I - Highway to Hell

105 3 4
                                    

Esse é o primeiro capitulo, espero que gostem e que peguem as referências de música e filmes rsrs. Queria apenas deixar claro que usarei muito o termo "gorda" na fic para descrever sua aparência. Lá nos Estados Unidos, o termo ''fat" pode ser usado tanto para caracterizar pessoas acima do peso, como também pode caracterizar mulheres de corpo, ou seja, com bunda, peito  e coxa, e que não são magras, que possuem uma gordurinha na barriga também. Estou apenas passando mensagem para vocês não criarem teorias mirabolantes de que eu sou gordofóbica.

NÃO REVISADO!

-------------------------------------------------------------------------------------------------------

Gabb (point of view):

 Era 23:00 de um sábado, eu estava deitada no sofá de meu minúsculo apartamento, encarando meu pôster do Pink Floyd que estava colado no teto, exibindo a capa do albúm The Dark Side Of The Moon, até escutar meu telefone tocar. Pego ele e atendo a ligação, meu irmão me ligando a essa hora da noite?

- Benjamin? Por que me ligou tão tarde? Você costuma ligar durante a tarde.

- Gabrielle, me ajude por favor, o vovô, quer me matar!

Ao ouvir aquilo, um grito rasgado vindo do meu irmão soou pelo telefone, o que fez meus membros congelarem, logo escutei a voz ofegante do meu irmão correndo.

- Ele descobriu que eu sou gay e está correndo atrás de mim com a espingarda do tio Larry!

Ele ficava mais ofegante a cada minuto, e mas desesperado também. Peguei meu casaco, coloquei a primeira calça que vi pela frente, peguei minha camisa do Megadeth e meu Vans surrado e saí em disparada para a casa de Ben, ou melhor, do meu avô.

Meus pais abandonaram a mim e a meu irmão quando ainda éramos pequenos, e meus avôs tiveram nossa guarda, mas eles aceitaram por pura obrigação, pois tornaram de nossa infância um verdadeiro inferno. Sinceramente, existir no mesmo mundo que eles era um estrada para o inferno.

Meu irmão é 2 anos mais novo do que eu, que atualmente tenho 21. Ele se assumiu gay aos 16, mas escondeu de meus avós para coisas como essa acontecerem.


Cheguei ofegante e empurrei a porta com toda a minha força, que estava presa por um cabo de vassoura. Quando entrei, meu irmão estava com diversos cortes e sangue pisado pelo corpo, deitado no chão, protegendo o rosto com os braços, enquanto meu avô apontava a longa arma para ele.

- ESSES VIADOS DE MERDA TEM QUE MORRER! FOI POR ISSO QUE A SUA MÃE TE ABANDONOU!

- P-por f-f-favor vô, não faz isso...

Ele estava tremendo muito, e chorava descontroladamente, decidi reagir. Fui sorrateramente para as costas de meu avô, puxei a arma, qua acabou acertando uma bala no teto.

- VOCÊ ESTÁ MALUCA DE TIRAR ISTO DE MINHAS MÃOS? QUEM VOCÊ PENSA QUE É? SUA INGRATA DE MERDA.

Apenas fiquei calada, enfreta-lo seria pior. Indiquei o braço para meu irmão correr, e logo depois corri também, fechando a porta na cara do velho, com a arma ainda em minhas mãos.

Meu irmão apenas correu até o meio da rua, onde um carro parou, ele entrou, deu um rápido selinho no motorista, e ambos partiram. Meu irmão fugiu com o namorado, e me deixou aqui, sozinha, como ele sempre fazia.

Parei em um barzinho, comprei uma garrafa de Jack Daniels e fui andando lentamente até minha casa, acho que andei 1 hora e meia de tão lenta que eu estava. Não me deu o trabalho de pedir um taxi como quando fiz para chegar na casa, eu não estava nem aí que horas que eu chegaria no meu apartamento, isso era o de menos.

Cheguei em casa quase bêbada, eu sempre fui forte para bebidas. Quando me aproximei da porta do meu apartamento, o proprietario estava com o semblante sério e parecia ter algo para falar.

- Olá senhor.

O comprimentei com um aperto de mão rápido e leve, tentei ao máximo não transparecer que estava a alguns passos para estar bêbada, mas a garrafa na mão entregava.

- Olá senhorita McKagan, eu tenho péssimas noticias para você. Seu avô tirou o apartamento do seu nome e transferiu para o nome dele, e exigiu que você fosse despejada essa mesma noite.

Aquilo fez meu sangue ferver, aquele velho carrancudo filho da puta não estava feliz em quase matar meu irmão?

- Ele não pode fazer isso!! O apartamento foi a única coisa que a minha mãe deixou em meu nome antes de fugir.

- Eu sei, não sei como ele conseguiu a papelada em 1 hora e meia e nem como ele conseguiu ficar com o apartamento sem a sua assinatura, mas foi o que aconteceu. Pegue suas coisas e sai antes das 2 da manhã.

Ele saiu sem nem se tocar no que tinha dito. Era 1 hora e 30 da manhã, como eu ia esvaziar a minha casa em 30 minutos? Vou pegar apenas roupas e coisas essenciais e vazar, mas pra onde?


Arrumei as minhas malas o mais rápido que pude, saí do meu apartamento as 2 horas e 10 e fui andando pela rua com minha garrafa de Jack Daniels na mão. Larguei a espingarda na casa do meu avô antes de sair de lá, e quando passei na frente dela, não estava mais lá. Eu realmente não me importo com aquela arma velha, eu preciso é de um lugar pra morar, e acho que já sei quem vai acaeitar eu ficar pelo menos por uma semana.


Parada na frente da casa de Duff. Sim, eu sou prima de primeiro grau do famosissimo baixista do Guns N' Roses. Quando crianças, eu e Duff éramos muito próximos, mas como ele era 4 anos mais velho que eu, foi embora de casa e mal via a familia, por isso nos distanciamos. Sem contar que ele levou o meu melhor amigo junto com ele, o Willian, ou melhor, Axl. Eu e Axl nos conhecemos quando éramos jovens e ficamos muito amigos, mas logo depois Duff o conheceu e formaram a banda, Axl não sabe que sou prima de Duff. 

Não teria como ele descobrir, enquanto eu era morena, dos cabelos castanhos levemente ondulados, pele parda, olhos escuros e corpulenta, Duff tinha as cabeleiras loiras e era forte.

Bati na porta, e a pessoa que eu menos queria que atendesse abriu a porta. Era Slash, o guitarrista da banda e também o meu maior pesadelo. Eu conheci todos os membros da banda no comecinho de tudo, passei um ótimo tempo com eles, mas depois que fui expulsa de casa e tive que morar em um apartamento sozinha, não tive tempo para encontra-los.

Ele abriu a porta e disse com um sorriso malicioso: 

- Quem que contratou uma puta tão gatinha como essa?

- Nem vem me comparar com as vadias que vem aqui.

- Nossa, eu estava aqui te elogiando como o maior cavalheiro do mundo e você age assim comigo? Que maldade.

Ele fingiu uma cara triste e eu dei um soquinho no braço deles, fazendo nós dois soltarmos uma risada curta.

- Mas afinal de contas putinha, o que tá fazendo aqui? Cheia de malas e com uma garrafa de... Uii, Jack Daniels é meu whisky favorito, passa pra cá.

Ele pegou a garrafa e deu um longo gole, quase esvaziando.

- Eu preciso falar com o Duff.

- Slash, tá falando sozinho de novo? Eu disse pra você não fumar mais aquele cigarro, te deixa todo brisado e...

Axl parou de falar e deu um largo sorriso quando me viu parada na porta, veio correndo ao encontro de meus braços e me abraçou forte.

- Gorda! Eu estava com TANTA saudade de você!! Por onde andou?

- O meu antigo apartamento fica a umas 2 horas daqui, de carro.

- Você veio a pé? Antigo?

- Tô sem grana pra taxi e acabaram de me despejar por causa do meu avô.

- Você precisa contar tudo urgentemente.

Entrei e me sentei no sofá, mas apenas Axl e Slash estavam no momento. Os meninos devem estar transando com algumas mulheres no andar de cima ou coisa do tipo.

Eu mal sabia que ao entrar naquela casa, a minha vida ia virar totalmente de cabeça para baixo.


𝙏𝙖𝙠𝙚 𝙢𝙚 𝙙𝙤𝙬𝙣 𝙩𝙤 𝙩𝙝𝙚 𝙥𝙖𝙧𝙖𝙙𝙞𝙨𝙚 𝙘𝙞𝙩𝙮 [...]  (𝚂𝚕𝚊𝚜𝚑)Onde histórias criam vida. Descubra agora