Silêncio Eterno

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Tum, tum
Tum, tum
Tum, tum
Escutam isso?
Eu também escuto.
É o batimento acelerado do meu coração.
Acelerado por ansiedade, vida
Ansioso por alegria,
Conhecimento.
Sinto ele jovem
Não jovem por juventude...
Mas jovem por vontade de viver.
Veias e artérias pulsam em
Meu velho corpo.
Fios encarquilhados que definem
Meu eu.
O sangue do poder
Meu próprio poder de
Escolha.
A escolha de mentir e desmentir
Minha verdade.
Ser livre por mim

Não só viver por viver, definhando.
E sim me aventurar
Viver de verdade
Amar e sofrer.
Tum, tum
Tum, tum
Tum, tum
Escutam isso?
Provavelmente não.
Porque é seu próprio coração.
Mofando como sua vida
Se tornando inútil para aventuras.
Inútil como suas veias e artérias
Morrendo com o passar dos dias.
Não por culpa minha.
Mas por sua falta de vontade para
Viver de verdade.
Tum, tum
Tum, tum
Tum, tum
Escutam isso?
Aproveitem.
Pois vai ser meus últimos batimentos,
Quando eu me realizar na vida
Não uma vida inútil e morta
Eu terei vivido
Aventurado.
E nem eu, nem você...
Poderemos escutar esse som novamente
Somente o silêncio eterno.
Silêncio.
Silêncio.

Talyta Araújo Moraes.

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