ONLY CALL ME WHEN YOU'RE HIGH

QUERER

querer
verbo
1.
transitivo direto
ter o desejo ou a intenção de; tencionar, projetar.
"não me importa que alguém queira dar-lhe a outra parte"
2.
transitivo direto, transitivo direto predicativo e pronominal
desejar que (alguém) esteja ou desejar estar em determinada situação, posição, estado etc.
"nem de graça quero esse homem aqui"

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Ele encara Stan, piscando duas vezes, pra ter certeza que ouviu o que ele disse direito, o coração palpitando forte e ele não sabia o que fazer.

E se fosse mentira?

—Escuta, Kyle, a porra dos teus olhos verdes é uma puta trapaça comigo! — Marsh diz com seu tom choroso e embriagado — me tira o chão — eu nunca vi ninguém fazer tanto barulho no meu coração — Stan resmunga apontando para Kyle.

Sim. o moreno se declarou para o ruivo. Na cara mesmo.
Kyle não sabia se ria ou chorava, aqueles dias de afastamento... era tudo por medo, Stan na verdade o amava.

Chupa essa, Wendy.

—Sonhei com você quase todas as noites essa semana — Stan admite, o garoto sempre foi muito soltinho, mas quando bebia ficava mais ainda.

Ficou silêncio, quer dizer, não por completo, havia alguns carros em movimento mais afastados da casa do Broflovski, e dava para ouvir alguns grilos.

As orbes azuis de Stan pareciam invadir cada pedaço de Kyle, a fala dele transparecia o mistério dele sem critério ou explicação, como que mesmo depois de tanto sofrimento seu maldito coração pensava em querer seu melhor amigo de volta?.

Era confuso, passou os primeiros dias chorando, se entupindo de doces para esquecer a dor temporariamente, na primeira noite precisou de remédios pra dormir, e nos outros dias tudo lembrava Stan, ele quase chorou diversas vezes em lugares públicos, teve que segurar o pronto que ameaçava, passava 24 horas do dia imaginando como seria o dia que Marsh reconheceria seus erros e voltaria atrás o mais rápido que pode, desejou isso com todas as forças.

Mas agora que estava vivendo isso, o sentimento era diferente, sentia uma estranha tristeza, querendo ou não ele começou a se recompor (mesmo que, lentamente) e agora com Stan aqui era como se a paixão nunca tivesse ido embora...

Mas também era como se tivessem abrindo o machucado que ele teve que cuidar sozinho.

Estava confuso, não sabia o que fazer, deveria perdoar e esquecer? Ou esquecer e perdoar? Deveria dispensar Stan e seguir sua vida em frente?.

Não.
Ele não conseguiria desperdiçar essa oportunidade.
Mesmo que fosse doer depois.

Com prontidão, puxou Stan pela gola da camisa, roubando um beijo desesperado, cujo nem o próprio Marsh esperava, a boca de Kyle encaixava perfeitamente com a dele, a língua do ruivo invadindo a boca de Stan o deixava arrepiado, Kyle sentiu um pouco de gosto de Vodka na boca, mas não se importa, estava cometendo seu melhor erro, querer Stan, colando seus corpos, fazendo eles ficarem aquecidos do frio, causando sensação de Outrora para os dois.

Como se já tivessem vivido isso alguma outra vez.

Aos poucos o sol foi nascendo, quando o ar se foi, ambos se separaram, ofegantes e com um sorriso bobo, Kyle sentia seu coração bater como louco contra o peito, já Stan nunca se sentiu tão completo em toda sua vida.

—Eu te quero.

—Eu também te quero, Ky