Era quase fim do inverno, um tempo cinza e gelado assim como se encontrava o relacionamento de Isabelly.
Sim, Isabelly Bronova a escritora mais famosa que ascendeu aos holofotes há três anos, mas quem diria que ela teria uma vida perturbadora por trás de seus livros clichês.
Um relacionamento caótico que andava gerando muitos conflitos internos a fazendo querer fugir, fugir de si, de todos.
Um namorado perfeito, um amor-perfeito, uma vida perfeita e até mesmo uma carreira perfeita.
Porém, nada é perfeito, e ela se esqueceu disso.
Erick seu namorado que demonstrava ser perfeito, não é tão perfeito assim. Era, na verdade, seu pior pesadelo em forma humana, que a torturava com um silêncio absurdo pós-briga, a pessoa que deveria ser seu porto seguro é, na verdade, quem causa suas crises de ansiedade e a deixa sozinha.
Quem a agride com palavras secas e sem sentimentos, quem usufrua de seu corpo e depois dorme longe, um relacionamento no qual colocaram tanto esforço para manter, para não esfriar, esfriou.
Ele quem prometeu amar e cuidar da mesma, na verdade, era quem estava a matando por dentro.
Três meses refletindo o que fazer, buscando soluções para um problema: o homem que ela ama a machuca. Ela se decidiu, mesmo que isso a matasse por dentro, que o melhor era terminar o que estava lhe causando tantas dores e traumas.
— Sente-se aqui, vamos conversar. — Belly diz se sentando à mesa de seu apartamento após fingirem que estava tudo bem entre ambos na festa de uma de suas amigas.
— Vou ser direta. Eu andei pensando muito, muito mesmo e é melhor terminarmos, só iremos nos machucar mais se continuarmos nisso.
Assustado com o assunto em que Belly abordou e a atitude que a mesma quer tomar, Erick fica pensativo. Levantando a cabeça pergunta:
— Quer terminar? É isso que quer? — Houve um silêncio longo. Aonde ele a encarava com um olhar sarcástico. — Tem certeza Belly? Não acho que consiga ir tão longe sem mim.
— É o melhor a se fazer Erick. — O olha cheios de lágrimas, que dessa vez eram de rancor.
— Quantas vezes pensou em desistir de nós? — Pergunta mudando seu olhar para o que parece, abatido.
— Todas possíveis. Todas às vezes que gritou comigo, todas às vezes que me usou, todas às vezes que percebi ser manipulada. — Ela respondeu se levantando e falando com toda sinceridade que existia em si. — Te perder doeria menos do que me perder Erick e eu estou me perdendo.
Ou já me perdi.
Essa com certeza foi a frase mais sincera e mais dolorida que Belly já disse a ele, então ele entendeu... Ela realmente estava indo embora. Não havia mais maneiras de usá-la, então por esse motivo também está de saída, por enquanto, não pelo motivo de existir um pingo de amor por ela e sim por já ter a usado o máximo que conseguiu.
Sem saber o que fazer ou dizer, Erick se levantou da cadeira a dando um beijo em sua testa, na testa de seu bem mais precioso, não por amor, mas por ser o mais usado. Olhado no fundo dos olhos da mesma, pronunciou com o maior sarcasmo que poderia ser utilizado em sua frase:
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Quando o tempo estiver bom, volte para mim.
RomantizmPassando por momentos ruins em sua vida, como o fim de um relacionamento abusivo uma escritora decide passar um tempo com seu avô na pequena cidade do interior aonde cresceu, mas acaba por encontrar seu antigo colega de escola. Um arquiteto, lhe mos...