Capítulo 28

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Christian estava chegando e viu a garota no quintal saiu correndo em direção à ela.

Christian: Alice, o que aconteceu? – Pergunta preocupado.

Alice: Agora vai ficar tudo bem. – Ela sorri em meio as lágrimas.

Christian: Vamos entrar. – Ajuda ela a levantar e a leva para dentro, se sentando no sofá com a garota.

Alice: Christian. – Chama olhando para o chão.

Christian: Sim? – Responde olhando para a garota.

Alice: A minha mãe se suicidou quando eu tinha oito anos. – Quando conta isso o garoto fica chocado e não sabe o que dizer. — Chocante né? – Olha para ele e força um sorriso.

Christian: Eu sinto muito. – Diz baixinho.

Alice: Quando eu cheguei da escola animada fui procurar a minha mãe e vi ela em seu quarto pendurada com uma corda em seu pescoço e a cadeira jogada no chão. – Ela diz com algumas lágrimas rolando pelo seu rosto. — Meu pai me culpa pelo suicídio dela, por isso sempre brigamos, mas eu quero tentar me resolver com ele pela última vez.

Christian: Você tem certeza disso? – Pergunta ainda chocado com a situação.

Alice: Era o que a minha mãe queria. – Sorri fraco. — Queimar a maioria dos pertences dela me ajudou bastante. – Diz.

Christian: Deve ter sido difícil para você. – Sussurra. A garota percebe que os olhos do garoto estavam lacrimejando.

Alice: Obrigada por me escutar. – Sorri fraco e o abraça. As lágrimas que estavam nos olhos do Christian caíram com o abraço e ele tenta limpar disfarçadamente. — Com você na minha vida eu percebi que a coisa que mais importa é o presente, quando vi você todo machucado ontem nada mais importava, o mundo tinha parado e só você existia para mim.

Christian: Você se tornou a pessoa mais importante da minha vida, quero que se lembre disso. – Se afasta segurando o rosto dela com as duas mãos.

Quando finalmente ela tirou esse peso dos ombros e conseguiu contar para alguém que confiava sobre a sua mãe, ela se sentiu livre e leve como nunca tinha se sentido. Mais tarde naquele mesmo dia, a garota foi ao hotel onde o pai estava hospedado.

Fernando: Alice. – Diz depois que desceu para a recepção do hotel. — O que está fazendo aqui?

Alice: Não sei se está ocupado, mas poderíamos conversar um pouco? – Pergunta um pouco nervosa.

Fernando: Tá bom. – Concorda.

Alice: Vamos para a praça aqui na frente, vamos poder conversar tranquilos. – A garota diz saindo do hotel, com o seu pai a seguindo.

Fernando: O que quer dizer? – Pergunta se sentando no banco da praça.

Alice: Espero que possa me escutar sem se alterar, por favor. – Pede baixinho. Ele só assente com a cabeça. — Eu tinha uma caixa com alguns pertences da mamãe em casa e eu abri hoje desde quando ela morreu, eu achei um diário e vi uma página que era uma mensagem dela. – Ela tira a página que tinha arrancado do caderno e entrega ao homem que pega.

Enquanto ele lia a página, a garota ficou ao lado dele esperando em silêncio, quando o silêncio é interrompido com as lágrimas caindo pelo rosto do homem.

Fernando: Alice. – Chama baixinho, a garota olha para ele com os olhos cheio de água. — Eu quero que você nunca duvide do amor que eu sentia pela sua mãe, sim, nos últimos anos a gente estava brigando bastante e provavelmente você só se lembra disso, mas eu amava a sua mãe e ela me conquistou como ninguém nunca conseguiu, infelizmente ela tinha problemas e eu a ajudei o tempo todo, eu achei que ela estivesse melhor. – Explica olhando para as crianças brincando com a mãe no parque.

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