Olívia Isabel Rodrigo, ou para os mais íntimos Liv, é uma recém formada em letras e literatura pela faculdade de Oxford, onde foi muito conhecida por jogar dentro do excelente time feminino de vôlei, se vê trabalhando em uma cafeteria em um emprego...
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Okay... por essa eu não esperava.
Olívia estava totalmente descrente e talvez brava, esse último sentimento, não saberei dizer se está sentindo, pois não está demonstrando fisicamente, mas sua voz soou raivosa, ao me ver. Talvez estou captando coisas que nem estão no ar.
Tudo bem, eu demorei a retornar para esse local, porém, não tive como vir antes. Essa semana foi de muitos exames e muito descanso, quase não pude fazer minha corrida matinal.
— Oi Olívia. — Aceno para ela e a mesma parece não acreditar que eu realmente estou ali.
Ela fica mais alguns segundos em silêncio, porém abre um sorriso largo depois de uns tempos.
— Você por aqui. Juro que nem esperava mais você voltar.
Olívia estava vestida com uma calça jeans preta que ia um pouco mais acima da sua cintura e uma mini blusa, imagino eu, branca com detalhes em vermelhos e alças bem finas.
Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo alto, seus lábios estavam tingidos de um vermelho fraco e suas bochechas estavam um pouco rosa.
Ela estava bonita.
— É... - Passo minha mão na nuca, me sentindo envergonhado por não responder ela de imediato. — Tive que resolver algumas pendências.
— Entendo. — Ela colocou os braços para trás e me encarou sem dizer nada.
Um silêncio estranho surgiu no ambiente, ficamos alguns segundos ou minutos nos encarando até a buzina de um carro e um grito ser ouvido.
— ANDE LOGO LIV, EU QUERO VER MINHA NOVELA.
Por conta da frente da cafeteria ter janelas bem grandes, foi possível ver um carro preto e um senhor gritando da janela do motorista. O senhor me olha com atenção e depois sua figura sai da janela.
— Já vou indo. Cecília, suas coisas estão no balcão. — Ela deu uma risada baixa e deixou uma das sacolas que estava em suas mãos no balcão. E veio em minha direção.
Fiquei sem qualquer reação quando sinto seus lábios em minha bochecha, logo depois dela desgrudar seus lábios de minha pele, sinto meu rosto ficar vermelho.
Ela acena e passa pela porta de vidro, ainda sem me mexer e sem acreditar no que ela fez, meu estômago estava dando voltas e mais voltas. Acho que vou vomitar.
— Por que você está com essa cara estranha? — Cecília me pergunta enquanto mexe em suas sacolas.
Nem tinha visto ela sair da cozinha e vir até o balcão. Sem nem pensar, passo as pontas do dedo no local onde ela me beijou, acho que estou que nem um bobo.
— Nada não.
Ela dá uma risada alta e paro de mexer na minha bochecha. Acho que está na hora de ir para meu apartamento.
