Caçada

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O garoto acordou preso na árvore gritando e desesperado, ele entendeu de cara o que estava acontecendo, gosto de vítimas assim, mas da no saco.

Já a garota ficou olhando com desdém pra ele, eu não podia matar ela, droga! A garota do Offenderman, ela está com ele desde...eu sei lá, não sou de ficar marcando datas.

Jane: Nossa que saco, garoto como vc tem garganta pra ficar gritando assim? Faz garganta profunda só pode!.

Falei irritada enquanto brincava com uma faca em minhas mãos, gostava de enrolar nesses momentos, prolongar o desespero dos outros é a melhor coisa que tem.

Garoto: O que...o-o que vai fazer?

Eu não precisei fazer nada, Maggie respondeu por mim.

Maggie: Não está claro? Ela vai matar.- Respondeu simples.

O garoto arregalou os olhos desesperado com a frase que foi dita.

Não imaginei que seria ótimo com a Maggie me "ajudando", fui até o cara que estava chorando desesperado, enquanto Maggie mantia uma expressão calma e neutra.

Garoto: Por favor fique longe de mim.

Maggie: Fique longe dele!!.- Ela é boa em fingir, talvez por que tenha feito aula de teatro.

Jane: Por que eu ficaria?.- Ri

Maggie: Por que ele é meu.- Ela chorou, mas depois riu.- Mas se quer pra você pode ficar.

Jane: Obrigada querida.

Garoto: Suze o que está fazendo? Achei que me amasse!

Maggie: Eu sei, eu fiz você acreditar nisso.- Ela se soltou e desceu indo até ele.- Você é tão iludido.

Riu e se afastou, se sentando embaixo da árvore em que eu tinha prendido ela.

Deu pra ver a desilusão e decepção no olhar do garoto, o medo a angústia e o desespero, deu até dó.

Suspirei, não posso ficar com dó de uma vítima, já não basta eu enrolar pra matar a Mel.

Dei uma facada em sua coxa o que fez ele gritar, comecei a abrir o corte com as mãos, ele gritava em todo o processo e desmaiou logo em seguida, eu só abri uma facada... Hoje o dia não está para vítimas, que sem graça!

Cruzei os braços com uma carranca.

Maggie: Decepcionante.

Jane: Não é? Que raiva!

Maggie: Se quiser, tem as garotas do Offenderman, pode pegar quantas quiser.

Jane: É ciúmes?.- Ela desviou o olhar e eu sorri por debaixo da máscara.- É, é ciúmes.

Maggie: Não responda por mim, não é ciúmes.- Se levantou.- Vamos.

Isso vai ser uma "caçada", não demorou muito para chegar no harém do Offenderman, Maggie era a única "livre" que tinha permissão pra sair e tals.

Entrei pela porta da frente, que chique me senti importante.

As garotas já olharam com medo, acho que Maggie apronta por aqui, minha ideia foi comprovada quando ela tirou uma arma da cintura.

Maggie: Sabe atirar?

Jane: Atirar eu sei, já acertar a vítima é outra coisa.- Dei de ombros

Maggie: Já é uma coisa.- Me passou a arma e pegou uma outra.- Quem acertar mais ganha.

As garotas saíram correndo desesperadas e começamos a atirar, Maggie correu pro andar de cima seguindo algumas garotas e eu fiquei na sala, acertei algumas mas não morreram por causa da minha péssima mira com armas, se fosse faca seria mais fácil.

Acertei o sofá, a mesa, a parede e a TV também, mas acertei as garotas. Maggie desceu atirando, estava um verdadeiro formigueiro.

Tanto eu quanto Maggie estávamos rindo, ela andava pulando de um pé pro outro, quase igual pular as faixas brancas do perdeste, enquanto dançava.

Maggie: É divertido brincar com você.- Ok, ela está parecendo uma criança.

Jane: Igualmente.

Maggie: Melhor você ir, ele vai voltar

Jane: Certo, obrigada.

Sai e voltei pra casa, talvez a garota do Offenderman seja legal, fiz um julgamento errado sobre ela, ela precisa de alguém melhor e não um merda como o Offenderman, ele nem deve cuidar direito dela.

Basicamente, perdi na brincadeira.

O amor é cego (Jane The Killer)Onde histórias criam vida. Descubra agora