Medíocre até que...

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Boa leitura

-Toma sua parte, pela sua participação medíocre -diz jogando um bolinho de dinheiro  ao meu lado no banco- você já fez melhor sabia?

Cuzão...

-Cala boca.- peguei minhas coisas e vazei do galpão.

Hoje minha luta resultou num patético empate, e ainda com...tsk...ele...

Nerd maldito.

Era um final de tarde bosta, só queria minha casa e uma ducha, não queria pensar na janta e em mais nada.

Pegava o caminho para o ponto de ônibus quando vi um café vazio, pela grande janela tive a visão do balcão e vi alguns doces atrativos.

Entro fazendo do pequeno sino soar que chama a atenção da atendente.

Tinha sua pele morena e seus cabelos curtos, ondulados e bagunçados em um tom escuro e olhos meigos.

-Boa noite -sorriu -pode pedir, por favor.

-Capuccino amargo e um pedaço daquela torta, pra viagem.

-Deu 20 reias.

Pago e logo ela corta um generoso pedaço da torta de calabresa apimentada e começa a preparar meu capuccino e ao virar de costas da garota percebo uma sutil tatuagem de estrela em sua nuca.

-Como se machucou?- ela fala- posso perguntar ou você vai puxar uma pistola do casaco?

Sua pergunta disfarçada de piada faz eu soltar um arzinho pelo nariz, e principalmente pela sua voz mesmo brincando temesse que realmente eu esteja armado.

-Sou lutador de box.

-Ah sim, aqui está, bom apetite.

Me entregou o pedido com um sorriso simpático, pego e saio em direção ao ponto de ônibus.

Estava sentado terminando de comer a torta, até que escuto uma voz irritantemente familiar.

-Olha só quem está variando na nossa área! Como vai, Katsuki Bakugou?

-Só tô de passagem, não vem inventado merda agora não seu bastardo.

Monama soltou uma risadinha forçada ridícula junto de perdedores e então continua:

-Você tá muito fudido...

Que dia incrível não é? Não é legal quando o mundo te dá um dia inteiramente para falar o quanto te odeia?!

Estava lá eu, sentado e com ferimentos num beco sujo quase de madrugada.

Medíocre, eu sou medíocre, como cheguei... nisso? Minha vida toda fui forte, nada poderia me derrubar, mas que merda... como derruba algo que já tava no chão?

Achei que tinha melhorado, superado mas só de chegar a pensar que estava perto disso me faz ainda mais patético. Eu não evoluí, eu só estou aqui, mofando, enquanto ele está me superando.

Porra eu-

-Ei...você está bem?

Rapidamente olho para direção da voz, era a atendente daquela lanchonete.

-O que cê acha cacete?!

-Hmmm... não tá nos melhores dias- disse enquanto se ajoelhava no meu lado- quando eu te vi no café achei que fosse me roubar, mas você que foi roubado, isso é engraçado mas não pra você.

Mas que porra...!?

-Olha eu te empresto dinheiro pro ônibus, pode me devolver quando passar pra comer lá no café- estende o dinheiro que retirou de sua bolsa.

Isso tudo foi marketing ou gentileza? Geralmente eu ficaria puto, mas...

Como a merda de um filme miserável de romance, observei melhor e de um jeito tosco a aparência da garota.

Olhos azuis, cabelo negro curto que tão bem combinava com seu rosto delicado que tinha uma sutil cicatriz na bochecha e seu nariz gordinho era o cúmulo de tudo isso dito.

Era uma garota muito bonita.

Não queria aceitar, não podia aceitar mas o que dava pra fazer agora?

-...Obrigado, tá tarde você é burra de ficar passeando por aí?- pergunta muita merda da minha parte, eu vi ela trabalhando, posso dizer que foi uma das primeiras vez fazendo perguntas idiotas para puxar assunto.

Por que queria puxar assunto? Um dia eu te falo.

-Eu ainda sou pobre, não tem muito jeito né- deu uma risadinha indo em direção ao ponto de ônibus.

Quando em casa, a velha já estava dormindo com o velho, logo fui tomar banho.

A água morna relaxava meus músculos me dando sensação de alívio, foi um banho rápido e já estava na cama.

Qual seria seu nome? Foi tão...terna, mas não de um jeito que me deixasse puto.

Foi como um choque, que colocou a mão no meu ombro e falou: foi só um dia fudido, tá tudo bem.

Epa, seis tão bão? Espero que gostem, desculpa a demora, obg por ler.

O Vermelho de Seus Olhos『Katsuki Bakugou』Onde histórias criam vida. Descubra agora