Se arrependimento matasse...

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Viro e vejo o garoto que me ajudou na fuga dos robôs.

- Por que você tá aqui? - pergunto

- Fala você primeiro.

- Mas eu perguntei primeiro.

- Mas se você não responder eu também não respondo - diz sorrindo como se tivesse ganhado um jogo.

Faço cara fechada para ele, mas respondo logo en seguida.

- Trabalho aqui, sou a nova jardineira.

- Mas você não era uma ratinha ladra? - diz com o sorriso debochado dele.

- Não sou ladra, já falei - digo me afastando dele para procurar comida - foi você que colocou isso na cabeça.

- Entendi, mas como uma pessoa começa a trabalha em um lugar que não conhece os donos?

- Tá falando do chilique da Alice hoje de tarde?

Ele demora a responder e fica um silencio agoniante do nada.

- É... - ele diz.

- Você faz o que aqui?

- Não te interessa - responde rápido - Mas para você saber faço coisas muito importantes aqui.

olho para ele com olhar desconfiado.

- Sei - digo.

- É verdade tá.

- Então fala o que você faz.

- Então me fala por que estava sendo perseguida - ele para e começa a rir, e quando começa a para continua a frase - e por que estava querendo ser presa, por que sabe... você falou que não precisava da minha ajuda.

fico quieta por um tempo pensando.

- O que foi? - ele pergunta.

- Eu tô desconfiada de uma pessoa aqui... - falo, tentando pular o assunto

- Quem?

- O cozinheiro.

- Ah, ele - ele fala com desdem - ele é um cara de pal, tenta fazer amizade ou seduzir todo mundo para conseguir as coisas facilmente.

Olho como ele fala do outro com raiva, " acho que eles brigaram de alguma forma ".

- Entendi... por acaso os dois brigaram - " sou fofoqueira fazer o que ".

- Foi ele que começou, virando todo mundo cotra mim.

- Eu não tenho muita coisa para fazer nessa casa alem de trabalhar... então podia fingir cair a lábia dele para desmascara-lo.

Ele me encara achando aquilo estranho, " meu pai, porque fui falar uma burrice dessas, droga ".

- Na verdade deixa para lá... - digo tentando escapar da situação.

- Deu a ideia e falou que ia fazer tem que cumprir.

- Me arrependi do que falei - digo encarrando-o - não vou fazer não.

Ele fecha a cara para mim e vem em minha direção, bem perto na verdade, até faltarem poucos centímetros entre ossos rostos, daí ele abre um sorriso.

- Então vou fazer você se arrepender de não ter comprido o que falou - diz

- Vamos ver então - digo cruzando os braço - Alias, qual é o seu nome?

- Fala o seu primeiro - fala se afastando.

- De novo isso? - ele faz que sim com a cabeça - Adeline... Hill, agora você

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⏰ Última atualização: Jul 18, 2023 ⏰

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