𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐎𝐟 𝐆𝐥𝐚𝐬𝐬 |Seongjoong|

01. O começo

Lembre-se de quem estiver lendo, é uma adaptação, a história original é de HOPELOV6 😼

•Hongjoong•

Normalmente os dias de quarta são os mais calmos, não havia tanta saída de bebidas e nem tantos corpos balançando na pista de dança o que é bom para mim que tenho uma noite tranquila de trabalho servindo uma quantidade mínima de bebida, consequentemente aturando um número menor de bêbados sem vergonha.

Mas infelizmente hoje está lotado, perdi as contas de quantas bebidas servi antes da meia noite, além de todas as investidas horríveis que recebi mesmo sendo um ômega marcado. Bom, não é como se eu me orgulhsse dessa cicatriz horrível na minha pele, mas eu não tenho muito oque fazer. Estou preso a Minhyuk para o resto da vida.

- Eu gracinha manda mais uma! - O beta a minha frente levanta o copo indicando meu pedido, logo o acatei sem olhar.- Você até que é bonitinho.- seu hálito chegou até mim.- Eu vi essa marca aí, mas não ligo muito, sabe? A gente pode se divertir aqui. O que acha? Uma rapidinha no banheiro?

Situações como essa são corriqueiras aqui, pessoas desse tipo vem em busca de sexo ou qualquer coisa ilícita. A Heart Off Glass é mais que uma boate, eu sei, existe toda essa fachada comum, mas seu que existe um depósito com armas no fundo. Descobri por um acaso quando - no fim do meu expediente - fui colocar algumas garrafas de vidro quebradas na lixeira e vi Jeong Yunho - um dos sócios - fiscalizando a entrega, sei que o por que ele abria os caixotes e pegava algumas. Nesse dia voltei para casa decidido a me demitir, mas a circunstâncias não me permitiram. Meu pequeno Soobin havia chegado aos seus dois meses e ficou doente, então tive que continuar aqui.

Enquanto limpava o balcão, senti um cheiro intenso de café me cercar. Levantei meu rosto ficando frente a frente com um alfa alto, olhos negros e um sorriso cafajeste mirados para mim. Ele cruzou os braços no balcão enquanto se sentava à minha frente, mesmo usando uma jaqueta de couro podia ver os músculos de seus braços flexionarem.

Engoli seco.

- Whisky, por favor.- apesar do barulho consegui ouvir sua voz com clareza. Suave e marcando como tudo nele.

O servi, evitando manter contato visual. Voltei a fazer meu trabalho preparando mais bebidas sentindo seu olhar queimar em minha pele. Fui de um lado a outro constrangido com essa atenção, mas tudo pareceu sumir quando senti a marca em meu pescoço arder, levei minha mão até ela. Normalmente isso nos fins de semana quando Minhyuk - meu alfa - fica fora gastando dinheiro com bebidas e prostitutas baratas pouco se importando como tudo isso vai me afetar, já que somos acasalados. Fechei os olhos reprimindo um gemido doloroso, ele estava novamente tentando marcar outro alguém.

- Tá tudo bem Hong?

Olhei para o lado encontrando Jeong Yunho com seu usual terno, ele parecia preocupado.

- Ah, sim sim. - menti, ninguém realmente precisa saber.

- Hum, ok. - O ômega mais velho pareceu não acreditar. - pode sair mais cedo se precisar.

- Não, está tudo bem. - Forcei um sorriso e voltei ás minhas atividades.

Desde que tive meu primeiro cio, sou e que nada seria fácil para mim. Meu pai sempre foi ausente se importando mais com novos e em trair minha mãe, já ela - uma beta - odiava o fato de eu ter nascido ômega e constantemente dizia que eu viria a ser uma prostituta dentre outras coisas nada agradáveis.

Quando fiz dezesseis anos, papai trouxe uns amigos para jogar, mamãe parecia uma empregada os servindo, e eu me mantive quieto ajudando, talvez esse tenha sido o meu erro. Minhyuk estava lá com o meu pai. Lembro do seu olhar nojento sonre mim, de suas mãos asquerosas apalpando minha bunda arrancando gargalhadas de todos e lágrimas de mim.

Com o tempo tudo foi se tornando pior, duas visitas retornaram frequentes e nada disso parecia incomodar meus progenitores, então em meio a uma aposta Minhyuk pediu para passar um Heat comigo caso ganhasse, meu coração se partiu quando vi meu pai aceitar e a oferecer mais uma certa quantidade de dinheiro, e quando ele perdeu a única coisa pela qual se lamentou foi a perda do bem material. Pouco tempo depois fui arrastado até a casa daquele alfa nojento que tomou em mim como bem entendia, durante cinco longos dias ele ousou a me marcar.

Chorei tanto, soube que minha vida tinha acabado ali, conviver com ele foi inevitável, principalmente por que dois meses depois descobri estar esperando um bebê, entanto ali, prometi a mim mesmo fazer de tudo para que a minha criança nasça bem e que nunca tenha a vir de passar pelas mesmas dores que eu.

Hoje meu pequeno alfa Soobin tem seus adoráveis seis meses e faço oque for preciso para lhe manter seguro.

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Obrigadinha,quem estiver lendo continue acompanhando. 💗

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