—Você disse que matou seus pais, porém só sua mãe está aqui. Cadê seu pai?
—Eu não sei... eu n-não sei -- gaguejei, olhando em volta assustada. Meu coração começou a bater rapidamente, meus olhos se encheram de lágrimas.
—Vamos, Melanie, me acompanhe para a delegacia. Você precisa dar seu depoimento.
Caminhei para fora da casa, a detetive me seguia atrás. Logo ela abriu a porta para eu entrar no banco de trás do carro, e foi o que eu fiz. Observei pela janela do carro os vizinhos e outras pessoas olhando para a casa. Os policiais tentavam afastar alguns curiosos; uma equipe de TV estava filmando minha casa.
Assim que o carro passou pela barreira, tentei cobrir meu rosto com as mãos, enquanto via algumas pessoas tirando fotos e filmando.
Continuamos o trajeto em silêncio, enquanto eu lutava para conter as emoções que transbordavam dentro de mim. A detetive, aparentemente compreendendo minha aflição, permaneceu calada, respeitando o momento delicado que eu estava passando.
Na delegacia, fomos recebidos por um policial que nos conduziu a uma sala reservada para o meu depoimento.
A sala tinha tons cinzas, uma mesa e duas cadeiras uma em cada lado, e existia um espelho grande, eu já assisti muito seriais criminais, e sabia que ficava outro policial olhando para dentro da sala.
Fiquei batendo os pés nervosa, e suspiro fundo logo a porta foi aberta e entrou a detetive Meirelles acompanhada de outro detetive,ela se sentou na cadeira, e ele ficou em pé perto da porta da fechada.
---vamos te fazer algumas perguntas tudo bem?
--eu tenho direito a um advogado certo? eu quero um advogado.
--você tem, porém só queremos fazer algumas perguntas.
--primeiro um advogado e depois eu respondo todas as perguntas.
O Detetive concordou com a cabeça, e saiu da sala deixando eu e a Meirelles sozinhas.
Respirei fundo e abaixo a cabeça, vários pensamentos passou pela minha cabeça. Eu sei que sou culpada pela morte dos meus pais, porém se eu continua-se vivendo do jeito que eu estava, seria pior, eu poderia me matar, eu não queria isso, eu queria viver, eu queria ter uma chance pra isso. E sei que matar eles foram a única escolha, "Eles" minha mãe e meu pai, digo eu achava que meu pai estava morto, não tinha como ele sobreviver foram 12 facadas, em diferentes partes do corpo.
Ele precisa estar morto, não pode estar vivo pelo amor de Deus, não posso passar pelo inferno de novo.Notas finais
Esse capítulo tá pequeno, porque o 3 tá enorme e ele é bem impactante para a história toda,então se você chegou até aqui,comenta e vote por favor.
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Untouchable
TerrorMelanie Watson, uma jovem exemplar, sempre foi conhecida por suas excelentes notas e comportamento exemplar na escola, sendo uma aluna brilhante. No entanto, por trás de seu sorriso doce e encantador, escondia-se um terrível segredo. Em sua própria...