A lua e o sol-13

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Choi Yeonjun
Kai estava sentado entre as pernas de Beomgyu enquanto penteava os seus cabelo carinhosamente com um sorriso no rosto.

Estavamos em minha casa, arrumados para um jantar. Sei que parece estranho, porém não parava de pedir para irmos ao seu restaurante preferido, e depois de tanto insistir Beomgyu se deu por vencido ao ceder ao pedido.

- Estão prontos?- pergunto penteando meus cabelos enquanto desço as escadas.

- Estamos sim hyung- meu irmão sorri e vem em minha direção- Olha como o titio me deixou lindo- ele da uma voltinha sorrindo.

- Já disse que me chamar de titio, me faz parecer velho Kai- Beomgyu reclama vindo em nossa direção.

- Mas você não é velho Gyu- ele sorri e apenas concorda.

- Vamos, não podemos nos atrasar- meu irmão fala animado.

Dou uma risada e pego a chave do Fusca.

- Então vamos.

Assim como todas as vezes que dei carona para o vocalista, ele se senta atrás, junto de meu irmão, enquanto conversam animados sobre algo em comum que gostavam.

Isso se tornou uma pequena rotina de nossas vidas. Todas as noites após o ensaio deixava o vocalista em sua casa, então raramente Kai se encontrava dormindo, nos deixando poucos momentos a sós.

Beomgyu segurava a mão de Kai e sempre mantinha contato visual com o menor, que nem parecia se importar com o contato repentinamente.

- E então tio, o Batman apareceu e nossa- ele deu uma pausa puxando o fôlego- Eu adoro o Batman.

- Sério? O que você gosta nele?

E meu irmão sorriu, de forma tão sincera e aberta que pude ver a felicidade explodir ao nosso redor.

O tempo que durou para meu irmão contar o quão apaixonado por heróis ele é, foi o necessário para chegarmos e estacionamos o carro.

- Chegamos- aviso descendo do carro.

- Vamos Kai- Beomgyu desce com meu irmão e adentramos juntos, um em cada lado do mais novo, segurando suas mãos.

Todos nos olharam, porém aquilo já não era mas um grande incomodo. Até porque todas as vezes em que saia era a mesma coisa.

- Vamos pegar nossa mesa- digo os guiando- Essa é a mesa de sempre Beom.

- Certo, e então Kai qual lugar você quer?- okay, cada vez mais esse menino me impressiona, é como se cada vez mais aprendesse a lidar com minha família e todos os dias mais a Star o aceita.

Kai nem pensa duas vezes, apenas puxa a cadeira para trás e se senta ao lado da pequena janela que tinha.

Sento em sua frente e surpreendente o moreno se senta do meu lado e sorri olhando discretamente para mim.

- Com licença- a garçonete aparece e sorri charmosa em minha direção- Posso anotar os pedidos?

- Claro, o que voce vai querer Beom?- ele olha o cardápio dedilhado cada nome.

- Vou querer um X-Bacon- ele olha para a mulher que retribui com um olhar sério, hipocrisia.

- Eu vou querer o mesmo que ele e o Kai, vai querer o lanche infantil certo?

- O dinossauro de brinde- o menor fala animado.

- Claro, só uma pergunta antes, qual sua idade menino?- a mulher fala.

- quinze, podem aqui- ele aponta pra sua cabeça- Seis.

- Então não podemos te vender garoto- ela fala rude.

- Pera....oi?- Beomgyu olha pra ela espantado- Como não pode vender o brinquedo?

- Simples assim, regras daqui- ela revira os olhos suspirando- Não vendemos coisas para retardados.- E como uma bomba foi o suficiente para fazer meu irmão chorar.

Não tendo tempo de processar ele se esconde de baixo da mesa se enfiando entre minhas pernas em busca de calor e aconchego.

- Olha aqui sua vadia- Beomgyu levanta da mesa- Ele não é retardado, é autista ,então legalmente você tem que dar a porra do brinquedo ouviu?

- Desculpa, mas não curamos projetos errados, por isso ele é essa aberração.

Isso foi o suficiente para me irritar.

- Você chamou meu irmão do que sua puta?- aberração....era como ele nos chamava.

- Eu acho que até o bonitinho é burro e surdo- ela retruca- Eu acho que é genética.

Okay, eu vou matar essa vagabunda.

Quando tomo impulso para ir pra frente dela, Beomgyu me impede segurando minha cintura.

Não um toque qualquer, por dentro da minha blusa, ele fazia carinho em minha cintura me arrepiando da cabeça aos pés.

- Ah, é viado- a mulher ri- Isso explica muita coisa.

- Oh sua vadia- Beomgyu tira uma mão de mim, enquanto a outra me aperta mais me puxando contra ele- Cala sua boca, me ouviu?

- Você tem que falar direi...- e quando ela ia terminar de falar Beomgyu jogou água na cara dela, sem pensar. Sem hesitar.

- Pode esperar o processo vadia- ele grunhe- Vamo embora Kai, deixa essa puta para ela.

Meu irmão levanta choroso e vem em minha direção, num pedido mudo de colo.

Assim que eu pego ele no colo, Beomgyu sai comigo sem tirar sua mão da minha cintura e sinceramente, não sei se eu quero que ele se afaste.

Sua mão em minha pele me traz paz.

- Ei- ele me cutuca- Aquela puta não sabe de nada viu?- então ele sorri.

Aquele sorriso é tão....porra. Aqueles olhos brilhantes como a lua com um sorriso tão...gostoso.

Era uma cena perfeita.

Gostaria de viver nela, repetindo inúmeras vezes sem pausa.

Aquele maldito sorriso é lindo, quente e tão confortável.

Agora é certo, é muito certo. Eu preciso dele, todos os dias, esse toque não pode sumir.

Não agora que me acostumei com ele, ou melhor me viciei nele.

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