𝗔𝗥𝗔𝗕𝗘𝗟𝗟𝗔

𝗣𝗿𝗼́𝗹𝗼𝗴𝗼

𝗔𝗿𝗮𝗯𝗲𝗹𝗹𝗮 𝗲𝘀𝘁𝗮𝘃𝗮 𝘀𝗲𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮 𝗮𝗼 𝗹𝗮𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗖𝗮𝗿𝗹, tentando se concentrar no livro que estava em suas mãos, mas o menino não ficava quieto por um segundo se quer.

—Carl.— o garoto olhou em sua direção.— Por que não vai brincar com a Sophia? Ela não era mais legal do que eu? Então vai lá com ela.— disse a menina tentando disfarçar o ciúmes em seu tom de voz.

— Fala sério, você ainda tá brava?— ele perguntou indignado— Eu falei isso tem dois dias, e além disso você é a minha melhor amiga e sempre vai ser assim independente de qualquer coisa.

A ruiva o olhou nos olhos vendo o Oceano inteiro, aquele do qual ela tanto admira, vendo que o moreno não estava mentindo Arabella se levantou estendendo a mão para ele.

—Vem, vamos brincar.— disse firme.

—Você é meio bipolar né?— Carl falou irritando a garota.

—Vai se ferrar, nanico.— Já sem paciência com o amigo ela se virou e começou a andar.

—Você vai ver quando eu ficar mais velho, vou ser maior que você e vou fazer questão de jogar isso na sua cara!—Ele gritava enquanto corria atrás da amiga.

— Eu duvido!— Arabella gritou de volta.

—Querido, quanto mais se mexer, mais vai demorar. Então pare, ta bom?— Lori falou enquanto tentava cortar o cabelo de Carl.

—Estou tentando.— Respondeu o garoto, que se mexeu mais.

—Bom, então tente mais.

— Se acha isso ruim, espere só até fazer a barba.— O comentário de Shane fez com que Arabella revirasse os olhos.— Aí, vai ver.

Ele nunca tinha feito nada contra a ruiva, mas a presença dele não era algo que a agradava.

—Querida, vamos?— a mãe da garota a chamou

— Mãe, eu não quero cortar o cabelo.— Falou emburrada.

—Você não tem que querer nada Arabella.

A frase dita fez com que Arabella fosse ao seu encontro, mesmo sendo contra a sua vontade.

—Quando esse dia chegar, você vai sentir saudade de sua mãe cortando seu cabelo.— O ex policial continuou o assunto.— Vamos fazer o seguinte. Termina isso com dignidade de homem e amanhã eu te ensino algo especial.

— Dignidade de homem, babaca.— a mãe da garota a encarou com um olhar de reprovação.— O que foi? Eu só falei a verdade.

— As vezes temos que guardar a verdade para nós, principalmente se essa tal verdade prejudique o convívio.—  Ela parecia saber de algo, o que deixou Arabella desconfiada.

Um barulho se fez presente entre as montanhas, todos levantaram-se rapidamente para ver o que era.

—São eles? Estão de volta?—Amy perguntou.

—Não acredito.— disse o mais velho olhando pelo binóculo.

—O que é?— A loira perguntou novamente.

—Um carro roubado, pelo jeito.— Dale abaixou o objeto que estava em suas mãos

Um carro vermelho parou na entrada do acampamento, fazendo todos se aproximarem. Glenn saiu do carro sorrindo, como uma criança que tinha acabado de ganhar um doce.

—Minha nossa, desliga logo essa porcaria!— Ordenou Dale.

—Eu não sei desligar!

—Abre esse capô!— Shane parecia estar com raiva.

—Minha irmã, Andréia...—Amy foi em direção ao asiático.

—Abre esse capô de uma vez!— O ex policial se exaltou.

—Ta bom!— Glenn parecia atordoado.

—Ela tá bem?

—Abre esse capô!

—Ta bom!— disse enquanto entrava no carro.

—Me fala, ta tudo bem com ela?— A loira implorava por respostas.

—Está! Ela tá bem!—O asiático a tranquilizou.

—Ela está voltando?

—Está!

—Por que ela não está com você? Onde ela está?—questionou, mais uma vez.—Ela tá bem?

—Tá! É ta todo mundo bem— ele fez uma pausa.— Bom, o Merle nem tanto.

—Ficou maluco? Por que veio com esse carro barulhento? Quer atrair os zumbis para cá?— Disse Shane apoiado no capô.

—Acho que estamos bem.—Dale se pronunciou.

—Chama isso de estar bem?— o moreno fez uma pergunta retórica.

—Bom, o alarme estava ecoando por esses morros. Seria difícil achar a fonte.—Explica o mais velho.

—Hum...—Shane não parecia muito convencido com a explicação.

—Não estou discutindo, só estou dizendo. Não faria mal algum pensar nas coisas com mais cuidado da proxima vez, não é?— disse enquanto apontava para Glenn.

—Foi mal.— ele estava envergonhado.— Consegui um carro legal.

—Amy!—Andreia vai de encontro com a sua irmã mais nova dando um abraço caloroso.

—Papai, Papai— os filhos do Morales vão até o pai o abraçando.

Katrina apertou os ombros de sua filha tentando a reconfortar, ela sabia que a garota sentia falta de seu pai. Com os olhos cheios de lágrimas Arabella a abraçou.

—Como conseguiram sair de lá afinal?— Shane perguntou.

—Foi um cara novo. Ele nos tirou de lá.—Glenn o respondeu.

—Um cara novo?

—É, um maluco que apareceu lá na cidade.—Morales completou a resposta.—Ou, cara do Helicóptero! Venha cumprimentar.

Um homem com uniforme de sheriff desceu do caminhão, um homem que elas conhecia muito bem, Rick Grimes.