Sutilmente

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Sutilmente by Skank

Vocês não tem noção da correria do meu dia pra eu tá postando duas vezes hoje kkkkkk

lola

Carol POV

Acordei sozinha na cama e me perguntei onde Rosamaria estava. Logo logo escutei os barulhos vindo da cozinha e um cheiro bom de tapioca. Me espreguicei e coloquei os pés pra fora da cama com cuidado, me apoiei nas muletas e caminhei devagar até o banheiro mas me esforçando pra ir antes que Rosa me visse e brigasse comigo por ir ao banheiro sozinha. Com dificuldade, me abaixei pra sentar no vaso, dobrando minha perna com cuidado pra não doer, ainda era o movimento mais sensível de fazer.

"Carol?" Ouvi a voz dela no quarto me procurando e gelei. Fechei os olhos apertado como se isso fosse me fazer invisível. Ela logo achou o caminho do banheiro. "Caroline! Por que tu não me chamou?" Ela tomou as muletas da minha mão e colocou uma mão no meu ombro me esperando terminar.

"Amor, não consigo fazer cocô com você aqui me olhando, dá licença." Apontei pra porta. Ela revirou os olhos e saiu levando minhas muletas. "Rosa, as muletas."

"Quando você terminar me chama que eu vou te ajudar." Explicou e saiu do banheiro encostando a porta.

Eu ri achando engraçado aquela personalidade mandona dela mas que no fundo era tudo carinho e cuidado disfarçado. Quando terminei minhas necessidades andei até o quarto vagarosamente e dei de cara com um par de olhos grandes e preocupados. Rosa estava sentada na ponta da cama e se levantou rapidamente.

"Caroline!" Pegou meu braço e colocou embaixo do seu ombro. Eu me desfiz da sua ajuda.

"Não quero, Rosa." Me afastei e usei a parede pra me apoiar enquanto fazia meu caminho até a porta do quarto.

"Pelo amor de Deus, Carol, para de ser teimosa." Respondeu vindo atrás de mim com as muletas. "Me dá a mão." Ela pediu se pondo na minha frente e me deixando sem saída já que não conseguia andar tanto assim pra fugir dela.

"Para! Não quero sua ajuda!" Falei mais alto colocando meu braço entre nossos corpos. Ela não respondeu e não esboçou nenhuma reação mas sei que falei muito dura com ela. "Desculpa, meu bem, me deixa testar meus limites, não gosto de me sentir presa."

"Eu vim aqui pra te ajudar, Ca, cê vai me deixar de fora de novo?" Perguntou com uma carinha triste que me convenceu. Respirei fundo e coloquei meus braços ao redor do seu pescoço, ela sorriu envolvendo meus braços com suas mãos e andando de costas até a cozinha. "Você não é a mulher maravilha, mesmo você sendo maravilhosa. Tudo bem precisar de ajuda, Carol, eu amo te ajudar, te apoiar, tratar você bem, ser carinhosa assim... me faz sentir muito bem."

"Me sinto inútil." Revelei a olhando nos olhos já que estava a um palmo do meu rosto. Ela negou com a cabeça e parou de andar. Puxou meus braços que descansavam em seus pescoço e iniciou um beijo calmo e com muito carinho. Tá, possa ser que eu sou meio teimosa e que eu gosto de ser a pessoa que toma as rédeas na relação, mas um carinho assim de vez em quando é muito bom. Me derreti em seus braços quando ela começou a beijar meu rosto de maneira gentil fazendo cócegas na minha pele. "Para, besta." Eu ri.

"Tô te provando que você ama quando eu fico te paparicando." Eu gargalhei tombando o pescoço pra trás. "Fiz café da manhã pra minha senhora." Continuou me guiando até a mesa da cozinha.

"Medo." Brinquei e ela estalou a língua estressada.

Na verdade, o café da manhã dela estava uma delícia, ela fez um french toast delicioso e preparou um pratinho com algumas frutas que ela mesma cortou. Aproveitamos o momento pra conversar tudo que não tínhamos conversando essa semana, não sobre mim, mas sobre sua lesão, seus momentos divertidos com as colegas de time, seu dia a dia diferente indo pra fisioterapia. Lembrei do assunto do carro ontem e resolvi que seria uma boa hora pra perguntar.

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