capítulo três - o chefe

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Francis não cessava seus beijos e abraços e muito menos, elogios de como eu estava crescida

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Francis não cessava seus beijos e abraços e muito menos, elogios de como eu estava crescida.

Mas ao mesmo tempo, não tirava os olhos de cima do par de olhos azuis que demonstrava diversão com toda aquela situação.

Francis finalmente apoiou uma de suas mãos em minhas costas com o intuito de me guiar até a minha mesa favorita, onde, coincidentemente o primeiro prédio a nossa vista é a Pallaro's. Leonardo nos acompanha mantendo apenas uma distância entre nós, porém, consigo perceber que ele não tira seus olhos de mim.

Quando finalmente me sento, o homem de mais de 50 anos com seus cabelos grisalhos estende especialmente para Leonardo, que levanta uma de suas sobrancelhas e responde:

— Obrigado, senhor. Mas vou começar o mesmo que a bela donna escolher. – Francis leva uma das mãos até a boca, fingindo espanto

— Tesoro, não me apresentou ao seu namorado. Que modos são esses?

— Ele não é meu namorado, Francis – reviro os olhos enquanto ouço uma risada desconcertada de Leonardo. – Ele é o vice do meu chefe que adora fazer gracinhas.— respondo e dessa vez, a risada que ouço é de Francis.

—Oh, claro. Está para nascer o homem que capture o seu coração, não é mesmo?

—Não é para tanto, Francis. Apenas estou focada em outras coisas.

— Que seriam? – Leo pergunta.

—Trabalho está bom para você? — arqueio uma sobrancelha.

— Está ótimo – responde.

Francis observa tudo com seus olhos atentos de águia, prestando atenção em cada palavra ou troca de farpa que damos um com o outro.

— Francis, a Ade nunca te apresentou namoradinhos? – a íris azuis indaga.

Olho para ele com uma expressão que se cortasse, seria pior do que uma faca.

— Adeline? Ah, não. Ela sempre foi focada nos estudos, menina ambiciosa, essa. Vinha para cá com um caderno na mão e um livro. Sim, sempre um livro. Era uma menina pequenininha, quando sentava nas cadeiras os pés nem encostavam no chão – Leo ria como se saber aqueles fatos da minha vida fossem a coisa mais divertida já contada. E ele continuou— Mas depois que o pai dela..

— Francis. – o interrompo. Ele sabe que falar do meu pai é algo que eu odeio.

Ele parou de falar e olhou para mim, que apenas o encarava. Leo me fitou demonstrando confusão em seu olhar.

— Por favor, prepare duas porções de Bucatini all'amatriciana ¬ e um Aperol Spritz para beber. – Peço.

Francis se retira sem falar nada, mas deduzo que ele percebeu que eu queria assim. Eu o adoro, mas falar de meu pai está fora de cogitação.

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