09. ROSALIE: Blossom's Paradise I

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Estou presa no pesadelo vívido do dia anterior.

A luta com Emmett continua a me atormentar. Foi tudo tão real, o monstro que combatia para protegê-lo era justamente o homem que  amo.

O medo de perdê-lo para sempre me consome.

Eu sei que minhas chances de vencer eram inexistentes. No entanto, o verdadeiro tormento reside na ideia de Emmett lidando com o peso de ter me matado.

Se isso acontecesse o meu Emmett deixaria de existir, nada do sorriso doce, nada do semblante gentil.

Meu coração dói ao imaginar a tristeza que ele sentiria, a culpa  o perseguiria se fôssemos derrotados pela ilusão perversa.

A ideia de causar dor a Emmett é insuportável.

A aflição me leva a questionar meus atos, mais especificamente a minha capacidade de proteger aqueles que amo. Essa fraqueza  se torna um fardo maior do que pude imaginar, considerando que nunca tive problemas de autoestima, a sensação de impotência me trava.

Emmett se aproxima, me abraçando por trás e apoiando o queixo no meu ombro, seus lábios traçando a lateral do meu pescoço após afastar meus cabelos com uma gentileza fora do comum, deixando um rastro de beijos ternos fariam meu coração disparar se ele ainda batesse.

— Nunca mais faça aquilo Rosalie, se perceber que está lutando contra algo que não pode vencer, fuja. —

Eu me viro ao ouvir, Emmett me prende entre seu corpo e a cômoda do nosso quarto, os olhos  aproveitando a proximidade para adorar cada parte visível, uma das mãos subindo e descendo pela minha cintura, até decidir ficar ali, parada, fazendo um carinho com o polegar.

O ar está carregado de desejo.

— Você fugiria?—

Sou eu quem rompe o silêncio, envolvendo seu pescoço com ambos os braços.

— Não... quero passar todos os dias da minha vida ao seu lado, Rosalie, deixá-la morrer arruinaria tudo. —

Nós dois sorrimos e Emmett me beija.

É suave, doce, um pedido de desculpas  que ele não precisa verbalizar. Os lábios macios contra os meus são um convite adorável, me lembram de como eu não seria capaz de viver sem seu toque, seus beijos, ou a sensação da pele contra a minha transmitindo a segurança pela qual eu ansiava em vida ao lado de um companheiro. É o tipo de força contra a qual não dá para lutar.

É instintivo me pressionar contra o peito dele. Os braços fortes me envolvem e o calor cresce, se espalha.

No início eu pensei que essa atração diminuiria com o tempo, mas a cada década eu o desejava mais.

O beijo se quebra por uns segundos, sussurro baixinho.

— É igual para mim, Emmett, então nunca mais diga algo tão absurdo. —

Ele para, a beleza dos olhos amarelos rivalizando com as adoráveis covinhas.

A palma do vampiro se move, percorrendo minhas costas, indo cada vez mais para baixo até pousar no meu traseiro, segurando ali.

Batidas incessantes interrompem o que, com certeza, seria eu e Emmett na cama.

Carlisle entra, dizendo que Edward e Bella estão nos esperando do lado de fora.

—Edward conseguiu o número? —

Ele confirma com um aceno curto.

— Sim, nós cuidaremos das crianças enquanto os quatro verificam. Ah, deixem na joalheria por mim, é a mesma de sempre. —

Um presente para RosalieOnde histórias criam vida. Descubra agora