The Youngest Daughter of the Snake Family

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"Claro, parte meu coração não ter escolha a não ser dizer isso."

Durias estava calmamente dizendo algo que nem estava em seu coração.

Ele tinha um jeito de acalmar gentilmente seu oponente, então deixando escapar palavras duras em um momento crucial. Essa habilidade de fala hábil me deixou sem palavras.

Ouvi dizer que ele era o responsável pelas relações exteriores. Acho que ele não estava brincando.

Enquanto eu olhava para Durias com espanto, Cade pressionou a mão na minha bochecha.

"O que?"

"Feche sua boca."

"...Estava aberta?"

Quer dizer que eu estava olhando Durias de boca aberta? Isso feriu meu orgulho. E pensar que eu estava olhando, não mais ninguém senão Durias, assim.

Mantive minha boca fechada e examinei os rostos dos Loisars um por um. Nesse ínterim, notei Asher, o único com uma expressão séria no rosto.

Muito suspeito. Ele deve ter sabido de alguma coisa.

De fato, não importa o quão secretamente ele tenha feito o trabalho, Gray não poderia ter feito tudo sozinho. Claro, deve ter havido alguém que o ajudou.

Talvez tenha sido Asher o intermediário no contato com a família Artban.

Enquanto eu olhava para Asher com desconfiança, Cade ergueu o braço direito e o encostou na mesa, apoiando o queixo nas costas da mão.

Ele verificou para onde eu estava olhando e sorriu.

"Acho que alguns não são tolos."

"Não deveria ser normal entender neste momento?"

"Você trabalhou duro para isso."

Cade acenou com a cabeça, então Durias parou de falar.

"Essa é a essência disso. Você já ouviu tudo, então deve entender agora, Gray."

"Certo."

"Então o que você diz?"

"Receio dizer que não sabemos."

"É assim mesmo?"

"Sim. Quanto mais ouço sobre isso, mais penso que devo levar a criança."

Gray olhou para mim e disse isso, me fazendo estremecer porque seus olhos dourados estavam muito secos. Senti uma sensação de rejeição pelo olhar que me olhava como se olhasse para um objeto.

"Então você está dizendo que a família Artban fez isso sozinha?"

"Sim. Não tem nada a ver conosco."

"Gray."

Em um instante, o humor de Cade mudou e uma aura fria surgiu ao seu redor.

"O que você pensa que está fazendo?"

Gray franziu a testa com desagrado. Ele parecia um pouco irritado com o fluxo dessa conversa.

"Você parece não ter boas maneiras nem cortesia comigo por tolerar a atitude rude do Senhor ao ouvir essas coisas triviais e desagradáveis."

"Eu não acho que preciso ser educado com você."

"O que?"

Na resposta de Cade, Gray parecia sem palavras, seus olhos dourados se estreitaram em descrença.

"Isto é ridículo. Não há necessidade de mais conversa. Dê-me a criança, Cade."

"É lamentável, mas não tenho intenção de mandar minha filha embora."