Naomi Kobayashi
Quando chegamos na casa, meu pai me deixou escolher um quarto e é óbvio que eu escolhi o maior, ele tinha uma cama de casal, uma tv, escrivaninha, uma enorme porta de vidro que dava pra uma sacada que tinha vista para a casa do vizinho e uma paisagem linda mais além.
Meu pai também deu graças a Deus que o vizinho era mecânico, e logo o chamou para ajudar a arrumar o carro, eu fui direto arrumar minhas malas, por mais que minha mãe tenha dito pra mim esperar para fazer isso amanhã, eu estava com pressa, não queria conhecer o resto da casa, não me dei o trabalho nem de vasculhar muito meu quarto, só abri minhas malas e comecei a arrumar minhas coisas em seus devidos lugares.
Após terminar de arrumar, meu pai me chamou para jantar, ele pediu comida pelo aplicativo já que algumas coisas na cozinha ainda não estavam funcionando e tínhamos que fazer comprar.
Depois de comer, simplesmente tomei um banho rápido e fui dormir, pois eu estava acabada!
...
Havia acabado de voltar da faculdade, ia passar a tarde ajudando a arrumar algumas coisas no resto da casa, hoje eu teria mais tempo para ver o quintal e afins.
— Talvez isso tenha a ver com os últimos ocorridos...
— Mas eu não duvido que ela realmente tenha desviado o dinheiro da empresa..
Meus pais discutiam na mesa da cozinha enquanto eu comia pipoca com caramelo e mexia no celular na sala, escutei a campainha e corri para atender antes dos meus pais, esquecendo completamente da roupa que eu estava usando.
— Boa tarde, sejam bem-vindos! - Quando abri a porta vi um homem alto, branco que tinha cabelos escuros que estava vestido com um macacão e uma regata branca, o macacão só estava vestido até sua cintura, e ele tinha o rosto manchado com algo preto, eu passei tanto tempo admirando o homem que nem percebi a garotinha loira que estendeu um bolo na minha direção.
— Ah... Obrigada! - Gaguejei e peguei o bolo rapidamente, nervosa. — É um prazer conhecer vocês..
— A gente vai ser seus vizinhos agora, meu nome é Emma, esse aqui é o meu irmão, Manjiro e esse grandão é o Shinichiro - Ela apontava para cada um conforme dizia os nomes.
— Obrigada pela recepção, mas não precisava do bolo, vocês querem entrar? - Ofereci e as crianças já iam entrando, mas o maior os segurou. Percebi que o loiro não parava de me olhar, assim como o moreno.
— Não não, a gente só veio dar as boas vindas, esses pestinhas tão querendo aprontar. - Foi a primeira vez que ouvi a voz firme do mais velho.
— Boa tarde, você é o mecânico aqui do lado? - Meu pai e minha mãe apareceram do meu lado.
— Sou eu sim, senhor. - Ele assentiu.
— Parece que tirei a sorte grande, poderia me ajudar com um problema, meu nobre? - Meu pai começou a chamar o homem provavelmente pra ver o carro, enquanto isso minha mãe chamou as crianças para entrarem em casa.
— Vocês gostam de achocolatado? - A mulher perguntou sorridente.
Coloquei o bolo sobre a mesa, peguei pratos de porcelana pequenos e copos para as crianças, o bolo parecia uma delícia, a massa era bem fofinha e tinha cobertura do que parecia ser morango.
— Qual é o nome de vocês? - A menina loira perguntou.
— Misaki, querida, e ela é minha filha, Naomi! - Minha mãe sorriu nos apresentando.
— Naomi é muito bonita. - O loirinho que não havia dito nada até agora, finalmente revelou sua voz.
Percebi a insatisfação da minha mãe com o comentário do menor, mesmo assim, agradeci com um sorriso no rosto.
— Ela puxou a mim! - A mulher disse me fazendo rir sem graça, bem na hora, meu pai e o moreno entraram na cozinha.
— Definitivamente não. - Manjiro falou.
— Mikey! - Shinichiro praticamente gritou com a criança, minha mãe deu risada. — Perdão, senhorita Kobayashi.
— Não tem problema, são só crianças, não sabem o que falam. - ela riu, mas por dentro sabia que ela queria amassar Manjiro na porrada. — Bem, Shinichiro, porque não senta e toma café com a gente?
Como diabos ela sabia o nome dele?
— Ah, já que já estamos aqui, por que não? - Ele se sentou em uma das cadeiras e minha mãe se sentou logo ao lado dele, puxando a cadeira dela para mais perto.
Já entendi tudo, meu pai que fique esperto!
— Você faz algo além de trabalhar na oficina? - Ela perguntou toda atirada pra cima dele, não era possível que só eu estava vendo isso.
— Não, eu só trabalho lá mesmo. - Ele dizia um pouco desconfortável, o que me fez ter certeza que ela estava se atirando pra cima dele.
Depois do show de horrores que minha mãe deu nesse café, tenho certeza que ele nunca mais apareceria aqui, o pior de tudo é saber que meu pai nem sequer percebeu e se eu for dizer algo ele vai brigar comigo e ela vai querer implicar comigo para o resto da vida, assim como ela fez com a minha irmã quando a mesma contou para o meu pai que minha mãe estava se atirando pra cima do marido dela.
Não vou me meter, vou deixar ele ser cego até tomar no cu com isso, não mandei ser trouxe de mulher.
Eles continuaram conversando por um bom tempo, eu estava apenas conversando com as crianças pra distrair eles só horror que estava acontecendo ali. Depois de um bom tempo eles foram embora, eu ajudei a limparem a mesa e fui para o meu quarto, peguei meu celular e passei a mexer nele.
Vai ser difícil pra esse vizinho aturar minha mãe, e é lógico que ela não tem nem um pouco de senso quando o assunto é homem.
Conheço bem ela, tanto que gostaria de não ter a conhecido e muito menos saído de dentro dela, as vezes é estranho pensar assim, e eu posso parecer babaca também, mas se alguém que não me conhece vivesse a minha vida, com certeza diria o mesmo.
Acontece que ultimamente as coisas tem estado calmas, e eu espero que continuem assim por um bom tempo.
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_______________descansar né, que o cara não é de ferro. (fui dormir às 6 da manhã e acordei 12:00, vida de vagabunda não tá fácil)
bora votar e comentar, né?
(Capítulo não revisado)
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Obsessão - Shinichiro Sano
FanfictionREESCREVENDO! - No início de tudo, aquela tinha sido a pior decisão dos meus pais na minha cabeça, mas no final, valeu a pena. ~ Naomi Kobayashi. ✧┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈✧ © Gab_dosanzu ⇝Essa obra é uma obra com classificação indicativa +16, então estejam cien...