Analia estava determinada a participar de uma competição de surf mundial a mesma que seu pai e seu tio adotivo não conseguiram entrar mas no início no ano perdeu seu irmão de alma Ethan que sofreu um acidente de asa delta e morreu causando um mal ir...
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Nunca parei para pensar em como seria a minha morte e porque alguém em sua sã consciência iria querer pensar sobre isso se é tão jovem e com uma saúde tão boa?
Mas depois que descobri o câncer comecei a pensar bastante na minha morte, em como seria?
Em quem eu teria ao meu lado quando eu fosse partir?
Tio Orlando?
Quem seguraria a minha mão para que eu não sentisse medo?
Eu estou com medo.
Estou apavorada com tudo que está acontecendo agora e mesmo que uma parte de mim não queira, eu necessito de alguém segurando a minha mão e me dizendo que vai ficar tudo bem.
Se me perguntassem agora qual a sensação da morte eu diria que é agoniante, é uma mistura de agonia, com medo, pensamentos que devastam o seu interior.
Se você pensa muito acaba entrando em desespero e fica louco, mas se não pensa acaba sendo devorado por dentro pelos próprios pensamentos.
De todas as formas você não tem saída, a morte é a coisa mais certa e concreta que possa existir no mundo.
Talvez ela seja mais certa e concreta do que o amor.
O amor parece duvidoso, incerto, falho, destrutivo, mas renovador e bonito.
A morte por outro lado não há dúvidas, incertezas, não é falha mas é destrutiva para aqueles que ficam.
Eu tenho a certeza da minha morte, só não queria fazer as pessoas que vão ficar aqui sofrerem.
Estou sentindo dor, mas ela nem é mais física e estou um pouco melhor que ontem e se ainda consigo raciocinar amanhã pode ser o meu último dia aqui na terra.
E enfim serei imortal.
Pedi a enfermeira que me desse um papel e uma caneta, pois eu escrevi as minhas últimas palavras.
Espero que os rapazes cheguem logo, a porta do quarto se abriu e um rosto conhecido apareceu.
— Oi, posso entrar?
— Claro, Jasper — ele fecha a porta e vem até mim pegando na minha mão.
— Os ca... o Jacob e os outros estão aí fora.
— Você pede para eles entrarem por favor? — peço e ele acena me dando um beijo na testa e saindo.
Jasper se tornou um grande amigo, mais do que isso, ele é como se fosse um parente próximo a mim.
Talvez seja ele que vai estar aqui segurando a minha mão e eu quero muito que ele esteja ao meu lado.
Olho para a porta e os meninos entraram, eles estão magros, um pouco pálidos e se aproximam lentamente de mim.
