"Eu perdi minhas pernas , eu perdi meu caminho, então nada de canções. Nada para me deprimir. Como faremos isso funcionar?
Sonhos não são ruins e eu mudei de idéia. Eu amo a garota. Mas Deus sabe o quanto está sendo dificil ver o sol nascer. Eu te amo, então o que vamos fazer?
Imagine... sou um sonhador e vou levá-la adiante, para onde o brilho é sonolento e o tempo passa devagar. Você não sabe? O que vamos fazer?
Quando você voltar... todos esses dias sacrificados... você está apaixonada por ele e eu quero vê-la outra vez.
Eu amo você.
O que vamos fazer?"
POV George
Eu sonhei com Hermione a noite toda, não sei exatamente porque, mas talvez o cheiro do perfume dela tenha se impregnado em meus lençóis e por isso meu subconsciente passou a assimilar sua presença enquanto eu dormia. O fato é que não conseguia mais tirar seu rosto da minha cabeça, para piorar, minhas lembranças agora cobravam seu preço, quantas dezenas de vezes eu havia enviado sinais confusos para ela? Como não consegui perceber antes se agora parecia tão óbvio? Nós até já havíamos nos beijado antes da noite de ontem! Como cassete eu deixei todas essas coisas passarem?
Eu sei que em algum momento ela havia chamado minha atenção, e tinha noção que me sentia anormalmente atraído por ela. Tudo bem, acho que começou quando eu estava saindo com Alicia, aos meus 16 anos, naquela vez em que ele me puxou do nada em uma feira do livro e me comprou uma versão bem maneira de Doctor Who, Shada. Acho que foi por aí, mas até então quantas meninas já não haviam chamado minha atenção? Fui um galinha durante todo o ensino médio e pelo que lembro, ela não ficou muito atrás!
Ainda assim eu devia ter percebido no nosso primeiro beijo, alguns anos atrás na casa do Lino. Aquela era nossa festa de despedida do terceiro ano de faculdade e Fred havia chamado alguns alunos de outras turmas, inclusive o trio inseparável, para abarrotar a casa e fazer o que chamou de "noitada secular". Hermione estava de mini saia rosa, cabelo preso em uma trança raiz e uma maquiagem leve que destacava seus olhos castanhos; lembro muito bem da aparência dela, todos os marmanjos estavam falando sem parar o quanto ela havia ficado bonita, e apesar de concordar, já estava ficando de saco cheio daquela conversa.
Angelina também estava ali, ela e Fred haviam brigado e terminado algumas semanas antes, inclusive meu irmão tinha dado seu sangue na festa para impressioná-la e, quem sabe, reconquistá-la. Eu já estava na minha sétima cerveja, sentado em um puff na varanda da casa de fraternidade, cantarolando It's My Life, quando vi uma das Patil enroscar seu braço com o de Hermione e arrastá-la até o gramado, na parte da frente da casa, onde um círculo de idiotas brincava do jogo Verdade ou Desafio. Rony estava lá com Harry, também notei Alicia, a outra Patil, a porra do Draco Malfoy? Além de Parkinson, Nott, Zabini e uma dúzia de babacas o quais eu não via desde o ensino médio. Por que aqueles tapados estavam ali? Só Fred saberia dizer.
Decidi participar da brincadeira assim que as duas garotas se sentaram e Zabini, do mais puro nada, passou o braço pelos ombros de Hermione, fazendo-a sorrir ladina. Eu mal me perguntei quando eles haviam ficado... amigos? O fato é que ele, junto com seu grupinho, zombavam dela quando éramos crianças e isso era o suficiente para detestar todos eles. Assim, vou meio cambaleante até eles e sento na outra ponta, de frente para os dois, ergo minha garrafa e dou um sorriso amigável, que foi retribuído (por ela) com um bufar irritado; acho que fazia algumas semanas que não nos falávamos, não lembro exatamente o porquê.
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Cavaleiro Solitário
RomanceGeorge Weasley tinha um arrependimento, uma pendência de seus treze anos que o assombrava mesmo quando adulto. Algo que não seria resolvido, que não tinha volta, nem uma desculpa sequer, mas seria tão ruim seguir em frente? Afinal há muitas formas d...