Desejo.

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n.a:

Oi gentes, boa noite. Tudo bem? Trouxe algo para as minhas últimas 2 leitoras, e eu espero que vocês gostem.
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Era incrível como a estampa de animal print combinava perfeitamente com a armação dos óculos da Senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul filiada ao PSL. Na verdade, muitas coisas ornavam perfeitamente na composição daquela mulher que algumas décadas atrás fora aluna da presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Simone Tebet, apesar de sempre tão comprometida com o trabalho, tinha olhos focados em cada um dos parlamentares para saber até onde ia  a atenção de todos eles. As pupilas levemente dilatadas de Soraya encaram a mulher à sua frente com um brilho quase devoto, quando pediu a palavra.

— Peço a palavra pela ordem, senhora Presidente. - Droga! Pensou no exato momento em que o tom firme normalmente usado vacilou em seus lábios, sendo substituído por algo mais doce, mais aveludado e mais delicado como a carícia de uma camisola de seda em contato com um corpo recém tomado banho e pronto para dormir. E falando em camisolas… Simone umedeceu os lábios com aquela voz tão entregue a si mesmo diante de outras pessoas. Como deveria ser ouvi-la da mesma forma em um lugar mais reservado?

— Com a palavra pela ordem, Senadora Soraya Thronicke. - Enquanto a loira falava, Simone mantinha os olhos nela, focada e concentrada muito mais no som de sua voz do que no que ela dizia propriamente. Sabia apenas que a mulher queria dizer algo.  Era um pedido para que fizesse algumas considerações que foi prontamente aceito e até explicado com riqueza de detalhes que ela teria o tempo que achasse necessário. Não só pelas informações que seriam apresentadas, mas porque se tem algo que Simone gostava de ouvir era o sotaque puxado de sua ex-aluna e agora colega de Senado. A forma como o " R " era puxado em algumas palavras.

Existia uma tensão de anos e flertes sutis que em determinado momento acharam ter se perdido pelo passado, mas na primeira oportunidade em que ficaram a sós por algum tempo significativo compreenderam que o que antes achavam ser coisa de suas mentes, era na verdade algo correspondido e desde então não conseguiram trocar um olhar sem que a tensão sexual se fizesse presente.

O som aveludado não saía da cabeça e ouvidos de Simone, como em um loop. A voz lhe fazia carícias cerebrais como em um ASMR mas a diferença é que os arrepios que reverberavam pelo corpo da senadora com o decorrer dos minutos não tinham nada a ver com a sensação de bem estar e relaxamento, era totalmente ligado a luxúria e ela se perguntava se Soraya fazia o tipo manhosa entre quatro paredes. Precisava descobrir isso e iria, até o fim do dia ou não se chamava Simone Nassar Tebet.

Passou por um dos corredores do prédio e não poderia ter se sentido mais sortuda. A mais nova estava de costas para ela em uma conversa com outros dois senadores, nada que lhe parecesse trabalho. Talvez apenas uma conversa sendo jogada fora, quando decidiu se aproximar o suficiente para que ela sentisse o calor de seu corpo, ao passo em que sua destra deslizou pelas costas definidas de Soraya em um toque que quase não podia ser sentido com clareza devido a suavidade do contato, sorriu para todos da rodinha. Vez ou outra sua família pegava em seu pé dizendo que era a maior fofoqueira do Senado Federal por estar sempre em alguma rodinha, e ela faria juz a esse apelido se pudesse tirar uma casquinha. Sentiu o momento exato em que o corpo de Soraya estremeceu sua pele dos braços arrepiou.

Ao contrário do que parecia, ela não fazia ideia do que estava sendo dito ali e sequer pensou em se inteirar no assunto, a única coisa que lhe interessava era a conterrânea que já mostrava sinais do efeito que ela surtia.

Pela posição em que se encontrava, meio de lado, entre a parede e o corpo da sul-mato-grossense mais nova, os homens ali não botaram com tanta facilidade que a mão de Simone era sorrateira, pronta para dar o bote na onça. Vez ou outra as unhas finas raspavam no meio das costas de Soraya ainda sobre o tecido fino e podia notar como ela trocava o peso do corpo de perna, vez ou outra, enrijecendo o corpo ao lutar contra as reações físicas. Repousava a mão no fim da coluna, prestes a alcançar a bunda da mulher e então paralisava completamente os toques, para após alguns minutos retoma-los em um ritual sensual. Não tinha medo de ser pega porque sabia que naquele corredor só tinham eles.

Secreto [ Simone x Soraya]Onde histórias criam vida. Descubra agora