Onde Olivia Ferreira, uma streamer da Twitch, reage a seu Reddit e acaba em uma treta inesperada.
Ou
Onde a Choquei acaba por criar a dupla improvável que é Olivia e Keller, dando uma possibilidade dos mesmos se conhecerem e contradizer suas impress...
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Eu sou uma pessoa muito cuidadosa em tudo o que faço, apenas excluindo meus momentos impulsivos, então é claro que mesmo em meio a confusões, o esperado é que as coisas não saiam do meu completo controle. Contrariando tudo isso, havia uma lista de acontecimentos inesperados que estavam acontecendo nesse exato momento. Quero convidá-los a listar comigo.
1 – Meu sono foi bom;
Não sei é do conhecimento de todos, mas a insônia é um problema e tanto na minha vida. Por isso, são raras as noites em que tenho bons sonhos. Se tivesse que criar uma média para isso, seriam duas noites a cada dez dias. O engraçado – e bem inesperado – é como meu corpo parecia descansado nesta manhã.
2 – O mundo parecia estar caindo;
Essa era uma parte tensa de se pensar considerando que tínhamos combinado ir para o Beto Carrero já que a maioria nunca tinha visitado, só me restava refletir como ia ser possível aproveitar o dia com o tanto de água que caía.
3 – Simplesmente, Keller;
Nesse tópico, muita coisa pode ser falada.
Sabe aquelas pessoas que, quando acordam no meio da noite, fazem alguma coisa que logo fica esquecida ou apenas enevoada em meio às memórias? Prazer, Olivia Ferreira. Quando acordei, me virei para o lado com intuito de me espreguiçar, um ritual matinal a ser respeitado. Contudo, é difícil fazer isso quando, ao se virar, a cena na sua frente é nada menos do que Keller em um sono confortável e preguiçoso, a boca entreaberta com direito a olhos fechados, pesados demais para até ameaçar abrir com a menção de luz. Junto disso, é claro, temos incluído o cabelo bagunçado como nunca parecia ficar. Uma imagem tão livre de holofotes e câmeras que, contrariando tudo o que penso, chegava a ser bonita.
Outras pessoas, talvez chegassem a conclusão de que essa cena seria o suficiente para cair aos pés de alguém. Por outro lado, na minha ela despertava apenas a curiosidade sobre tudo que a rodeava, afinal, quem mais tinha visto essas facetas? Para quem mais esses rostos foram mostrados, como alguém poderia se mostrar tão vulnerável e, acima de tudo, como ele não demonstra medo em se deixar sentir tanto?
Quando vi, esse sentimento me fez ficar curiosa e com esse quê de explorar, quis tocar. Não porque era necessário, isso era mais sobre entender do que querer para si. Mais sobre também querer ser aberta ao mundo como ele era, o toque não era nada além de uma tentativa de pegar um pequeno pedaço para mim. Tudo foi totalmente esquecido quando Keller abriu os olhos, saindo daquela pose serena para uma que pudesse se considerar despojada, talvez até preguiçosa, seguido de um sorriso de canto.
— Ainda tô sonhando? — A voz se fez em meio aos relâmpagos da tempestade que atormentava essa manhã estranha.
— Nem a essas horas você consegue parar de ser um mulherengo? — Minha voz saiu mais afiada do que o pretendido, uma grande chance disso ser devido ao mau-humor matinal.
