Genteee!!!
Eu não vou desistir não viu!!! A reza que jogaram pra mim foi boa, mas apesar de tudo tô de pé. Postando esse agora e outro na quarta e na sexta tbm tem!
Beijooo
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Não pode ser, eu só posso estar delirando, só posso estar sonhando. Meus olhos se enchem e se derramam sem que eu tenha qualquer controle quando ouço sua voz novamente e eu apenas anseio em ouvir mais, anseio que não seja um sonho, uma pegadinha da minha imaginação.
— Alice, não acredito que estou ouvindo sua voz novamente. — Ela chora e eu sinto um aperto no peito. Não sei se é por alívio por finalmente ouvir sua voz, ou se é por dor de saber que ela está sofrendo... E por minha causa.
— Charlie, onde você está? Pelo amor de Deus, eu achei que ia ficar louca.
— Eu estou bem, eu acho. Eles me pegaram, Ali, eles me bateram, eu achei que ia morrer — Ela chora de lá e eu choro de cá — Mas eu consegui fugir.
Meu coração deu um salto. Ela fugiu. Ela fugiu, Alice, pode voltar a respirar.
Pego minha bolsa e procuro minhas chaves, abro a porta do meu quarto e corro para a escada, descendo ela tão rápido, digno de um treino profissional.
— Onde você está? Fala, estou indo te buscar.
Ela me fala que está em Campinas e pergunta o endereço para alguém onde está, e eu anoto imediatamente. Minha mãe que estava na sala, não acreditou quando eu disse entre lágrimas com quem eu estava falando.
— Não pode ser. Deve ser uma armadilha, filha, você não pode ir sozinha.
— Não é armadilha coisa nenhuma, mãe, é a Charlie, ela não me deixaria cair em nenhuma, morreria antes disso.
Me dá uma dor constatar isso. A Charlotte morreria por mim sem pensar duas vezes e eu faria a mesma coisa por ela, mas pensar que isso quase aconteceu realmente me dói de uma maneira inexplicável.
— Charlotte, você ainda está aí?
— Estou, você vai vir, não é? Eu juro que não é nenhuma armadilha, mas, por favor, vem me buscar.
— Eu jamais deixaria de acreditar em você, eu estou indo sim.
Desligo o telefone com as lamúrias dela e por dentro as minhas também. Confesso que tenho medo de se parar de falar com ela, perder a chance de encontrá-la. Mas sei que não posso ficar conversando com ela por muito tempo para não atrasar meu percurso. Fora que eu sou certinha demais quando se trata de dirigir e não costumo misturar celular e direção.
A viagem até Campinas demora mais do que eu achei. Jura que Campinas é tão longe assim? Afundo o pé no acelerador, estou a 140 km por hora e ainda não é o suficiente. Nunca andei a tal velocidade, o máximo que já cheguei na vida foi a 120 km.
Aos poucos vejo a iluminação urbana e casas pela estrada. Meu coração dá um salto e a minha ansiedade aumenta. Fico me perguntando como ela estaria, como vou encontrá-la... O GPS indica que cheguei ao meu destino e paro em frente a uma padaria. Sequer reparo em nada, a não ser na Charlotte que corre ao meu encontro, me abraçando assim que entro.
Seus cabelos estão despenteados de uma maneira que jamais a vi e esse é apenas um detalhe comparado com o resto. Seu rosto está todo machucado. A pele ao redor de seus dois olhos está roxa. Um de seus olhos está inchado e há ainda mais inchaço e hematomas por toda extensão de sua face. Sua roupa rasgada encontra-se suja, mas não é isso que mais me preocupa e sim as manchas de sangue que ela contém. Seus pés estão todos machucados, e ausente de sandálias.
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Lei do Retorno
Romance(Repostando) A vida tornou Alice Chevalier uma mulher implacável, uma profissional competente, e desacreditada no amor. Mas ao voltar ao Brasil, depois de seis anos longe, ela abre seu coração de novo, mas novamente para o homem errado. Henriqu...