Atenção! A história seguinte não se passa de mera criatividade, ou seja, eventos históricos serão sim apontados, porém podem não estar de acordo com a realidade.
Apesar de tudo não se passa de uma fanfic, então não deve-se comparar com a realidade.
Algumas cenas e situações podem ser sensíveis para algumas pessoas, é uma história que se trata de preconceitos e principalmente do racismo.
Sim, será tratado temas da escravidão, algo bastante sensível mas que jamais deverá ser esquecido pela humanidade, algo que marcou os países e a história humana do quão cruel podemos ser com nossos próprios iguais.
Como uma brasileira eu sei bem como nosso país é marcado atualmente pela época colonialista, mesmo assim não devemos ignorar e esquecer nossa história de luta. Abraços para todos os meus irmãos brasileiros e para todas as outras nacionalidades caso estegam por aqui.
Beijos e um chute para meus queridos/odiados hermanos argentinos. Amo vocês!!💙💚
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"(...)
Foram para a praça e excitados a se abraçar
E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança toda desesperada
E foi tanta felicidade
Que toda cidade se ilumina
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu em paz."
"Valsinha" Chico Buarque
Como era lindo... tudo ao seu redor fazia seus olhos brilharem de prazer com tamanha a beleza, o céu refletindo na água do rio corrente, os pássaros voando contentes, os insetos devorando as folhas das árvores, o som que o vento fazia junto a brisa que balançava seus cabelos escuros.
Seus pés descalços sentiram a água cristalina lavar seus pecados, e não resistindo a tentação e saudade de um bom mergulho, se afundou por completo no líquido que o chamava. Boiou, mergulhou, nadou de costas e mergulhou de novo. Pegou algumas pedrinhas e começou a arremessá-las.
Um, dois, três pulinhos e fundou.
Um, dois, três, quatro pulinhos, e fundou.
Um... aquela era muito bonita para ser perdida.
Ergueu a pequena rocha para cima, vendo seu brilho amarelo vibrante. Era linda, perfeita, ótima para um presente.
"Luciano!" Uma voz feminina foi ouvida entre as árvores atrás de si. "Aí está você seu danado! Vem... temos que voltar logo." A mulher negra com roubas brancas surradas o puxado pelo braço.
"Espera! Olha o que eu consegui!" O pequeno falou erguendo a pedrinha. "Eu peguei para você..." Colocou seu presente nas mãos negras robustas com um sorriso feliz e inocente.
A mulher revirou a pedra em suas mãos, captando com os olhos enojados cada brilho dourado, então, com remorso, a jogou bem longe de volta ao rio.
"Vamos!" Agarrou novamente o braço do moreninho entristecido.
"Se você não queria me devolver!"
A mulher nada falou, contínua ansiosa ansiosada entre o mato alto. Luciano ficou extremamente chateado, puxou seu braço e caminhou com passos largos na frente da negra. Ao finalmente sair do matagal, viu a fazenda do seu senhor, já era tardezinha e os outros escravos terminavam exaustos seus trabalhos.
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Eu e você, Valsinha e Lágrimas
RomanceOnde as aparências deixaram de serem importantes quando o amor surge em alto mar, em território inimigo ou apenas em seus lares infames. Onde a raiva e vergonha podem serem apagadas pelo sentimento carinhoso.