CAPÍTULO 11 - PROVOCAÇÕES

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Quando eu entro na sala, avisto a Raquel e o Brandon. Decido ir até eles.

- Oi, gente.

- Ai amiga, você está bem? - ela disse pulando em cima de mim em um abraço.

- Sim, eu estou bem - eu disse sem respirar, dando uns tapinhas em suas costas.

- A Raquel me contou tudo o que aconteceu - achei que ele ia perguntar sobre a minha crise de pânico mas... - O que você tinha na cabeça quando decidiu fazer aquilo com o Nick?!

- Eu já pedi desculpas.

- Não interessa! Você tem noção do que houve com a Raquel? Ela teve que passar a madrugada toda na delegacia e o pai dela está furioso. A polícia está investigando o que aconteceu porque o Nick disse que foram uns traficantes que fizeram aquilo com ele, mas acharam tudo muito suspeito.

- Olha, foi mal...

- Gabrielly, não podemos ficar passando pano para você toda hora.

- EU JÁ PEDI DESCULPAS! - eu estava muito mal. Eu nunca imaginei que o Brandon se importasse mais com o Nick do que comigo.

De repente meu corpo todo começa a tremer e fica difícil de respirar. A Raquel é a única que percebe e coloca a mão em meu ombro, preocupada.

- Você está bem?

Eu fiz que sim com a cabeça.

- Ela parece bem para mim - disse o Brandon.

- Brandon, você está agindo como um babaca - a Raquel parecia irritada.

- Eu só estou sendo realista!

- Você por acaso é o pai dela para repreende-la assim?

- Não, mas eu sou o melhor amigo dela. O meu papel é dizer o que ela tem que ouvir não o que ela quer ouvir.

- Ah, sério?

- Sinceramente, acho que o problema é você, Raquel.

- Como é que é? - ela estava indignada.

- Você é uma má influência para a Gabrielly. Ela com certeza não estaria assim se não andasse com você.

- Isso é ridículo! - ela disse revirando os olhos.

- Mas é verdade.

- SEU BABACA, CRETINO, FILHO DE UMA CADELA, MISERÁVEL, METRALHADORA DE BOSTA!

- Viu? É por isso que a Gaby anda se metendo nesse tipo de situação. Por sua culpa.

- MINHA CULPA?!

- Pelo menos, eu não influencio ela a...

- MEU FILHO, VOCÊ NÃO VALE O PEIDO DE UMA JUMENTA! - eu não aguentei e ri baixinho, olhando para baixo para eles não verem. De repente, eu já não estava mais trêmula, estava me acalmando - Vem, vamos, Gaby. Você não vale o tempo desse idiota.

- EU OUVI!

- AH, VAI CHUPAR UM PREGO ATÉ VIRAR TACHINHA! - ela foi embora comigo.

Eu segui ela em silêncio até o banheiro.

- Amiga, o que foi aquilo? - eu estava morrendo de rir.

- Uma briga?

- As coisas que você falou para o Brandon foram surreais! - minha barriga doía de tanto rir.

- Né?! - agora, era ela quem estava rindo - Mas ele mereceu.

- Nunca imaginei que ele falaria algo assim.

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