O Tormento

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Talvez o tempo não passe nunca mais.

Estamos escritos nas
Estrelas,
Palavras e rimas retorcidas
Como os galhos de uma cerejeira.
Galáxias e planetas
Lembranças tatuadas na pele
De mãos dadas estamos,
E minha cabeça contra
Os seus ombros
Me fez esquecer por poucos segundos
Do quanto o passado
Me fere
E oculta más surpresas.
Talvez o destino mudará tudo e
Escreverá novos
Capítulos
Que não me incluam em seu enredo,
Mas o mínimo sentimento
Oculto pelo nosso constrangimento,
Nos farão permitir
Uma centelha de amor para superar
O tormento.

Talvez o tempo não passe nunca mais.

Mas os ponteiros do relógio
São irredutíveis,
Vagueiam transformando mentes
E quebrando as peças
De muros emocionais totalmente
Intransponíveis,
Apenas para obedecer sentimentos
Ocasionados por um
Envenenamento
De uma maléfica sentimental serpente.
Sua língua bifurcada
Sussurra receios, anseios e pesadelos
Rega nossos desejos através
Do medo
Criando um novo universo
Prescrito pela saudade
De nossas aventuras entre planetas
E escrituras entre as linhas
Das estrelas
Esboçando nossa intimidade.







Talyta Araújo Moraes.

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