Capítulo 05

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IZUKU


- IIh será que ele morreu?

As palavras parecendo tão distantes, chegando como um eco até mim. Tudo ao meu redor está escuro, mas de algum jeito escuto várias vozes doces e femininas... Será um sonho?

- Senhor Midoriya?

Senti um toque leve e gentil na minha bochecha, o que foi mais um incentivo para continuar nesse lugar escuro e aconchegante...

- Desse jeito vocês não vão acordar ele, deixa comigo.

A pressão que eu senti no estômago agora me fez arregalar os olhos instantâneamente, me arrancando do meu subconsciente tão aconchegante. Encarei ao redor lentamente, o ambiente está iluminado com algumas velas e lamparinas e aos poucos tudo foi voltando a minha mente. Tirando a dor no meu estômago, o cochilo me deu uma revigorada.

- Mina você tá maluca?!

- Foi só um chute de leve. Bom que ele vai se acostumando.

Encarei a garota rosa sentada ao meu lado, que ao perceber me deu um sorriso enorme. Me sentei de vagar me espreguiçando, em minha frente estavam Momo e Uraraka de pé, nos observando, Uraraka que está com as bochechas rosadas de novo, deve ser algo dela.

- Sinto muito por acorda-lo Midoriya, mas a Eri queria agradecer por ter ajudado o Bakugou. - Momo apontou de leve com a cabeça para meu lado, e só então notei a garotinha com menos de dez anos agachada ao meu lado, ela é a coisa mais fofa que eu já vi. Os cabelos longos e brancos caem como cascata com rindo quase todo seu corpo, e na cabeça um chifre pequenininho, quase não dá pra ver. - Vamos Eri, diga a ele.

- M-muito obrigada por ter salvo o Bakugou, Izuku. Eu nunca ia me perdoar se ele se machucasse mais por minha causa! - Ela me olhou com seus olhos vermelhos tristonhos, as bochechas vermelhinhas. Sorri para ela o mais sincero que consegui e fiz um carinho em sua cabeça.

- Não foi nada Eri, mas eu nunca teria conseguido sozinho. O Kacchan é muito forte, só não conta pra ele que eu disse isso se não ele vai ficar se achando. - Ela deu uma risadinha sapeca e balançou a cabeça em cumplicidade.

- Kacchan? Achei fofo! O Katsuki deve ter gostado mesmo de você. - Mina agarrou meu braço e me colocou de pé, depois me faz dar uma voltinha. - A gente veio aqui pra te dar um trato também. Não dá pra ir pra sua festa de boas vindas todo encardido de poeira e sangue.

Ela me arrastou para fora da cabine e me levou pelo corredor até a última porta. Quando ela abriu percebi se tratar de um banheiro.

- Pode ficar a vontade, eu enchi a banheira para você. Aqui é sempre bem limpinho porque os homens não costumam usar muito, mas a capitã preza muito pela higiene. - Ela parou um momento, olhando para um ponto fixo, pensativa. Então ela deu de ombros e sorriu para mim - O Kacchan também, mas não conta que eu te falei isso. Enfim, tira toda essa sujeira, só não demora muito!

Ela bateu a porta me deixando sozinho. Não pude evitar pensar no que ela disse, sobre o Kacchan ser higiênico. Soltei uma risadinha imaginando ele chingando alguém por ter entrado no banheiro na hora do banho dele. A porta se abriu com brutalidade, batendo em minhas costas, me assustei com medo de ser Kacchan que escutou meus pensamentos mas é só a Mina com um punhado de roupas nas mãos.

Era Dourada - BakudekuOnde histórias criam vida. Descubra agora