"O que você está fazendo, Angeline?" - perguntou ele, confuso.
- "Nada!" - levantei num pulo e fui me sentar na beira da cama.
Ele foi até a janela e olhou para fora. Depois voltou seu olhar para mim. - "Pronta para sair?" - perguntou, me encarando confuso.
- "Como assim, para onde?" - perguntei.
- "Nós combinamos de irmos ao cinema hoje, esqueceu?" - ele se aproximou de mim, ficando entre minhas pernas, e segurou meu rosto entre suas mãos. Ele se abaixou um pouco e selou meus lábios.
- "E se ficarmos por aqui mesmo e assistirmos no meu quarto?" - perguntei após nos separarmos.
- "Não quer sair?" - perguntou, olhando nos meus olhos.
- "Não. Por favor?" - pedi.
- "Ok. Vou pedir algo para comermos então." - ele respondeu, se esgueirando para ficar entre os travesseiros.
- "Enquanto você pede, vou na cozinha beber água." - falei, levantando da cama. "E vou pegar uma cerveja para nós." Ele assentiu e eu saí, fechando a porta.
Respirei fundo. Por pouco não fui pega pelo meu namorado enquanto agia como uma curiosa. Merda. Desci as escadas, fui até a cozinha, servi-me de água e bebi um pouco. Enxaguei o copo e o deixei virado para secar. Abri a geladeira em busca de cerveja, peguei duas latinhas, fechei e saí da cozinha. Subi para meu quarto novamente.
- "Opa!" - ele se animou. "Senta aqui, amorzinho." Ele deu batidinhas entre suas pernas. "Pedi duas pizzas, uma salgada e uma doce."
Entreguei-lhe uma cerveja enquanto subia na cama para me ajeitar entre suas pernas. Encostei-me em seu peito e abrimos nossas cervejas, bebendo um gole.
- "Que filme é esse?" - perguntei, bebendo minha cerveja.
- "De ação."
- "Ah, amor!" - resmunguei. "Pelo amor de Deus, troca isso."
- "O que você quer assistir então?" - ele suspirou fundo e bebericou sua cerveja.
- "Romance, é claro."
- "Romance não, Angeline!" - ele bufou.
- "Comédia, então."
- "Ok."
Ele escolheu uma comédia e nós assistimos em silêncio. Terminamos nossas cervejas e ouvimos a campainha. Disse que iria buscar, já que ele havia pago. Desci as escadas e peguei nossas pizzas. Estava prestes a fechar a porta quando o avistei de longe, agora sozinho, correndo. Notei que estava de calça de moletom, uma camiseta preta e os mesmos tênis de mais cedo. Dava para notar boa parte de suas tatuagens nos braços, e ele estava com fones de ouvido. De novo, fui pega em flagrante. Dessa vez por ele mesmo. Ele me olhou, mas desviou o olhar, continuando sua corrida. Ouvi um pigarreio atrás de mim.
- "Se o Kaue te ver secando o novo vizinho desse jeito..." - falou meu irmão.
- "Eu não estava secando ninguém." - falei, passando por ele. "Idiota."
- "OK." - Ele puxou meu cotovelo de leve. - "Mas eu quero uma fatia de cada." - disse, pegando as caixas da minha mão e levando para a cozinha.
- "Pega logo." - pedi. "Quero subir."
Ele me olhou de soslaio enquanto pegava um prato para pôr duas fatias e deu um sorriso provocador.
- "Vão finalmente transar?" - perguntou e riu.
- "Aff!" - puxei as caixas das mãos dele. "Não vou falar dessas coisas com você." - Ele deu uma mordida na pizza, rindo, e quase engasgou.
- "Bem feito, idiota." - falei, já subindo as escadas.
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She is art
Fiksi RemajaAngeline LeBlanc, conhecida como Angel, é uma jovem determinada que não tolera desrespeito. Por um capricho do destino, ela se vê no meio do caos ao lado de Alex Ferri, um rapaz que não acredita em amor além do próprio. Alex é desprezado por metade...