Capítulo 20

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Grace

Estou sentada na praia privada da propriedade. Ella estava de volta à casa, tentando descobrir informações sobre o desconhecido primo que tive. Eu não tinha muita esperança de que aquela informação no sajudaria. Embora continuasse a ser visto. 

Assisti Nonno e Matteo brincarem na areia; Nonno estava sentado em uma cadeira de praia enquanto Matteo limpava a areia da esquerda para a direita e depois para a direita. Um ato tão simples, masque encheu meu coração de saudade. Lembrei-me de passar um tempo com meus pais em nossa casa de praia em Connecticut. Eles sempre arranjavam tempo para mim, me ajudando a construir castelos na areia.

Tudo o que eu queria era manter Matteo seguro, vê-lo crescer e se tornar um homem. Agora, eu não tinha tanta certeza se teria sucesso. Por mais bagunçado que tudo estivesse e depois de tudo que Luciano tinha feito comigo, eu ainda não tinha dúvidas de que ele e Nonno manteriam Matteo seguro. Mas eu queria muito fazer parte da vida do meu filho. Só não via outra alternativa. Havia apenas duas opções - correr ou ser morta. Viver fugindo não seria uma boa vida para oferecer a ninguém, muito menos a uma criança.

E eu realmente não queria ser morta. Apesar da minha conversa com Ella hoje cedo, as chances de conseguirmos matar minha família junto com Benito King e seus descendentes eram pequenas. Não éramos mentes criminosas, e certamente não éramos assassinas.

O evento anual de arrecadação de fundos que minha avó realizava seria nossa chance de nos aproximarmos do meu tio e da minha avó. Mas o problema era que eu não sabia como matá-los em um evento tão público. Ou talvez seja aí que armamos a armadilha. Tanto minha avó quanto meu tio tinham guardas protegendo-os, mas se de alguma forma eu pudesse pegá-los sozinha, teria a chance de me livrar deles. Eu tinha que encontrar um caminho. Eu me preocupava com as ameaças à vida de Matteo, agora que eles sabiam sobre meu filho. 

Olhei de volta para Matteo e seu avô, construindo uma torre. Bem, Nonno estava construindo. Matteo provavelmente estava apenas cavando um buraco.

Uma torre

— Venha aqui, Grace. — A voz do meu pai viajou pelas dunas de areia, sua voz carregada pelo vento, junto com os sons das ondas que a travessavam a costa.

— Chegando. — Corri em direção aos meus pais, meus pés pesando quando cada um dos meus pés descalços atingiam a areia. Eu adorava a sensação de areia nos dedos dos pés, mas correr nela era muito difícil para o meu pequeno corpo. Ocasionalmente, eu tropeçava e caía na areia. Pelo menos a areia amortecia a queda.

Quando finalmente os alcancei, me joguei nos braços de minha mãe. Ela era bonita. Seu sorriso suave e sua voz sempre tornavam tudo melhor. 

Levantando-me em seus braços, meu pai se inclinou e deu um beijo suave na minha testa

— Tenho uma história para lhe contar, minha pequena Grace

— Eu não sou mais pequena, — objetei, fazendo beicinho. — Fiz cinco anos ontem. 

— E você é uma menina tão grande, — minha mãe balbuciou. —Mas você sempre será nossa garotinha. Sempre nosso bebê. 

Eu não gostei da explicação deles naquela época. Não queria mais ser um bebê. Foi só depois de ter Matteo que entendi essas palavras. Deus como sentia falta deles! Eles foram arrancados de mim e,no momento em que os perdi, fui jogado nas garras gananciosas dos Romano. Sim, nós compartilhamos o sobrenome, mas meu tio e minha avó não eram nada parecidos com meu pai e minha mãe. Eles não eram nada parecidos com a vovó e o vovô Astor. 

LucianoOnde histórias criam vida. Descubra agora