Amigos não se beijam assim-17

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Choi Beomgyu

Yeonjun está trabalhando em sua música todos os dias, constantemente ele fica focado em escrever suas letras e em achar seus ritmos "incríveis", como ele mesmo diz.

Eu e Kai tentamos de tudo para que ele possa descansar, porém ele sempre arruma uma desculpa para não sair de casa, e com isso acabamos desistindo.

Porém, hoje é sábado, sete da noite, eu estou deitada em minha cama enquanto o mais velho está no chão afinando sua guitarra.

- Hyung- levanto a cabeça e ele me olha, com aqueles olhos afiados- Posso te pedir uma coisa?

- Depende do que Beom- eu faço um bico indignado e pela primeira vez naquela noite, ele solta sua guitarra, se levanta do chão e vem em minha direção- Claro que pode pedir.

- Hoje tem uma festa, lá no campus- me sento e vou até o mais velho em busca de contato físico, sento do seu lado e deito minha cabeça em seu ombro.

Esse pequeno contato se tornou frequente entre nós, e isso começou quando eu dormi na sua casa pela primeira vez, ah pedido de Kai, claro.

- Que legal, quer que eu te leve para casa, para você se arrumar?- ele faz carinho em meu braço e eu me perco por alguns segundos em sua pele tatuada.

- Quero que você vá comigo- peço um pouco manhoso e seguro seu braço, trazendo para perto de mim- me faça companhia- deposito um beijo, nas pequenas marcas de agulha em seu braço.

- Beom...- ele suspira, e eu sei que ele vai se dar por vencido- Eu tenho que trabalhar.

- Prometo que voltamos para casa assim que você pedir- quando olho para ele, posso ver seu rosto já derrotado em tentar relutar.

- Tudo bem, posso me arrumar aqui?- claro que ele pode, apesar de ter roupas que tenho certeza que ele não irá gostar.

- Claro que pode hyung- falo animado e ele sorri- Tenho vários tipos de roupas aqui, fica a vontade.

- Okay, você parece estar preparado para tudo, em- ele solta uma gargalhada gostosa, e tenho certeza que nunca vou enjoar disso.

- Claro pô, sempre- ele concorda e eu me levanto- Vou pegar uma roupa e me vestir no quarto da Taehy, pode abrir e mecher nas coisas.

Ele concorda, então eu levanto da minha cama, pego meu conjunto e saio do quarto para deixar ele sozinho.

Eu sei que vocês, estão pensando assim "Aí Beomgyu, você odiava ele e agora você empresta roupas?"

E minha resposta é....okay eu não tenho resposta para isso. Nós tornamos próximos ao decorrer dos meses.

Nossas apresentações estão ficando cada vez mais frequentes, Kai sempre me chama para dormir com ele, jantares, até mesmo churrasco em restaurantes por perto eu vou com ele.

Gosto da sua companhia, gosto de como ele briga com o Ricky quando ele implica comigo, gosto dos seus abraços surpresas, ou até mesmo quando ele apenas pinta minhas mechas loiras de roxo para os Shows, com a justificativa de que não posso manchar minha mão, sou a imagem da banda.

Eu já estava pronto, apenas sentado em frente a pequena penteadeira da minha irmã, passava a sombra brilhante em minha pálpebra.

Logo o moreno entra, vestindo provavelmente as roupas mais largas que eu tenho dentro do meu guarda-roupa.

Uma calça Jeans muito larga e rasgada na parte de trás, até no começo de sua coxa, mostrando seu pele branquinha, uma camiseta do Queen, ela era grande e folgada, tampando um pouco de seu braço tatuado.

O cabelo que agora está grande, estava penteado, porém com alguns fios rebeldes.

Suas mãos carregadas de anéis, uma correntinha no pescoço, nossa. Yeonjun nunca esteve tão....bonito.

- O que você acha Beom- ele dá uma voltinha, e eu sorrio.

- Está lindo Junie- me levantando e ele sorri para mim, ainda mais aberto.

Então descemos e fomos para seu Fusca, durante o caminho Yeonjun e eu cantávamos clássicos, e obviamente ele ria quando meu inglês falhava.

Porém não demorou muito para estarmos em frente ao campus.

Eu podia ver pessoas correndo igual doidos, casais de mãos dadas e isso é só um pouquinho da convivência caótica.

- Como eu sentia falta de um lugar assim, sem brincadeira- ele fala igual um velhinho fofo, puta que pariu.

- Então você vai amar essa festa, vamos- eu seguro sua mão e puxo ele para o andar, onde Seowon praticamente alugou.

A festa estava um pouco em cada lugar do quarto, então quando meu amigo me vê, ele sorri meio bêbado e corre em minha direção.

- Beom, que bom que você veio- ele sorri mais ainda e me abraça, solto uma risada e ele encara o Choi um pouco.

- Ele é meu convidado, sem implicar, ouviu?- ele concorda e logo se afasta de mim.

Ofereço pegar uma bebida para Yeonjun que aceita, então começou com um drink leve.

Mais tudo acabou comigo muito doido já, dançando agarrado em Yeonjun, ele ria e eu cantava o Hino da Gaga enquanto segurava em seu ombro.

O sorriso dele é tão bonito, tão gostoso de ver, na verdade o Yeonjun é muito gostoso, eita pensamentos de bêbado.

- Quero te mostrar um lugar- convido sorrindo e ele apenas concorda.

- Se você não me matar, tipo qualquer lugar- ele brinca e eu rio.

Então pego sua mão e puxo ele para as escadas do fundo, então sorrio animado.

Subimos as escadas, um correndo do outro, como dois adultos bem bestas.

E quando chegamos no topo, abro a porta e já respiro fundo, puxando todos os cheiros possíveis que podia sentir.

- Isso aqui é o terraço?- ele pergunta incrédulo.

- Pode ter certeza que sim- eu rio- Quando estou triste, corro para cá.

- E você está triste?

- Não.

- Então por que estamos aqui?

- É um lugar importante, então trouxe uma pessoa importante-  rio e corro para a beirada do terraço, onde me sento virado para a vista linda de New Jersey a nossa frente- Vem moreninho.

Ele se aproxima com calma, e eu apenas posso sentir o cheiro de perfume barato. E obviamente esse cheiro combina muito com ele.

- Posso te contar uma coisa?- ele pergunta.

- Sempre.

- Eu sinto uma coisa estranha com você Beomgyu.

- O que você sente?

- Vontade de beijar, mas beijar até meu maxilar dizer chega, você é tão bonito e isso me assusta, pois nunca beijei um homem...- ele falta tudo rápido, e eu não aguentava mais ver aqueles lábios grossos tão bonitos se movendo, quando poderia estar grudados nos meus.

Então puxo ele pela correntinha, e beijo seus lábios.

No início ele se assusta, porém logo ele relaxa e sua mão procura minha cintura e quando a acha, parece que foi feita para estar ali.

Peço passagem com a língua, e quando ele permite, exploro o gostinho de bebida, junto de um gosto doce.

É viciante e não consigo parar.

O beijo é lento, e deleitoso. O encaixe é tão perfeito, que vai ser difícil de esquecer dele.

Porém ele se afasta de mim, com a cara surpresa e então ele suspira e fala:

- Não, eu não gosto de homens- ele se levanta e simplesmente sai.

ELE SIMPLESMENTE SAI DO TELHADO.

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