o clamor cativo

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Enquanto a chuva cai,
correntes enferrujadas se arrastam pelo lamaçal,
a esperança não é uma moeda de troca.

Somos filhos do deserto, onde vivíamos em campos abertos, éramos os guerreiros ousados,
éramos simples, fortes, bravos e honrados,
e hoje como míseros escravizados,
vivemos sem  luz, sem a esperança.

O sol, que tanto admirávamos
hoje arde minha pele
pelas feridas causadas em meu corpo,
faço preces aos orixás,
despertando a mudez do campo, choro no mar e o “mugir” fatigado dos meus irmãos. -A.R

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