15 anos

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Boa Leitura

Estava do lado de fora da mansão, a música estava abafada e a noite fria, ela cantarolava desafinada enquanto balançava os pés como criança admirando seus sapatos.

Não estavamos fazendo nada, apenas estavamos.

As tranças que seguravam seu curto cabelo mostrando o rosto se desmanchavam, seu vestido marrom caia em seu corpo como um lençol, desenhando suas curvas de forma sutil.

Estava linda.

Tenho pensado muito isso dessa mesma pessoa.

A música agitada para e da espaço para uma melodia lenta, que a faz tirar sua atenção e levantar num pulo.

— Vamo dançar! Que nem você me ensinou! — puxada meu braço pra me levantar com um sorriso.

— Que? N-não senta aí e relaxa....

—Vem logo! — me puxa com força me fazendo levantar.

Bufo em uma falsa irritação vendo ela apoiar suas mãos em meu ombro e braço.

Minhas mãos se encaixam na sua cintura, que não era tão fina, mesmo sendo magra.

Não só minhas mãos na sua cintura se encaixavam, nem estávamos tão próximos e nossos corpos se completavam tão bem.

Olhava para aqueles olhos azuis que se destacavam tão perfeitamente naquela pele morena, estava vidrada nos nossos pés com um pequeno sorriso que mostrava levemente seus dentes.

Até esses olhos virarem para mim e abrirem mais o sorriso e sua bochechas se tomarem um tom rosado.

Meus lábios se reprimem em um choque pelo contato visual repentino e desvio o olhar, como um muleque que acabou de entrar na puberdade.

Dançávamos suavemente enquanto encurtavamos mais a distância até meus braços a rodarem completamente.

Ela se aproximava e eu implorava por aquilo, revesava o olhar entre seus olhos e lábios enquanto umidecia os meus.

Até que a distância de nossos lábios não era mais existente.

Foi um choque por todo meu corpo, sentia seus braços arrepiados e era como se pudéssemos ouvir nosso batimentos cardíacos em sintonia

Como se tivéssemos 15 anos.

Minha mãe pensava que achou o homem certo quando meu pai aceitou de bom grado quando acolheu seu sobrinho, meu irmão mais velho Shinso, mas nunca entendeu o como pode estar errada naquele tempo.

Percebeu que o homem que amava não era tão homem quando foi embora, meses depois da sua filha nascer.

Minha mãe era doméstica e babá, às vezes fazia bicos em restaurantes, era difícil sustentar duas crianças quando não tinha escolaridade por ter fugido de casa com o "amor da sua vida".

Togata estudava e trabalhava com 12 anos, minha função era estudar e cuidar da casa, nunca me permiti reclamar ou pedir de mais. Isso me fez mais crescida que as meninas da minha escola.

Com 15 anos, minha mãe queria me dar uma festa, uma digna de um grande vestido. Mas não podia aceitar, nunca tinha desejado uma festa de princesa.

Como poderia? Não tinha a beleza de Aurora, não tinha a coragem de Mulan, não tinha o encanto de Branca de Neve, não era uma princesa.

Não era uma princesa.

Nunca achei que seria.

Pedi um nootbok para minha mãe em vez da festa, era mais barato e mais coerente.

Mas naquela noite, fiz 15 anos, estava linda e com um príncipe.

Mesmo por um instante.

Fui uma princesa.

Mas não era uma de verdade, não para meu príncipe.

Eu sumi, né?. Eu não vou postar com tanta frequência quanto eu achei que postaria, caso você esteja gostando deixe sua estrelinha para me enssentivar. Muito obrigada por ler❤️.

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⏰ Última atualização: Oct 12 ⏰

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O Vermelho de Seus Olhos『Katsuki Bakugou』Onde histórias criam vida. Descubra agora