Alex
De manhã cedo, sou acordado pelo grito estridente de minha mãe. Resmungo, abafando a cabeça com o travesseiro na tentativa de bloquear qualquer som invasivo. A porta se abre com ímpeto, seguida pelo estrondo de seu fechamento.
"Alex! Levanta agora!" - minha mãe exige, enquanto abre as cortinas do meu quarto, inundando o ambiente com a luz do sol. Resmungo novamente, virando-me na direção da parede em uma tentativa fútil de retornar ao sono.
"Se eu tiver que te acordar mais uma vez, eu juro que te jogo água!" - ela me ameaça antes de sair do quarto, batendo a porta atrás de si.
Com um suspiro resignado, puxo o lençol sobre mim mais uma vez e viro-me de bruços. Era quase final de semana e não tinha vontade alguma de encarar o dia e a escola tão cedo depois das férias. Realmente não fazia sentido começar o primeiro dia de aula no meio da semana.
"ALEX VITURINO FERRI!" - Ela soca a porta do quarto.
"Porra!" - xingo, levantando num pulo da cama. Pego uma roupa e uma toalha, saindo do quarto e ignorando-a enquanto me tranco no banheiro.
Deixo a água fria do chuveiro cair sobre mim, tentando dissipar a sonolência e o mau humor da manhã.
"Alex", ela bate na porta, "Vai demorar? Preciso usar o banheiro ou vou perder a carona da mamãe."
Termino o banho e me visto. Opto por uma calça jeans preta rasgada, uma camiseta preta e minha jaqueta de couro. Calço meus tênis pretos e saio do banheiro, encontrando minha irmãzinha impaciente, mas ainda adorável. Sorrio ao vê-la com a carinha emburrada.
"Achei que fosse morar no banheiro", ela cruza os braços. "Sai da frente logo. Estou atrasada."
"Bom dia pra você também, pirralha", digo, passando por ela e afagando seus cabelos, provocando-a.
"Já pedi pra não fazer mais isso! Não sou mais criança", responde irritada, entrando no banheiro.
"Ainda é sim!" - respondo, rindo, enquanto desço as escadas em direção à cozinha. Ouço-a resmungar algo, mas ignoro.
Encontro minha mãe acompanhada pelo vizinho, ambos sentados tomando café. Reviro os olhos e passo por eles para pegar a jarra de suco na geladeira.
"Onde estão seus modos, Alex!" - ela me repreende, e eu apenas rio.
"Morreram junto com o papai", respondo de forma sarcástica. Vejo-a me olhar incrédula e com raiva. Pego as chaves da minha moto e ia saindo quando a ouço me chamar.
"Pode pelo menos buscar sua irmã na escola hoje?", ela pede com um tom de súplica.
Reviro os olhos com tédio. "De boa", respondo, saindo e batendo a porta em seguida, ouvindo-a gritar algo comigo que não me importo em entender.
Subo na minha moto Harley Davidson e dirijo para a escola.
Angel
Acordei cedo com o despertador estridente ao lado da cama. Planejei acordar um pouco mais cedo, afinal era o primeiro dia de aula do último ano do ensino médio. Estava ansiosa para as aulas acabarem, mas ao mesmo tempo nervosa. Depois da escola, teria que decidir qual faculdade cursar, e eu não tinha a mínima ideia do que escolher. Mesmo com meu pai insistindo para que eu fizesse direito, assim como meu irmão mais velho. Não era o que eu queria, e eu não tinha ideia de como dizer isso a ele.
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She is art
Ficção AdolescenteAngeline LeBlanc, conhecida como Angel, é uma jovem determinada que não tolera desrespeito. Por um capricho do destino, ela se vê no meio do caos ao lado de Alex Ferri, um rapaz que não acredita em amor além do próprio. Alex é desprezado por metade...