𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀𝐁𝐋𝐄 𝐁𝐎𝐘 | vinnie hacker

O16

𝒗𝒆𝒏𝒖𝒔 𝒅𝒊𝒂𝒔

▬ CADÊ AS MINHAS ROUPAS, VINCENT? - Gritei após o loiro atender a ligação. 

▬ Nossa que mal educada. - Ele falou num tom animado. Esse idiota ainda estava se divertindo com a situação. 

▬ Eu não estou com paciência pra brincadeira hoje, Hacker. - Falei passando a mão na testa.

▬ E quando está? - Soltou uma risada nasal. - Pede por favor que eu devolvo. 

▬ Uma porra que vou te pedir por favor. - Disse irritada e fui até a porta do banheiro. - Cadê você, caralho? 

▬ Mais perto do que pensa. - Abri a porta e dei de cara com ele, encostado na parede a frente. - Boo! 

▬ Devolve! - Fui até ele e tentei pegar as roupas em sua mão, mas sem sucesso. 

▬ Opa! - Ele levantou o braço para que eu não consiga pegar. 

▬ O que você quer, Hacker? - Cruzei os braços. 

▬ Que você peça com jeitinho. - Sorriu e andou em minha direção. Tentei pegar mais uma vez, mas ele desviou e passou correndo para dentro do banheiro. 

▬ Já disse que não vou fazer isso. - Fui atrás dele. 

▬ Então fique de toalha. - Deu de ombros e me olhou segurando a risada. - Você até que fica bonitinha com raiva. 

▬ E você não fica bonito nunca. - Ele veio até mim em passos lentos, segurando as roupas atrás de seu corpo. 

▬ Mas nada supera você de cabelo molhado. - Ele foi chegando mais perto. Muito perto. Perto demais. Eu estava recuando, mas acabei batendo as costas na parede. 

Ficamos apenas alguns centímetros de distância, ele apoiou sua mão na parede e me olhou no fundo dos olhos. Então aproximou seu rosto da minha orelha. 

▬ Não sabia que gostava desse tipo de música. - Sussurrou e então deixou escapar uma risadinha. 

Senti meu corpo inteiro estremecer, esse garoto vai me enlouquecer um dia. E só depois que ele falou, percebi que tocava Swim do Chase Atlantic. 

Ele pegou minha mão e entregou as roupas, saindo do banheiro logo em seguida. Quem ele pensa que é para fazer isso comigo? 

Vesti as roupas, peguei minhas coisas e fui atrás dele. Cheguei na parte da piscina, mas ele não estava lá. Perguntei para os garotos se tinham o visto e me falaram que ele teria ido até o estacionamento. 

Fui até lá e o encontrei encostado no carro, fumando um cigarro.

▬ Olha aqui seu filho da puta. - Lhe dei um tapa nas costas. - Você é um idiota mesmo. 

▬ Ai porra! - Endireitou a postura. - Não bate assim que eu apaixono. - Ia bater mais uma vez, mas desisti. - O que foi dessa vez? Eu devolvi as roupas, não foi? Então não fode. 

▬ Presta atenção, seu arrombado. - Apontei o dedo em sua direção. - A próxima vez que você chegar perto de mim daquele jeito e não me beijar, eu te mato, porra!

Eu realmente não sei o que deu em mim, mas sempre culparei a bebida por isso. Vocês acham que eu saí dali e voltei para ficar com o pessoal? Para a pequena parcela que acreditou que eu seria forte e apenas o deixaria ali com cara de besta, minhas sinceras desculpas, aquele sorriso que poderia facilmente fazer um coração errar a batida me derreteu. 

Antes que eu pudesse me arrepender, Vinnie me puxou pela cintura e quando eu vi, nossos lábios já haviam sido selados em um beijo intenso. Minhas mãos desenhavam suas costas delicadamente, tornando nossos corpos mais próximos. Sua mão descia de minha cintura até minha bunda, onde apertava forte, me fazendo arfar em desejo, um desejo incontrolável. Nossas línguas se entrelaçavam de forma urgente, parecia que ele queria aquilo tanto quanto eu queria. Quando nos faltou ar, seus lábios quentes e molhados desceram até o meu pescoço, deixando algumas marcas por ali. 

Uma de suas mãos subiu até meu pescoço quando voltamos a nos beijar, eu já havia perdido o controle de minhas ações e o desejo tomava conta do meu corpo. Minhas unhas arranhavam sua pele na mesma intensidade que sentia meu corpo sendo apertado por Vinnie. Mordisquei levemente o seu lábio inferior, afastando nossos rostos em alguns milímetros. 

Nossas respirações ofegantes se tornaram uma só. Ficamos um tempo parados tentando assimilar o que havia acabado de acontecer. 

▬ Devem estar procurando por nós. - Falei. 

▬ Foda-se eles. - O loiro disse e eu me desvencilhei de seus braços, me posicionando ao seu lado, encostada no carro. 

▬ Provavelmente acharam que eu te matei. - Coloquei o cabelo atrás da orelha. 

▬ Você quase fez isso. - Arrumou suas calças e eu soltei uma risada. 

▬ Isso que rolou... - O olhei com um sorriso sarcástico. - Não mudou nada em relação ao meu ódio por você. 

▬ Para mim mudou. - Franzi as sobrancelhas. - Eu não te odiava, mas agora eu odeio. - Cruzou os braços. - Você me beija desse jeito e não quer que eu te odeie sabendo que isso não vai acontecer novamente? 

▬ Sinto muito, Hacker. - Ela sorri. - A bebida me deixa louca.

▬ Percebi.