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13 DE SETEMBRO DE 2010.

13 DE SETEMBRO DE 2010

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SEGUNDA-FEIRA. Uma manhã nublada e chuvosa, como se o próprio céu compartilhasse da minha falta de entusiasmo. Eu havia acordado atrasada para mais um dia de trabalho, e o ritmo frenético da cidade parecia conspirar contra mim.
Olhei o horário no celular e pulei da cama em um pulo só, eu acordei atrasada e de ressaca. Não houve tempo para tomar banho, comer algo ou sequer pensar em me maquiar. Vesti rapidamente minha roupa de trabalho e saí em disparada para pegar as chaves da casa e do carro. Mas logo me lembrei que o meu carro estava no conserto, e Tom havia saído com o dele. Irritada, saí de casa correndo, em busca de um táxi que pudesse me levar ao trabalho.

A chuva caía implacável, e eu percebi, com um suspiro, que havia esquecido o guarda-chuva em casa. Meu cabelo começou a ficar molhado, e a água encharcou meus sapatos. Mas não havia tempo para lamentações. O telefone não parava de tocar, e cada chamada era do meu chefe.
— Natalie, onde você está? — Por que não está atendendo? — Já era para estar aqui há meia hora!

Revirei os olhos e atendi mais uma vez.
Desculpe, estou presa no trânsito por causa da chuva
- menti.
Isso é inaceitável, Natalie. Você precisa ser mais responsável!
- respondeu meu chefe com uma voz impaciente. Ele desligou o telefone, e eu senti
o peso da culpa se misturar com a ansiedade.

Finalmente, um táxi se aproximou do ponto, e eu me levantei para que o motorista visse que eu estava esperando. Abri a porta do carro
e, com pressa, já fui dizendo:
Por favor, me leve para Schanzenviertel, no número 346.

O taxista assentiu e deu partida. No trajeto,
a chuva batia contra o vidro do táxi, como se quisesse me lembrar que hoje não seria um dia fácil. Senti uma angústia crescente, uma sensação de sufocamento, como se estivesse presa em uma corrida contra o tempo. As emoções se misturavam dentro de mim, criando um turbilhão de sentimentos. Raiva por estar atrasada, ansiedade por enfrentar meu chefe, frustração por não ter meu próprio carro, e ao mesmo tempo, culpa por ter mentido.

O taxista percebeu minha agitação e olhou para mim pelo retrovisor:
Tudo bem aí, moça?
- perguntou gentilmente. Respirei fundo e sorri.
Sim, só estou tendo uma manhã difícil.
- respondi. Ele assentiu compreensivo e continuou dirigindo.

Aos poucos, a tensão dentro de mim foi diminuindo. Olhei pela janela e vi o mundo lá fora, como se pela primeira vez. A cidade, mesmo com a chuva, tinha uma beleza única.

E assim, determinada, encarei a chuva pela janela do táxi, vendo as gotas se misturarem aos meus pensamentos turbulentos. Não permitiria que a raiva e a ansiedade me dominassem. Eu tinha o poder de transformar minha jornada, de escrever minha própria história.

Enquanto o táxi avançava pelas ruas movimentadas, minha mente fervilhava com pensamentos e emoções. A chuva caía lá fora, como se quisesse ecoar minha inquietação interna. Eu sabia que meu atraso causaria problemas no trabalho, mas a culpa não poderia consumir minha determinação.

Esse maldito chefe sempre esperando que eu seja uma máquina! Ele que vá para o inferno!
- pensei, a voz do interior tomando forma e me instigando a rebelar-me contra as amarras da sociedade.

e assim, termino esse primeiro capítulo curtinho, apenas para dar uma pequena introdução à história que está por vir.
Não se esqueçam de votar e comentar no capítulo, compartilhem suas impressões, suas teorias e suas emoções. Adoro saber o que vocês acharam e como estão vivenciando essa jornada junto comigo, até amanhã!💭❤️

DARK TIES | TOM KAULITZOnde histórias criam vida. Descubra agora