Politicamente Incorreto - [ Simone x Soraya ]

IV. Prazeres

Os dias foram passando, as semanas, os meses...

Simone não conseguia uma abertura em sua agenda, seu desempenho como Ministra demandava todo o seu tempo, ela até tentou encontrar Soraya algumas vezes mas sem sucesso. Sentia falta de sua concubina, as mensagens já não eram o suficiente, as fotos, os vídeos, as chamadas já parecia estar pequena diante da saudade que ambas sentiam uma da outra.

Soraya por mais que tentasse entender se sentia frustrada por não conseguir ver sua amada, por diversas vezes usou o anel que ganhou de sua amada para tentar suprir pelo menos um pouco da saudade que sentia. Quando pensou que conseguiria vê-la finalmente, a agenda de Simone apertou ainda mais, as PPA's tomava todo o seu tempo, horários e até os momentos de trocas de mensagens. Soraya tentava não reluzir a saudade que sentia, mas era inevitável não pensar na fisionomia de Simone, de sentir seu cheiro pelo ar repetidas vezes, de ouvir a voz de Simone ecoar em sua cabeça.

Por diversas noites Thronicke acordava de madrugada suando, por ter tido sonhos eróticos, outras chorando de saudade e assim consecutivamente. Se tocava no banho para tentar suprir a falta do corpo, dos dedos, da mão e da boca de Simone sobre seu corpo. Na cama sentia falta do cafuné, das conversas, carinhos e confidenciais, da forma como era tratada, ouvida e cuidada, tudo estava afetando Soraya.

Em uma das noites que Simone ficou livre, ligou para Soraya assim que ficou sozinha em seu apart, no apart que ela reservou apenas para ficar com Soraya.

— por favor, atende...— Simone já seguia inquieta com a demora de Soraya em atender

— Simone? — sua voz estava rouca como de quem acabará de acordar

— Preciso de você.— disse de uma vez 

— Aconteceu alguma coisa? — a voz agora emanava preocupação

— Sim. 

— Fala, o que eu posso fazer por você.

— Cura essa saudade que me rasga o peito, estou aqui no nosso apartamento... — A loira a interrompe em um salto que dá em sua cama — Não precisa dizer nada, estou indo. — Soraya disse em um sopetão encerrando a chamada.

Simone sentia seu coração palpitar, estava ansiosa, queria vê-lá, abraçá-lá, cheirar seus cabelos, tocar sua pele.

Puxou os lençóis de sua cama, acendeu algumas velas aromáticas, pegou o melhor vinho, duas taças e rumou para o quarto deixando sobre o criado mudo que tinha ao lado da cama.

Como já tinha tomado banho, vestiu uma camisola de cetim rendada, curta em dois palmos de dedo, mostrando sua polpa, na cor lilás, seu rosto limpo, cabelos com coque alto e bagunçados. 

A porta faz um breve barulho, anunciando a chegada de Soraya. Tebet corre para a sala vendo sua concubina apenas de hobby, pantufas e o celular com suas chaves na mão.

Deixando seus pertences na bancada a sua frente, Soraya desfez o nó de seu hobby deixando-o cair até seus pés, o corpo exposto apenas pela camisola que Simone havia lhe dado em seu aniversário.

— Você estava usando ela ou colocou só pra me ver?

— Tem dias que eu durmo com ela pra me lembrar de você, e hoje foi um dos, só não sabia que você iria me ligar.— Soraya se aproximou de sua amada envolvendo-a pela cintura. — Eu estava com tanta saudades de você...— encheu a mão na coxa grossa e alva erguendo-a até sua cintura.

— Saudades do seu cheiro..— Simone segura o rosto da menor entre suas palmas. — Da sua boca, da sua pele ..— Ergue o rosto pequeno a beijando com vigor.