Flashback

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Daphne Collins, 07 de maio de 2021:

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Daphne Collins, 07 de maio de 2021:

Eu dançava com as meninas. Era festa de alguém da escola. Algum aniversário que eu não faço ideia de como vim parar.
A música estava alta e as luzes coloridas brilhavam por toda a sala. Eu segurava um copo com alguma bebida estranha que Nessa havia me dado. Estava me divertindo como não fazia a um bom tempo.

Um garoto cujo penso ser o dono da festa vem até mim. O comprimento com um abraço e conversamos por poucos minutos. Nada demais. O tipo de conversa superficial comum neste lado da Califórnia.

Ele se despede de mim com um beijo na bochecha e se afasta indo de volta para onde estava antes de vir falar comigo.

Viro todo o líquido dentro do copo em minhas mãos e volto a dançar com minhas amigas, até sentir meu braço ser puxado.

Olho para quem me puxava e o reconheço rapidamente. O cabelo loiro, a pele pálida, o terno sob medida. Era Louis.

O aperto no meu pulso era forte. Os passos de Louis eram grandes e me puxavam para fora da multidão. E por mais que eu relutasse, ele não parava. Continuava apertando meu pulso com força e me machucando.

Me joga para dentro de um quarto aleatório e entra nele logo de seguida, fechando a porta.

— O que foi? - Pergunto irritada. - Você machucou o meu pulso, seu idiota! - Reclamo.

A expressão em seu rosto era séria. Estava assim desde de que começou a me arrastar para fora da multidão. Mas ela mudou depressa para fúria assim que a palavra "idiota" saiu da minha boca.

Ele caminhou até mim. Novamente com passos grandes. E levou sua mão até o meu rosto de forma violenta. Minha cabeça virou para o lado e minha bochecha ardeu na mesma hora.

Ele me bateu!

Não podia ser verdade. Aquilo não era verdade! O homem que estava comigo a quase um ano e que nunca se quer levantou a voz comigo, me bateu.

— Que porra foi aquela? - Pergunta com raiva em seus olhos. Aperta meu rosto com a mão, me fazendo olhar para ele. Me empurra até que eu estivesse totalmente encostada na parede. Porém, não parece ser suficiente porque continua me empurrando contra a mesma, como se ela não estivesse ali. - Hein! Que porra foi aquela? - Repete.

Um sentimento horrível de medo se espalhava pelo meu corpo. Eu tremia e chorava. Enquanto Louis não movia um músculo. Permanecia da mesma forma, mesmo vendo como eu estava assustada com suas ações.

— Acha que vai ser assim? Você flerta por aí e me deixa com fama de corno pela escola?! Se é o que você acha, você está muito enganada! - Grita.

— Eu não flertei com ninguém. - Minha voz falha. Estava com medo da sua reação. Não queria deixá-lo mais irritado ainda. - Me desculpa...

— Pega as suas coisas! Vamos para casa agora! - Diz e finalmente me solta. Sai do quarto, me deixando la sozinha. Sinto um alívio em meus pulmões. Como se voltasse a respirar só agora. Sequei as lágrimas que ainda escorriam pelo meu rosto para que ninguém fora deste quarto as visse.

Pego minhas coisa e deixo a festa sem falar com ninguém. Entro no carro de Louis, que começa a dirigir para a minha casa imediatamente.

Minha mente me lembra e relembra do que aconteceu naquele quarto, sem parar, e eu choro silenciosamente com medo de chamar a atenção do Louis.

O carro para quando chegamos na frente da minha casa. Tento abrir a porta mas ele me puxa de volta para o meu lugar, dessa vez com cuidado em suas ações.

— Me desculpa... Eu me estressei. Não deveria ter encostado em você. Prometo que não vai se repetir! Eu te amo muito! - Sua voz era calma.

Olhei no fundo de seus olhos e vi que realmente estava arrependido. Ele nunca havia feito isso. Foi um caso a parte. Não vai mais acontecer! Ele me ama!

...🎀...
Daphne Collins, 25 de outubro de 2021:

Eu estava sentada nas arquibancadas do campo, sozinha, do jeito que eu queria no momento.
Estava irritada. Mal saí da sala de aula e dei de cara com Louis com outra.

Eu tava suspeitando dele a algum tempo. Ele estava sempre no telefone, trocando mensagens com um "amigo". Quase não me dava atenção.

O jeito que ele tava perto dela no corredor, sussurrando seja lá o que no seu ouvido. A mão na sua cintura. Filho da puta!

O vejo subir as escadas das arquibancadas para ir ter comigo e me levanto com intenção de sair dali.

— O que faz aqui? - Pergunta. Rio sem humor e não o respondo. Tento passar por ele para ir embora, mas ele me segura. - O que há de errado com você?

— O que há de errado comigo? - Repito a pergunta em ironia. - Você deve achar que sou cega!

— Ta falando da Hanna? É só uma amiga.

— Aham... Vai se fuder Louis!

— Não fala assim comigo! - Reclama bravo. Tento, mais uma vez, sair dali mas ele dessa vez me empurra para que eu volte para o mesmo lugar.
A força com que me empurra porém é demasiada, me fazendo cair.

Sinto meu corpo rolar arquibancada a baixo. Fazendo um alto estrondo.
Meu corpo dói. Principalmente meu braço.

— O que aconteceu? - Alguém pergunta e me dou conta do tanto de gente que havia se formado a minha volta. Provavelmente ouviram o barulho.

— Ela tropeçou e caiu. - Louis aparece do meio da multidão e diz. Mas era mentira! Eu não tropecei, ele me empurrou.

— Acho que quebrei o braço... - Comento.

Nessa aparece do meio da multidão também, me ajuda a me levantar e me leva até a enfermaria.

...🎀...
Daphne Collins, 28 de setembro de 2022:

— Você tem muita sorte! Porque se um dia eu cansar de você, o que não vai demorar muito com essas atitudes, você vai ficar sozinha. Eu sou o único que te ama. E ninguém mais vai amar você! Você é ridícula!

Suas palavras me machucavam mais do que o tapa que me deu na primeira vez. Ou o meu braço partido na segunda.

— Hein! Me responde porra! Acha que ele gosta de você?! - Ele gritava.

Louis me puxa com força, me tirando do sofá. E me encosta na parede com na primeira vez.

— Não é nada disso que você tá pensando... - Sussurro com medo.

— Mentirosa! - Grita e levanta a mão direita para me bater. Levo meus braços para o meu rosto, com intenção de o proteger. Mas isso só faz com que ele mude sua rota e acerte um soco na minha barriga.

Foi como se meus órgãos mudassem de lugar. Eu gritei e chorei de dor. Porém isso não fez com que ele parasse. Pelo contrário, ele me jogou com muita força para o chão, me fazendo cair e bater a cabeça com a queda.

Levei a mão até minha cabeça e olhei para ela vendo sangue escorrendo pelos meus dedos.

Louis se assustou quando viu e me levou até a cozinha, onde me ajudou a limpar o sangue e a cuidar do machucado. Não foi nada grave, pelo o que ele me disse.

Ele se desculpou como sempre.

"Não foi por mal. Você sabe que eu te amo! Eu só quero o seu melhor..."

Discussões, gritos, tapas, socos, pedidos de desculpas, "eu te amo". Era como um ciclo. Sempre depois dessas três palavras, tudo voltava ao início.

Mas é o jeito dele. Ele não faz por mal. Ele me ama! E eu o amo também...

Crack my skull - JxdnOnde histórias criam vida. Descubra agora