pov's jikook

🧜‍♂️

JIMIN POV.

Acho que todo mundo tem ou já teve um amigo de infância né?

O amigo da praia, que nunca mais achou, amigos imaginários.. Amigos.

Mas o meu amigo é mais... 'Peculiar"? Não, acho que seria.. "Diferente".

Eu conheci ele quando eu fui conhecer a cidade nova. Não estava feliz por me mudar, mas eu acho que foi a melhor coisa que meus pais fizeram.

Toda noite, eu vou pra um lugar distante de casa, muuuito distante. Mas vale a pena, porque lá, eu encontro meu amigo, um pouco.. " diferente".

Era um lago afastado da cidade, ninguém além de mim conhecia o tal lago

— Psiu! Cheguei! - chamei, mas ninguém apareceu — Senhor calda mucha..?

Nadinha.

Me sentei nas pedras, a noite estava estrelada, mas fria.

Até que ouvi alguns barulhos que pareciam bolhas, então olhei pro lago que tinha ali, e vi dois olhos grandes me observando.

Cruzes!

— Você parece uma assombração do oceano..

— Não me chama assim. Tá me xingando atoa, perna mucha. - aos poucos ele foi se aproximando.

— Perna mucha??

— Nenenhe! Perna mucha! - ele fazia voltas com sua calda, fazendo ondas no lago, enquanto debochava de mim.

— Olha aqui sua assombração mal feira! Me respeita! Sou mais velho que você!

— Tá bom tá bom, desculpa hyung.

— Você não sente frio não? Embaixo dessa água aí. Ela parece estar congelando!

— Não, acredita? É super.. Bom? Nunca sai daqui. Sabe? Então eu não posso te falar se é bom ou não..

Cheguei mais perto do lago, me agachei, colocando minha cabeça apoiada a minha mão.

E ele, se levantou, dando pra ver toda sua parte humana e um pouco de sua calda brilhante.

— Nunca sentiu vontade de sair daí? Conhecer o mundo sem ser o lago.

— Não sei.. Como é o mundo ai? - ele perguntava com os olhos brilhantes.

— Difícil.. Mas bonito. As paisagens.. É bom em um nível.. Bom.

— Que legal! Talvez eu consiga algum dia. Talvez.. Né?

— Não sei, Jeon. Não sei se é possível.. - me levantei, com os braços cruzados.

— Vai sab..

Antes dele completar, escorreguei em uma pedra e cai no lago.

Estava entrando em desespero.

Eu não sei nadar!

Até sentir mãos na minha cintura, me levantando até a superfície.

— Eita! Nem deixou eu terminar de falar! - ele dizia e passava as mãos na minha testa, tirando o cabelo que caia nos meus olhos. — Tá bem aí?

— Eu vi minha vida passar diante meus olhos! Jesus!

— Calmo calmo, felizmente você está vivo - ele ria.

— Não tem graça, eu realmente vi minha vida diante meus olhos..

— Oh, Deus! Quanta manhã! Mas me diz aí, a água tá fria ou quente? 

Oh, verdade, eu estou dentro do lago!

— Ah.. É.. Bom até, não pensei que era tão quentinha assim.

— Você nunca vai saber se uma coisa é boa ou ruim se você não mergulhar nela, não é?

— Não era para ser literalmente! - eu ria enquanto ele me balançava de lá pra cá.

— Mas e ai? É ruim?

— Não. É até.. Muito bom.

Ficamos em silêncio, apenas curtindo a água quente, os olhares..

— Seria errado eu querer te beijar?

— Por mim mesmo.. Não acho! - ele disse com um sorriso de orelha a orelha.

— Deus, eu quero beijar um peixe..

— Peixe não! Metade! - ele me corrigiu.

— Tudo bem, metade peixe. - céus, ele é adorável.

— E ai? Vai me beijar ou não? - ele me agarrou, e me puxou mais pra cima.

— Que mãozinha boba esse hein, peixinho?

— Vai ou não? - ele ignorou a minha pergunta! que abusado.

— Vou. - segurei seu queixo, beijando os lábios do menino peixe.