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Dom, 05 de nov

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Dom, 05 de nov.  

Mistura De Sentimentos. 

Faz dois dias que estamos no Brasil em uma ilha incrível, mas meu corpo está reclamando a cada suspirar.

Estou na praia esperando o pôr do sol e resolvi trazer meu diário e escrever algumas coisas, ou melhor, o que estou sentindo.

Jasper está na varanda me olhando de longe. 

Ele parece um pai que está vigiando seu filho dando os primeiros passos com medo dele cair e se machucar.

A diferença é que eu vou morrer e não tem o que fazer... não é?

Estou sentindo tanta coisa, não falo da dor, mas poderia dizer que respirar faz com que doa cada parte do meu ser, desde a pontinha da unha do meu pé até o último fio do meu cabelo loiro.

Estou sentindo meu coração apertado, acho que a doença está esmagando ele aqui dentro de mim, nesses últimos meses têm sido os mais difíceis da minha vida e também foram os mais renovadores momentos que eu já tive.

Me sinto sem alma, acho que foi a única coisa da qual eu não pude sentir um preenchimento, mas de resto?

A família do Jasper me acolheu de uma forma incrível assim como o vô Quil e o Billy todos da tribo se tornaram mais do que amigos, mas família agora acho que tudo isso se deve ao imprinting.

Acho que sinto por eles é amor e pelo Jasper um amor de irmão, é estranho admitir meus sentimentos pelos meninos, acho que poderíamos ter tido uma linda amizade colorida.

Vou sentir falta de tudo que vi e vivi em Forks só não queria que tudo acabasse assim sempre nos filmes o herói aparece e salva a mocinha eu não sei se fui a mocinha dessa história trágica se levarmos em conta o final que terei posso me considerar a vilã?

Porque é sempre eles que se dão mal.

Apenas acho injusto a vida me maltratar tanto se eu não merecia esse sofrimento todo o qual ela vem me causando ao longo desses meses, eu sou a vítima extremamente exausta de lutar, só acho que eu merecia um final feliz assim como os filmes. 

Coloco o livro em cima das sandálias e o sol começa a desaparecer no horizonte, eu fecho meus olhos e sinto as lágrimas caírem do meu rosto no chão. 

Ouço a voz da minha maman, do papa, Ethan e eu quando éramos crianças.

Eles dois cantando para que dormíssemos. 

— Feche os olhinhos hora de nanar conte os carneiros e logo vão sonhar. 

— Conta os carneiros papa — disse Ethan. 

— Só se vocês me ajudarem — ele olhou para minha maman. — Você também, minha amada. 

— Um, dois, três, quatro, cinco — os quatro começamos a contar. 

Uma Vida Contada Em Páginas - Concluída (Série: Caçadores E Deuses) LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora