Um suspiro pesado de sua mãe pode ser ouvido no banco da frente enquanto a garota descansava a cabeça no banco. O olhar da garota percorria a entrada lotada da escola, na procura de algum tipo de grupo rebelde de adolescentes toscos. Sua mãe continuava a resmungar com a garota explicando mais uma vez o fato da mudança ser apenas pelo novo casamento de sua mãe, Hillary não entendia como Anahí sua mãe poderia tão qual largar tudo e simplesmente voltar a cidade antiga apenas pelo dinheiro ofertado pelo seu padrasto, Klaus. Impaciente a garota percorre seu olhar uma última vez vendo um rosto conhecido. O dele, Tom. O mesmo rosto so que agora mais jovial, o rosto do mesmo garoto que implicava com suas brincadeiras em um grupo de garotos infantis, o mesmo garoto que cometia bullying diversas vezes com a garota.
—,Que inferno! — Em um impulso Hillary desajeitadamente salta do carro para fora fechando a porta bruscamente ignorando os gritos rígidos de sua mãe. O nervosismo se fez presente em seu corpo assim que seus olhos cruzaram com o do garoto novamente, rapidamente Hillary procura em sua bolsa algum livro para folhear e ignorar a presença do garoto. A garota nunca entenderia porque seu antigo melhor amigo agia de tal forma com ela, causando até sua mudança de cidade, o mesmo sofria bullying e quem sempre esteve para ajudá-lo era ela, muitas vezes Hillary defendia Tom e Bill seu irmão gêmeo, dos valentões mesmo também sendo mais uma vítima deles.
Diante de um tempo Tom se afastou da garota deixando-a sem resposta alguma até começar a agir feito um completo idiota. Hillary perdeu a conta de quantas vezes recuava para o banheiro em busca de evitar mais uma agressão do grupo que agora era liderado por Tom Kaulitz. O garoto nunca ousou machucá-la fisicamente mas perdeu as contas de quantas vezes fez a garota chorar com suas agressões verbais. Cansada de chorar e sem entender o afastamento repentino de seus únicos amigos, implorou para que seus pais a tirassem daquela cidade.
— Buh! — Em um espanto Hillary derruba seu livro no chão recuperando seu fôlego ainda com a presença do irmão do garoto a sua frente.
— Bill! — apertava seus braços ao redor do corpo do Kaulitz remoendo toda sua saudade que sentia pelo amigo. Diferente de Tom, Bill nunca concordou com as atitudes do irmão e se negou de todas as formas fazer parte do grupo do gêmeo mais velho. Tom embora não entendesse a atitude de Bill, defendia seu irmão com unhas e dentes de qualquer tipo de ação a bullying contra Bill. Ele era o protegido de Tom e sabia disso. — Você está tão diferente!! — A garota admirava a aparência do garoto.
— Você também!! Achei que nunca mais fosse voltar... — Recolhia o livro da garota que estava no chão. Nesse mesmo instante outra pessoa se fez presente ali, era ele.
— Hillary..? — Tom estava espantado em vê-la novamente, depois de tantos anos sem notícias da garota e sem receber respostas de suas cartas e mensagens que foram enviadas ele simplesmente aceitou que a garota nunca o perdoaria.
— Tom. — Com um semblante preocupado de suas ações a garota o respondia sem olhar muito em seus olhos, ela sentia medo de passar por tudo aquilo de novo, e sabia que seu retorno de certa forma poderia causar algum impacto por ser novata e nada igual as outras garotas como a mesma pensava de si.
— O que faz aqui? — O rapaz pergunta aparentemente tenso com a presença da garota em sua frente, ele sentia saudades de Hillary, saudades da sua risada, do seu abraço, do seu cheiro e de seu toque. Mas era esperto o suficiente para saber que talvez nunca a teria de volta, suas ações influenciaram nos traumas da garota que agora parecia estar sempre em alerta.
— Não é obvio Tom? Ela voltou para cá! — Bill pareceu perceber a garota quieta e incomodada com a presença de seu irmão, tomou posse a frente dela tentando trazer algum tipo de conforto ja que a garota se sentia extremamente desconfortável com o Kaulitz mais velho a poucos centímetros dela.
— Hum, você vem comigo ou vai ficar com essa caipira? — Seu tom de voz áspero e irônico saía de sua garganta nitidamente atingindo o olhar da garota para ele, obviamente Hillary o olhou com ódio, muito ódio, ela queria voar nele ali mesmo e o humilhá-lo de todas as formas possíveis mas sentia pena do Kaulitz por ser alguém tão ruim.
— Quando vai parar com suas atitudes ridículas Tom? Isso não é você, esse grupo que faz parte.. Isso tudo é ridículo! — Bill permanecia frente a garota que ainda encarava Tom com ódio, sentia seus olhos se marejarem e um peso se instalar em seu peito. — Você esqueceu que nós sofríamos bullying? Você não precisa se tornar um abusador depois de ter sido abusado Tom! Você pode fazer melhor, pode ser alguém melhor! —Bill encontra a mão solta de Hillary e entrelaça seus dedos na esperança de passar segurança para ela.
Tom parecia assimilar as palavras do irmão que pareciam ter atingido o rapaz em cheio. O garoto se remexia inquieto olhando aos redores a procura de seu grupo que se aproximava. — Boa sorte com o circo de horrores então! — Tom parecia sorrir forçado para seu grupo que achava graça de tudo aquilo, Hillary ainda o olhava sumir com o bando de garotos sussurrando horrores sobre ela. — Quem é aquela que seu irmão falava, Tom?
— Ela não é importante, provavelmente mais uma das esquisitonas feias que Bill esconde — Ouvir aquilo para Hillary foi doloroso, a garota passou a esconder seus sentimentos pelo garoto durante todos esses anos, se mudou na esperança de que nada fosse como antes pois ela sabia que viver em um lugar presa a Tom Kaulitz se tornaria um inferno. Sem conseguir queimar seus sentimentos pelo garoto Hillary passou a escrever em seu caderno que carregava consigo. — Uma vadia então! — Um de seus colegas comentava tirando mais risadas do grupo de adolescentes descolados. — Difícil com todo aquele peso! —Nesse momento lágrimas escorreram do rosto da garota ainda olhando para Tom no corredor, o garoto não riu mas apenas concordou com a cabeça mantendo seus olhos na garota que parecia reprovar suas atitudes, Hillary se soltou de Bill correndo tão rápido em direção ao banheiro contendo as lágrimas que desejaria soltar em alguma cabine vazia.
— HILLARY! — Bill gritava vendo a garota correr derrubando seu caderno no chão do corredor sem se importar com o gêmeo mais novo. Ela so queria sumir, não queria sentir a dor do bullying novamente. — Está feliz?— Bill revirava os olhos furiosos a Tom que permanecia calado e pensativo, imediatamente o Kaulitz mais novo caminha trilhando os caminhos da garota com o caderno dela em mãos.
Tom se irritou com aquela atitude vindo de si mesmo e gritou para seu grupo pedindo para que lhe deixassem sozinho. Tom encarava um pequeno recorte quadrado de um papel diferente no meio do corredor aonde o caderno da garota caiu. Se aproximando Kaulitz vê uma foto dela, Bill e ele em sua casa sorrindo para a foto tirada por sua mãe Simone. Ele não fazia aquilo porque gostava de provocar a garota durante todos esses anos, ele fazia para proteger seu irmão Bill. Mas do que adiantava proteger seu irmão e ainda sim conseguir machucá-lo com suas próprias atitudes? Tom estava cansado se sofrer tanto bullying que aceitou a ideia proposta por Jacky James, ou, JJ. Um francês que intitulou-se dono da escola, bullyinando contra os outros principalmente contra Bill pelo seu jeito afeminado de vestir.
Tom segurou a foto com tanta força como se ela fosse voar de sua mão, lembrar das memórias boas que passou em um período de sua infância tirou um sorriso sincero de seus lábios. Guardou a recordação da garota em seu bolso saindo dos corredores a procura de Bill.