Prazeres

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Ele se levanta rapidamente do sofá.

"Tris." Ele suspira e vem me dar um abraço. Eu fico congelada no mesmo lugar enquanto seus braços me envolvem. Eu acabo abraçando-o de volta. Seu abraço é tão apertado que eu perco o fôlego.
Eu dou batidinhas nas suas costas e ele me solta.

"Ei... Peter." Eu sorrio.

Ele toma meu rosto em suas mão e encosta a testa na minha. Eu coloco minhas mãos em cima das suas.

Eu ouço Christina subir as escadas e nos deixar sozinhos.

Ele desce seus lábios e os encosta nos meus. O beijo inicialmente é leve, mas ele empurra sua língua pelos meus lábios e eu engasgo.

"Desculpe." Eu me afasto limpando meus lábios instintivamente.

Ele me olha com as mãos nos bolsos.

"Por que você veio pra cá?" Ele me analisa. Eu cruzo os braços sobre o peito automaticamente.

Minha boca se abre mas a eu fecho rapidamente.

Ele da um passo na minha direção e eu recuo, mas eu acabo encostando na porta atrás de mim.

"Peter, eu..."

"Você sai de Atlanta assim sem me avisar? Quem você pensa que é?" Ele não grita, mas acho que tem algo a ver com Chris estar la em cima.

Aí está o Peter que conheço.

"Você não é meu pai. Não te devo satisfações, Peter." Eu cuspo seu nome.

Ele agarra meu braço mas não aperta.

"Eu sou seu namorado, Tris." Sua voz suaviza e ele larga meu braço. "É verdade, você não me deve satisfações. Mas você gostaria que eu simplesmente saisse de Atlanta sem nem lhe dizer o porque?"

Talvez.

"Não."

"Então. Tris, eu te amo."

Ele da um passo mais perto e captura meus lábios novamente, dessa vez ele passa os braços em volta da minha cintura e me pressiona contra seu peito só para me pressionar contra a porta atrás de mim também.
Sua língua empurra meus lábios e eu cedo, o beijando de volta porque sei que é isso que ele quer.
Eu seguro seus braços enquanto viro minha cabeça para o lado para escapar de seu beijo.

"Tris." Ele suspira.

Eu o empurro suavemente para mais longe de mim. E mantenho a distância segurando seus braços.

"Onde você vai dormir?" Eu pergunto. Espero que ele não tenha tido a brilhante ideia de simplesmente dormir aqui.

"Eu estou em um hotel." Ele acaricia minha bochecha "Vem comigo" Ele sussura.

"Não posso." Não quero dormir com ele.

"Por que não?" Ele franze a sobrancelha.

"Chris vai receber uns amigos." Eu minto.

"Mais um motivo pra sairmos daqui." Ele dá um sorriso sedutor. Eu sorrio timidamente de volta.

"São meus amigos também." Eu nem lembro do rosto de alguns.

"Então eu posso conhecer seus amigos."

Mais mentiras. Seja convincente, Tris. Não consigo pensar em nada.

Eu mordo meu lábio nervosamente.

"Tris, temos que ajudar com o trabalho da Marlene. Peter pode ajudar também. Você é arquiteto, não é, Peter?"

Peter se vira e eu estico meu pescoço para encontrar Christina descendo a escada. Eu sorrio.

Peter acena com a cabeça.

"Então você poderia nos ajudar. Quer dizer, tem muuita coisa pra fazer e com você aqui nós economizamos 50% do trabalho." Ela ri.

Peter coça a sobrancelha.

"Sobre o que, extamente?" Peter pergunta. Ah, não.

Chris dá de ombros.

"Marlene disse que era enorme e que ia precisar dos nossos dons de arquitetura. Ela não pode pagar, mas nós somos seu amigos, sabe." Ela estala a língua.

Peter parece estar pensando e eu olho pra Chris e ela levanta as sobrancelhas pra mim.

"Eu topo." Eu digo, me esquivando de Peter e indo ao lado da Chris.

"Então, Peter?" Eu pergunto.

"Eu devia voltar pro hotel. Sinto muito, amanhã você passa lá em casa." Ele pisca pra mim.

Eu dou um sorriso forçado enquanto ele sai de casa. Quando eu ouço a porta fechar eu sento no degrau em baixo de mim e suspiro.

"O que foi isso?" Pergunta Chris.

"Eu tentando não dormir com ele hoje."

"Ele mentiu na cara-de-pau! Nem parou pra pensar que eu podia estar ouvindo." Ela aperta os olhos pra porta, como se pudesse ve-lo através dela.

"E você estava?" Eu levanto as sobrancelhas.

Ela faz uma careta e balança a cabeça negativamente.

"Aquele beijo foi nojento."

"Chris!" Ela começa a correr pela sala e eu corro atrás dela, pegando a almofada do sofá e tento acerta-la.

***

Eu acordo e pego meu celular. 8h53. Eu levanto e esfrego os olhos. Apesar de ter tomado banho ontem eu me sinto na necessidade de tomar banho novamente.
Eu saio da cama e pego uma toalha no guarda-roupa. Eu entro no banheiro e fecho a porta. Acabo de frente para o espelho. Eu me observo um pouco. Cabelo bagunçado, pijama torto. Eu começo a me despir na frente do espelho. Eu não costumo olhar o meu corpo assim. Meus seios não são pequenos, mas não são grandes, são satisfatórios. Minhas curvas do quadril não são muito visíveis. Exeto, talvez, os ossos da minha bacia. O meu umbigo é normal. Me viro de lado.
Minha bunda é perceptível. Não é tão grande quanto a da Christina, mas o dia que uso uma calça apertada consigo alguns assobios na rua. Eu gosto do meu corpo. Passo a mão pelo meu rosto e entro debaixo do chuveiro. Passo a mão com sabão pelo meu corpo.
Eu poderia ter dormido com Peter ontem. Faz meses que não transo. E se estiver certa, ele também não. Embora não seja por falta de tentativas. Eu realmente ando me sentindo melhor sozinha do que com Peter.
Eu desço a mão pela minha barriga e quadris. Olho para o vapor acima de mim e fecho os olhos.

Desço um pouco mais a mão e me acaricio. Desço mais um pouco e introduzo um dedo.
Minha respiração fica ofegante quando eu encontro um ritmo. Meu corpo começa a tremer e eu me encosto na parede. Mordo o lábio e finalmente chego ao clímax.
Retiro meu dedo devagar e fico um pouco mais em baixo da água. Meu corpo pulsa. Até que desligo o chuveiro.
Me enrolo na toalha e saio do banheiro. O vapor invade meu quarto. Descido vestir um vestido. Estou muito sensível para querer vestir uma calça agora.
Visto um vestido de renda branca e calço meus chinelos. Penteio meus cabelos molhados. Pego meu celular e tenho uma chamada perdida. Não é de Peter. Não é da escolinha. E também não é Quatro.
O número não está salvo nos meus contatos. Decido ligar de volta. Chama e não atende.
Eu desisto e desço as escadas. Por incrivel que pareça Christina está lá hoje. Christina e Zeke.

"Oi, Tris." Ele sorri.

ConfiançaOnde histórias criam vida. Descubra agora