Capítulo 7 - Alice

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Prontos para mais um? Espero que gostem!

Olho no espelho pela última vez antes de sair para o escritório. Sonhei com o Henrique hoje. Estávamos na praia, sentindo a areia molhada embaixo dos nossos pés, enquanto caminhávamos sob a iluminação tênue de um belíssimo pôr do sol. Ele estava tão lindo, quando eu olhava em seus olhos, conseguia enxergar o amor. E a sensação que aquilo causou em mim foi tão forte a ponto de permanecer, mesmo após a decepção de perceber que aquilo não passava de um sonho.

Então decidi me arrumar um pouco mais hoje. Coloquei a roupa mais bonita que eu tinha para trabalhar. Dediquei um cuidado especial na maquiagem e no meu cabelo. Eu queria que minha aparência combinasse com o meu humor.

— Tá legal, quem é a vítima? — Ofereço um sorriso.

— Não posso mais me arrumar, Charlotte?

— Claro que pode, mas quando você combina esses saltos perfeitos com esse batom vermelho, com certeza é para matar alguém!

— Não é ninguém, Charlotte, apenas acordei de bom humor.

— Tudo bem, só espero que não seja o Henrique. Você sabe que ele é proibido.

— Eu sei. — digo com um tom indiferente, mas ela me conhece bem demais, e me lança um olhar preocupado.

— Ali...

Somos interrompidas pelo carro que para em frente ao escritório. Agradeço aos céus por isso.

Assim que adentramos o nosso andar, eu vejo a Carlie atrás da sua mesa. Sempre pontual! Estou amando trabalhar com ela, e não é por ser filha do Henrique não. Ela simplesmente é muito mais competente até mesmo do que a Eleanor, fora, é claro, a pontualidade que como já frisei, é exemplar.

Entro em minha sala e ela entra junto comigo.

— Bom dia, Ali, dormiu bem? — Ela se senta de frente para mim, com um Ipad em mãos.

— Como um anjo, Carlie.

— Imaginei pelo seu sorriso. Vamos repassar a agenda do dia? — eu faço que sim com a cabeça e ela prossegue. — Às 9:00 tem uma reunião com o seu pai e alguns advogados na sala de reuniões, às 10:30 tem uma reunião com o Senhor Colibri — Ela faz uma cara de nojo ao pronunciar o nome dele e minha curiosidade aguça. — Às....

— Não gosta dele? — Pergunto e ela parece surpresa. — Do Marco, eu notei sua cara não muito amigável quando pronunciou o nome dele.

— Não sou uma fã dele. Você sabe, egocêntrico, ambicioso, mau caráter, não são características das quais eu tolero.

— Entendo. — gostaria de perguntar mais sobre o assunto, mas se ela quisesse continuar, teria prosseguido.

Terminamos de repassar a agenda. Eu começo a me preparar para reunião, e ela volta pra sua mesa. Dou uma revisada em alguns casos e vejo o caso Basset, vou na cadeia amanhã visitar Leandro Basset, tem algumas peças desse quebra cabeça que simplesmente não se encaixam.

***

Após sair da sala de reunião, olho no relógio e vejo que já está na hora da minha reunião com o Marco, então sigo direto para a sala dele.

Estamos trabalhando juntos em um caso, e infelizmente até encerrarmos o mesmo, esses encontros em sua sala serão frequentes.

— Você mudou muito desde a última vez que nos vimos, seis anos mudaram muito você. — Marco dispara depois de um tempo.

— Pois é, já você não mudou muita coisa. — Digo tentando mostrar o quanto estou adorando essa conversa.

— Não? — ele sorri incrédulo — Cortei o cabelo, abri mão dos cachos, deixei a barba crescer, fora que peguei mais corpo com o passar dos anos.

Lei do RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora