13. Fique

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Desculpem a demora meus amores..

Seonghwa

Sentia seu calor, seu cheiro, sua presença em meus braços. Céus nunca estive tão aliviado!

Meu ômega e meu filhote estavam bem e aqui comigo, eu os achei, finalmente os achei...

[Horas antes]

A chuva dificultava minha visão, mas isso não me impediu de continuar. Eu dirigia devagar me atentando a todo e qualquer movimento. Como esperado as ruas estavam vazias e isso me confortava na mesmo medida que me desesperava. Eu, como alfa adulto, suportaria o frio e a chuva sem problemas , mas um ômega e uma criança? Não.

Já passava das quatro da manhã e eu não sabia mais onde procurar. Meu lobo estava inquieto, não por senti-lo em perigo, mas pela distância do meu ômega e filhote. Eu sentia a necessidade de tê-lo comigo independente de tudo e de todos, saber que eles estão seguros... Não dar a eles isso me faz sentir impotente e fraco.

Rosnei apertando minhas mãos no volante. O tempo estava passando e com ele a minha paciência.

Já era dia, o sol estava no topo do céu quando eu estava caminhando por um parque, não faço a mínima ideia de onde estou. A minha volta havia famílias felizes e olha-los trouxe um gosto amargo a minha boca, me sentei em um banca e fiquei olhando para meus pés. Precisava de um banho, notei que ainda estava de pijama.

Suspirei olhando para cima. O verde vivo pintava as folhas que dançavam suavemente por conta do vento. Pequenos flashes de luz tocavam minha pele quando senti um cheiro familiar. Lavanda. Fiquei  em alerta olhando para os lados então eu os vi do outro lado do parque. Não pensei duas vezes e corri abrigando os dois em meus braços.

— Achei — falava ofegante — achei vocês!

O alfa dentro de mim uivou em alegria. Era como se uma onda de paz estivesse invadindo meu corpo. Os aprtei um pouquinho mais inalando o cheiro de lavanda e o cheirinho fraco do filhote, era como estar em casa. Não sei bem como explicar, mas era tudo que eu precisava no momento.

— Seonghwa? — ouvi a voz manda do ômega então me afastei um pouco o olhando.

Eu esperava ver apenas seu rosto bonito com bochechas redondas e olhos pequenos, porém havia marcas ali, hematomas perto dos olhos, seu lábio estava partido e é provável que tenha em outras partes do corpo também.

Rosnei irado. Minha presença foi se tornando mais forte, ele se afastou abraçando o filhote. Tenho certeza que meus olhos devem estar vermelhos.

— Eu vou matar o Lee Minhyuk. — declarei o vendo arregalar os olhos.

— Ma-matar? N-não faça isso! — ele estava nervoso. Por que?

— Gosta dele? — fui direto.

— Eu..eu, não...

— Venha, vou te levar para minha casa.

— Preciso voltar pra minha Seonghwa.

— Não vou deixar que fique debaixo do mesmo teto que ele!

— Mas eu moro lá.

— Foda-se, more comigo então.

Apesar da raiva que me consumia, não pude deixar de notar o quão adorável foi sua reação. Ele parecia mesmo um gatinho.

— Mora? Como assim?

— Explico depois, vem.

Coloquei uma das minhas mãos em suas costas o guiando até o meu carro estacionado do outro lado da rua. O caminho foi um pouco longo já que eu não fazia a mínima ideia de onde estava, porém Soobin pareceu se divertir quando coloquei algumas músicas infantis para ele assistir. Era fofo como ele ria e batia palminhas junto a gritinhos animados.

Fofo.Percebo também que Hongjoong se mantinha muito quieto, ele olhava pra janela e seu cheiro indicava que o ômega se sentia ansioso, um pouco temeroso e mais alguns outros sentimentos. Não o julgaria por isso, também não julgaria se ele quisesse se manter distante de qualquer um. Não sei o que ele passou de fato, mas foi destrutivo, era algo notável em seu olhar, não seria hoje por que minha prioridade no momento é mantê-los bem e confortáveis, mas eu ainda irei acabar com Minhyuk, farei ele pagar tudo o que ele fez.

Quando passamos pelos portões da minha casa o vi, Hongjoong ajeitar a postura e mexer nas mãos nervoso, essa era a primeira vez que ele vinha aqui.

— Não precisa ficar assim. — eu disse.

— Hm? — Mirou seu olhar agateado para mim.

— Não precisa ficar nervoso Hong, está tudo bem.

Descemos do carro, ele tinha o filhote nos braços, os guiei para dentro e logo fomos para cozinha.

— Estão com fome? — perguntei.

— Não, estou bem. — ele respondeu baixinho.

— Certeza? — arqueei meu cenho — Posso preparar qualquer coisa, sou muito bom na cozinha. — sorri.

Soobin se remexeu no colo tateando o pai ômega puxando sua camisa para baixo. Vi as bochechas de Hongjoong mudarem de tom para um rubro muito adorável.

— Parece que alguém aqui está com fome. — tentei soar descontraído — Ele é seu filhote, não precisa se sentir envergonhado, pode ficar a vontade. Posso te levar para um quarto se quiser. — ele assentiu quando o alfinha ficou mais quieto.

Fomos para o segundo andar onde lhe mostrei uma suíte.

— Tem tudo no armário do banheiro, produtos de higiene e toalhas limpas... Ah, o armário fica naquele lado então se quiser pode guardar alguma coisa lá. Eu  vou pro meu quarto tomar um banho.

— Ok.

Hongjoong

Eu estava encostado na cabeceira da cama de casal enquanto meu filhote  se alimentava. Um de seus pezinhos estava tocando no meu rosto e suas mãos gordinhas seguravam firme em minhas roupas.

Não sei se deveria continuar aqui, se Minhyuk souber que estou na casa de outro alfa pode pensar mal de mim e resolver se vingar. E não é como se eu quiser estar com ele por que eu não suporto a idéia de tê-lo mas seu que este infeliz tem poder sobre Soobin e eu.

Então fiquei ali amamentando meu filhote enquanto pensava no que deveria fazer daqui pra frente.

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Terça terá mais..

𝐇𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐎𝐟 𝐆𝐥𝐚𝐬𝐬 |Seongjoong|Onde histórias criam vida. Descubra agora